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[caption id="attachment_11471" align="alignright" width="502"]negociacao caixa Jorge Furlan, diretor do Sindicato participa da reunião representando a Fetec-SP e os bancários do ABC[/caption]

Na primeira rodada específica de negociação realizada na manhã desta quarta-feira (17), em Brasília (DF), a CEE/Caixa (Comissão Executiva dos Empregados), que assessora o Comando Nacional dos Bancários durante a Campanha Nacional 2016, tinha como objetivo resolver pendências das negociações durante o ano e, em seguida, iniciar as discussões da pauta específica. No entanto, a Caixa novamente emperrou as discussões e ignorou diversas reivindicações.

“Além de ignorar diversas reivindicações da pauta específica da campanha deste ano como a contratação de mais bancários, o fim do caixa minuto, revogação da medida que estabelece a extinção da função de caixa e mais respeito aos tesoureiros, os representantes da Caixa também não quiseram resolver outras pendências de outras negociações, ou seja, não houve nenhum avanço nesta primeira rodada de negociações”, disse Jorge Furlan, diretor do Sindicato e representante da Fetec-SP na mesa de negociações com a Caixa.

Além das pendências do acordo anterior, um dos pontos centrais do debate foi a reestruturação que tem sido promovida pela empresa e suas consequências nas condições de trabalho dos empregados. A gerente da Gener (Gerencia Nacional de Negociação e Relações de Trabalho) Maria Emília Pereira, informou que a reestruturação está suspensa e que a “primeira onda” previa as mudanças na Matriz, Giris e Girec e que elas já aconteceram. “Nós solicitamos que o banco informe oficialmente por escrito a todas as suas gerências e aos empregados a decisão de suspender a reestruturação e que deixe claro que ela não pode ser usada mais como ferramenta de gestão”, disse Furlan.

Ainda a respeito de mudanças em relação ao pessoal da Caixa, a representação nacional dos empregados manifestou sua preocupação com a exposição dos tesoureiros que estão fazendo serviço de caixa, bem como técnicos bancários fazendo conferência de assinatura. Foi solicitada ainda o fim do caixa-minuto e a volta da função de caixa.

“A próxima reunião será realizada no dia 24, em São Paulo, quando começará a ser discutida a pauta da campanha salarial deste ano, e esperamos que seja mais produtiva e que os representantes da Caixa venham com disposição em debater nossas reivindicações e não tente emperrar novamente as negociações”, finaliza Furlan.

Confira abaixo outros pontos discutidos: SIPON - Um dos compromissos firmado pela Caixa e que corre risco de não ir à diante é a disponibilização de login único no ponto eletrônico (Sipon). A promessa da instituição na negociação da Campanha 2015 era de que seria adotado em todo o país a partir de janeiro de 2017. Na negociação, os interlocutores do banco disseram que o mecanismo começa a ser desenvolvido em janeiro de 2017 sem data para implantação. FUNCEF A CEE também cobrou a criação de comissão para discutir especificamente as questões do fundo de pensão (Funcef). Também na Campanha 2015, a empresa havia se comprometido em criar esse grupo, mas não levou adiante. Nesse caso os participantes reivindicam, por exemplo, que a Caixa se responsabilize integralmente pelo contencioso provocado por ações judiciais. O representante do banco não se posicionou sobre a criação desta comissão. SAÚDE CAIXA Também ficou sem resposta a utilização do superávit do Saúde Caixa. Uma das propostas dos empregados, que havia sido aceita pela Caixa no ano passado, é a redução da coparticipação dos bancários de 20% para 15%. Fato que até agora não ocorreu. Também não foi implantado - segundo a Caixa por problemas operacionais - a adoção do limite de R$ 2.400 para o reembolso nos casos de procedimentos médicos. Esse valor também foi conquistado na Campanha 2015. REESTRUTURAÇÃO SUSPENSA A CEE relatou que muitos gestores, como o da Centralizadora Nacional de Habitação e Garantia (Cehag) de São Paulo, têm promovido descomissionamento e ameaçado empregados, com a justificativa de reestruturação. Nessa questão, os interlocutores do banco afirmaram que as reestruturações no banco estão suspensas.

