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Para combater ameaças ao regime de Previdência e Seguridade Social, além das relações de trabalho e emprego, entidades se unem em grande mobilização

Nesta terça-feira (26), as centrais sindicais se uniram em encontro nacional realizado em São Paulo, e definiram 16 de agosto como um dia de mobilização por manutenção de direitos sociais, criação de empregos e retomada do crescimento.

Com posições diferentes em relação ao governo interino e ao processo de impeachment, as Centrais aprovaram a pauta que inclui redução da taxa básica de juros, redução da jornada para 40 horas semanais, retomada do investimento público e privado, política industrial e estímulo à construção civil.

"O que unifica é a defesa dos direitos", afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas. "Não importa o posicionamento em relação ao governo", acrescentou, dizendo-se preocupado com declarações de representantes do governo interino, como os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Ronaldo Nogueira (Trabalho) sobre reforma trabalhista.

De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, diante da atual conjuntura, o movimento sindical deve unificar a luta e fortalecer ainda mais a mobilização da classe trabalhadora. “Não podemos permitir nenhum direito a menos. Por isso, vem aí tempo de resistência e muita unidade, onde o trabalhador vai precisar muito do movimento sindical”, ressaltou Roberto.

Estiveram reunidos, no encontro desta terça-feira, oito centrais (as reconhecidas formalmente, CSB, CTB, CUT, Força, Nova Central e UGT, mais CGTB e CSP-Conlutas). Na ocasião, foi aprovado um documento no qual as entidades afirmam que "a luta que se deve travar requer organização e mobilização para resistir e combater ameaças ao regime de Previdência e Seguridade Social, às relações de trabalho e emprego e as tentativas de criminalizar os movimentos sociais". O documento é assinado pelos presidentes das centrais reconhecidas.

Os dirigentes assinalam ainda que "armadilhas" têm sido colocadas no caminho dos trabalhadores como solução para os problemas. Caso de medidas de flexibilização das leis e da terceirização. Por isso, as centrais afirmam que, mesmo defendendo o fortalecimento das negociações coletivas, "não abrem mão do patamar mínimo legal assegurado pela CLT e pela Constituição Federal de 1988".

Previdência Social

Na questão da Previdência Social, as entidades citam propostas como paridade na aposentadoria de homens e mulheres, fixação de uma idade mínima e desvinculação entre reajustes concedidos e o salário mínimo. "Constituem medidas inaceitáveis e contrárias aos interesses mais elementares dos trabalhadores, dos aposentados e beneficiários do sistema previdenciário", afirma o documento.

Unidade na luta

As centrais argumentam que foi a unidade que garantiu conquistas como a política de valorização do salário mínima e isenção do Imposto de Renda em pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR). Essa convergência também se torna importante no momento em que se fala de "modernização" da Consolidação das Leis do Trabalho, como diz o governo, com pronunciamentos, ainda que desmentidos, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre jornada de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_11112" align="alignright" width="567"]atividade_sindsaude Diretores do Sindicato dos Bancários do ABC participam de atividade para dar apoio ao SindSaúde.[/caption]

Na manhã dessa quarta-feira, 06, o SindSaúde ABC organizou uma ato em frente ao Hospital Brasil de Santo André com apoio do Sindicato dos Bancários do ABC e do movimento sindical da região e Guarulhos.

O ato foi seguido por uma assembleia para marcar a Campanha Salarial dos trabalhadores da saúde do ABC.

A mobilização teve início às 5h30, quando começam a chegar os funcionários do primeiro turno, e estendeu-se até por volta de 8h30. Eram cerca de 7h quando o presidente do SindSaúde, Almir Rogério “Mizito” deu início à assembleia lembrando, primeiramente, que o Sindicato não é o prédio e nem a diretoria: “O Sindicato são vocês  e é preciso ter bem claro que vocês têm o direito de lutar por seus direitos”, afirmou, completando: “Estamos aqui informando os usuários do sistema de saúde sobre as condições de trabalho aqui no Hospital Brasil e em toda a Rede D’Or, sobre os lucros que esses patrões têm obtido e sobre a esmola que eles querem dar para os trabalhadores”.

