Notícias
UNI encerra IV Congresso com plano de ação e eleição da direção

Aberto IV Congresso da UNI na África do Sul, sob o tema "Todos incluídos"
Foi aberto neste do domingo (7) na Cidade do Cabo, na África do Sul, o IV Congresso da UNI Global Union, o sindicato global que representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços de todo o mundo, inclusive o de finanças, ao qual a Contraf-CUT é filiado. O encontro tem como tema geral "Todos Incluídos" e vai até a quarta-feira (10). O presidente do Sindicato, Eric Nilson, participa do Congresso representando a Região.
O evento ocorre no momento em que faz 20 anos que a África do Sul teve eleições livres e elegeu Nelson Mandela, um líder que depois de ficar 27 anos na prisão caminhou junto com o seu povo.
Um dos seus companheiros de luta e de prisão, Ahmed Kathrada, dirigente político e ativista por direitos humanos, lenda viva desta história, disse que uma das maiores lições de Madiba (como Mandela era chamado) era tratar os outros como iguais.
Ele contou que, depois de libertados, presenciou um final de conversa ao telefone de Madiba: "ok, Elizabeth", e perguntou então para Madiba quem era aquela Elizabeth, Madiba respondeu: a rainha da Inglaterra. Seu companheiro, então, lhe perguntou por que não a chamou de rainha Elizabeth, e Mandela respondeu: "ela me chama de Nelson e eu a chamo de Elizabeth".
O congresso da UNI é muito importante porque permite que os trabalhadores de todos os continentes discutam os seus problemas e adotem ações coordenadas em nível mundial para enfrentar a ofensiva neoliberal de ataque aos seus direitos trabalhistas e sindicais e ao mesmo tempo discutir estratégias para avançar nas conquistas.
A Contraf-CUT levou para o Congresso um documento, assinado em parceria com a Contracs-CUT (comerciários) e CNTV (vigilantes) sobre as eleições no Brasil e os desafios dos trabalhadores.
Veja aqui a versão em português e aqui a versão em inglês.
Estão inscritos para o IV Congresso da UNI cerca de 2 mil participantes de 420 organizações sindicais de 180 países. A partir do tema geral, o encontro estruturado para desenvolver a discussão em torno de três eixos básicos: 1. Todos incluídos para alcançar o desenvolvimento sindical; 2. Todos incluídos para recuperar nossas economias; e 3. Todos incluídos em um novo mundo do trabalho.
Também participam do Congresso o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, e a secretária-geral da CSI (Confederação Sindical Internacional), Sharan Burrow. Maior central sindical mundial, a CSI é presidida pelo brasileiro João Felício.
Fonte: Contraf-CUT
Sindicato promoveu atividade em defesa dos direitos dos clientes e usuários de bancos

Comando avalia conjuntura e aponta desafios para enfrentar disputa política
São as seguintes as principais conclusões e tarefas do movimento sindical bancário apontadas durante os debates:
1. Foi de fundamental importância para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff a participação massiva na campanha da juventude e dos movimentos sociais e sindicais, especialmente dos bancários, levando o debate junto à sociedade sobre os dois projetos em disputa.
2. Foi muito positivo o movimento que a Contraf-CUT fez, juntamente com os parlamentares bancários na legislatura que está se encerrando, na defesa dos direitos dos trabalhadores, em especial nos debates sobre os correspondentes bancários e contra o PL 4330.
3. O Comando entende que estamos num momento de disputa com o capital em relação ao segundo mandato da presidenta Dilma e é imprescindível que se amplie a mobilização da categoria e dos trabalhadores.
4. Há uma grande preocupação com as primeiras medidas anunciadas após as eleições, como o aumento da taxa Selic acima até mesmo do esperado pelo mercado, o convite para banqueiros assumirem ministérios estratégicos como o Ministério da Fazenda e uma empresária do agronegócio que simboliza o latifúndio mais retrógrado para o Ministério da Agricultura, além da indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, notório economista neoliberal contrário ao desenvolvimentismo e duro crítico das políticas de valorização do salário mínimo.
5. É preciso que, da parte do governo, haja abertura maior para o diálogo em relação às pautas dos trabalhadores amplamente debatidas nas eleições, o que inclui o fim do Fator Previdenciário, redução da jornada de trabalho, reforma política, correção da tabela do IR, fim do PL 4330 da terceirização, ratificação da Convenção 158 da OIT, reforma agrária, democratização dos meios de comunicação, dentre outros.
6. O desafio do movimento sindical, principalmente dos sindicatos e federações de bancários e do Comando Nacional, é intensificar a mobilização chamada pelas centrais sindicais e movimentos sociais, bem como criar mobilizações próprias de interesse específico da categoria, como o fim do PL 4330.
7. Intensificar as mobilizações junto aos bancos públicos, para que: a) se tornem de fato instituições que financiem o desenvolvimento econômico e social, com geração de emprego e distribuição de renda, e b) ao mesmo tempo adotem uma gestão que respeite os trabalhadores e combata o assédio moral e as metas abusivas, responsáveis pela epidemia de adoecimentos nessas empresas.
8. Acompanhar a tramitação dos projetos de interesse dos bancários e da classe trabalhadora no Congresso Nacional, buscando garantir avanços e evitar retrocessos.
9. Manter e ampliar esse espaço aberto pelo Comando para o debate da conjuntura nacional, para além da pauta corporativa, de forma a preparar e organizar a categoria na disputa da hegemonia com o capital que marcará o segundo governo Dilma Rousseff.
10. O Comando Nacional orienta os sindicatos a organizarem caravanas para a posse da presidenta Dilma no dia 1º de janeiro, em Brasília, dando a ela um caráter popular, de forma a simbolizar a nossa capacidade de mobilização na defesa da pauta de interesse dos trabalhadores no embate com as forças conservadoras, que tentam por um lado impor a sua agenda ao governo e por outro desestabilizar o governo e a democracia.
Fonte: Contraf-CUT