Responsável, na região do ABC, pelos hospitais Brasil e Bartira, em Santo André, e Assunção e IFOR, em São Bernardo, a Rede D’Or obteve, em 2015, receita 30,8% superior à de 2014, ou R$ 6,8 bilhões. “Mesmo com esse lucro, quer dar um reajuste de 7% parcelado em três vezes, quando a inflação do período (maio/2015 a abril/2016) ficou em 9,83%.", explicou Mizito.

O movimento vai continuar e pode chegar à greve a qualquer momento. O aviso de greve, aprovado em assembleia da categoria no dia 20 de junho, foi enviado a todos os sindicatos patronais.  exemplo”, disse.

 

[caption id="attachment_10938" align="alignright" width="433"]atividade desta terça Diretores do Sindicato conversam com bancários durante atividade desta terça-feira[/caption]

Como vem acontecendo nas últimas semanas, desta vez   atividade sobre emprego e saúde, ocorrida nesta terça-feira, 14, aconteceu nas agências do bairro Taboão, em São Bernado do campo. Durante a atividade os diretores dialogam com clientes e usuários dos bancos além dos bancários.

O Setor bancário fechou 2.454 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2016 segundo a pesquisa do emprego Bancário realizado pelo Dieese e divulgado pela Contra/Cut. “Alguns bancos, como o Bradesco por exemplo, estão realizando uma séria de mudanças, restringindo o atendimento e diminuído o número de trabalhadores. São bancários com mais de 25 anos de banco que são descartados”, disse Gheorge Vitti, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco. O avanço tecnológico também está prejudicando o emprego bancário

A questão da saúde do trabalhador também foi destaque nesta atividade. Os bancários sofrem com metas abusivas e adoecem e, com isso, o atendimento fica prejudicado. “Nós dialogamos com a população sobre a importância do emprego bancário e sobre a saúde do trabalhador. É importante a população saber que a demora no atendimento por exemplo não é culpa do bancário e sim do banqueiro que quer lucrar a qualquer custo com menos funcionários. Essa sobrecarga de trabalho causa inúmeras doenças nos bancários”, explica Gheorge.

 

Atividades nas agências e ruas teve conversa com trabalhadores e distribuição de jornal a clientes e usuários dos bancos

Mobilização NacionalDiretores do Sindicato  promoveram na manhã desta sexta, 10 de junho, atividades nos locais de trabalho e nas ruas para marcar o Dia Nacional de Luta. Os sindicalistas conversaram com funcionários, clientes e consumidores bancários para alertar sobre as ameaças do governo golpista de Michel Temer e defender direitos fundamentais dos trabalhadores.

Entre estes está o direito ao emprego, cuja manutenção é prioridade para o movimento sindical. O presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, denunciou que só o Bradesco já demitiu cerca de quatro mil trabalhadores neste ano, e agora, ao comprar o HSBC, pode demitir ainda mais. “O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que autorizou a compra, não se preocupou com os trabalhadores em sua avaliação, apenas com a questão econômica”, apontou, lembrando que são 90 mil no Bradesco e outros 20 mil no banco inglês afetados pela transação.

As ameaças do governo Temer para os trabalhadores também podem se concretizar em projetos que permitem a terceirização ilimitada, mudanças na Previdência, dificultando a aposentadoria,  privatizações de empresas públicas e alterações na CLT. Um boletim, produzido pelo Sindicato foi distribuído aos clientes para esclarecer sobre esses temas e direitos dos usuários dos bancos.

Consulta – Os diretores do Sindicato também entregaram aos bancários o questionário da tradicional consulta sobre reivindicações da categoria para o ano, que antecede a campanha salarial. As respostas de trabalhadores em todo o Brasil subsidiam as discussões dos encontros locais e estaduais e a conferência nacional dos bancários para a elaboração da minuta 2016 que será encaminhada aos banqueiros.

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Bancários do ABC participaram do evento representando a Região

IMG-20160606-WA0066[1]O lançamento da campanha “Se é público, é para todos”, nesta segunda, 6, na Fundição Progresso, Rio de Janeiro, foi marcado pela realização de debates sobre a valorização do bem público – empresas, serviços, patrimônio, políticas, espaços e tudo mais que se constitui em riqueza do e para o povo brasileiro. Organizado pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, teve a presença do ex-presidente Lula e reuniu intelectuais, especialistas e dirigentes dos movimentos sindical e social, que denunciaram o governo golpista de Michel Temer como um grande incentivador de privatizações, sucateando o que é da sociedade para atender a interesses de grupos financeiros nacionais e estrangeiros. Os bancários do ABC estiveram representados no ato pelos diretores do Sindicato.

Em pauta, portanto, estiveram questões como os projetos de lei que determinam o fim das empresas públicas (como o PL 4918, anterior PLS 555), do pré-sal (PL4567) e dos fundos de pensão (PLP 268), entre vários outros. Duas rodas de debate com questões abertas aos participantes foram realizadas durante a tarde (leia mais sobre essas discussões abaixo), e a mais forte palavra de ordem, depois do mote da campanha, foi “Fora, Temer!”. À noite, com a presença de Lula (leia mais abaixo) participaram do ato político representantes da CUT, CTB, Intersindical, FUP, Fenae e Contraf-CUT.

Na avaliação da coordenadora do Comitê e diretora do Sindicato, Maria Rita Serrano, o evento, pelo qual passaram cerca de duas mil pessoas durante, superou expectativas e é um grande estímulo na luta contra o governo golpista de Michel Temer. “Daqui vamos sair mais fortes para resistir ao golpe, porque onde tem empresa pública tem desenvolvimento”, afirmou, lembrando a luta contra o PLS 555 (Estatuto das Estatais, hoje PL 4918) que deu origem ao comitê e agora se expande a demais setores públicos. Os próximos passos da campanha nacional serão discutidos em reunião das entidades que integram o comitê nacional, e divulgados em breve neste site e demais publicações parceiras. Também está prevista a edição de um jornal específico sobre o lançamento da campanha “Se é público, é para todos”.

Valorizar o público é fomentar desenvolvimento e cidadania, destacam debatedores

Na primeira mesa de debates do evento "Se é público, é para todos", aberta por volta das 15h, o geólogo e ex-diretor da Petrobras, Guilherme Estrella, apresentou dados sobre a origem e desenvolvimento da empresa e destacou a grande importância do pré-sal para o País. “As empresas estatais são a ferramenta do povo brasileiro para construir a soberania nacional”, apontou. “E se não dermos um basta (no governo golpista) serão vendidas a estrangeiros”, alertou.

Na sequência, o advogado tributarista Ricardo Lodi abordou o golpe contra a presidenta da República afastada Dilma Rousseff, apontando que “todos os analistas sobre desigualdade social destacam os governos Lula e Dilma como um grande exemplo a ser seguido”, e que nesse momento a sociedade tem apenas dois caminhos: lamentar ou se levantar contra um governo golpista que pretende excluir trabalhadores, negros, mulheres e grupos LGBT, entre outros. O cientista político Emir Sader, por sua vez, destacou a importância dos bancos públicos, igualmente na mira dos golpistas. “Temer quer fechar 400 agências da Caixa. Alguém aqui acredita que o Bradesco ou o Itaú vão financiar moradia para pobres?”, questionou.

Mulheres – Como não podia deixar de ser, a questão da cidadania ganhou relevância nos debates da Fundição. Na abordagem ao significado do termo ´público´, a filósofa Márcia Tiburi afirmou que o novo governo e sua equipe o desprezam - remetendo, por exemplo, à participação feminina. “Se nós, mulheres, não estamos presentes com nossos corpos e ideias nos espaços de poder, então esse espaço não é ‘público’ e nos silencia”, avaliou. Outra mulher presente, a deputada federal Jandira Feghalli, adicionou ao debate a questão dos meios de comunicação no Brasil, hoje dominados por não mais do que seis famílias. “É uma dívida da esquerda não ter enfrentado ainda esse monopólio, porque a comunicação é irmã gêmea da educação e da cultura como instrumento transformador”, comparou.

OSindicato dos Bancários do ABC foi parceiro do seminário internacional A justa rebeldia das mulheres na América Latina e Caribe, organizado pelo Instituto Centro de Memória & Atualidades (IMA) do ABC entre os dias 2 a 4 de junho. O evento revelou histórias de mulheres que ousaram enfrentar, com armas em punho, as tiranias e ditaduras em países da América Latina. A programação incluiu palestras, roda de conversa com a juventude e atividades culturais e a sede social foi palco de algumas das palestras. Seminário Internacional Seminário Internacional Seminário Internacional

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