Entre os itens, há reivindicações referentes a condições de trabalho, retomada das contratações, Funcef e Saúde Caixa

A primeira negociação da Campanha Nacional 2016 com a Caixa Econômica Federal acontece nesta quarta-feira (17). A reunião será em Brasília (DF), a partir das 10h. O Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE), entregou a pauta de reivindicações específica dos trabalhadores na terça-feira (9) à direção do banco. A minuta contém propostas aprovadas no 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizado em São Paulo, de 17 a 19 de junho. As reivindicações são referentes às condições de trabalho, retomada das contrações, Funcef, Saúde Caixa, entre outros pontos. Reunião preparatória - Nesta terça-feira (16), os representantes das federações e sindicatos que integram a comissão dos empregados debatarem e definiram os pontos da pauta da primeira negociação com a Caixa, durante encontro será na sede da Fenae. Clique aqui e confira a pauta de reivindicações específicas dos empregados da Caixa.  

O banco eliminou 2.710 postos de trabalho em 12 meses

No primeiro semestre de 2016 o lucro líquido do Banco do Brasil foi de R$ 4,824 bilhões, o que significou uma expressiva queda de 45,3% em relação ao mesmo período de 2015. Mas, segundo o próprio banco, o resultado decorreu, principalmente, da provisão relacionada ao caso específico do segmento empresarial de óleo e gás.

O lucro líquido ajustado, que exclui resultados extraordinários, alcançou R$ 3,087 bilhões, tendo queda também expressiva de 49,1%. Análise feita pelo Dieese também ressalta que o patrimônio líquido ajustado totalizou R$ 83,4 bilhões, com alta de 15,1% no período. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio foi de 10,4%, com queda de 10,5 pontos percentuais em doze meses.

"Apesar desse lucro gigante do BB, o banco continua com a redução de postos de trabalho não se preocupando com os bancários, que são sos responsáveis por esse lucro e nem com os clientes, pois com a redução de funcionários, o atendimento fica prejudicado", disse Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil.

Corte de empregos

O banco seguiu reduzindo postos de trabalho, conforme evidenciado pelo balanço da instituição. Foram registrados 109.615 trabalhadores em junho de 2016, totalizando 2.710 a menos que em junho de 2015.

Quanto à rede de atendimento, o banco somou 5.428 agências em junho de 2016, 116 a menos que no mesmo mês em 2015. A Rede Mais BB (correspondentes bancários e Banco Postal) somou 14.110 unidades, sendo 464 unidades a menos, em 12 meses. Mas o banco ampliou em 1,152 milhão o número de clientes no mesmo período, somando 64,2 milhões de correntistas.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 767,8 bilhões, com queda de 1,3% em 12 meses, e de 3,1% no trimestre. A carteira pessoa física somou R$ 197 bilhões, com crescimento de 5,7% em 12 meses. O segmento de pessoas jurídica totalizou R$ 333,9 bilhões, com queda de 5,5%, já a carteira de agronegócio teve alta de 9,6%, com resultado de R$ 184,5 bilhões.

Inadimplência

O índice de inadimplência foi de 3,27% em junho de 2016 e registrou alta de 1,4 ponto percentual em 12 meses, sob impacto do segmento de óleo e gás. Com esse resultado, a inadimplência no banco ficou bem próxima à média do Sistema Financeiro Nacional no período, que foi de 3,50%. As despesas com provisões somaram R$ 14,2 bilhões, com alta de 30,4% em 12 meses.

Receita X Pessoal

Entre os resultados do banco destacam-se as receitas de R$ 23,8 bilhões com Títulos e Valores Mobiliários (TVM), que tiveram queda de 16,3% em 12 meses. As receitas com serviços e tarifas totalizaram R$ 11,6 bilhões com elevação de 7,6%, enquanto as despesas com pessoal (inclusive PLR) somaram R$ 11,1 bilhões, com alta de 1,6%, o que resultou num índice de cobertura de 104,3% em junho de 2016.

O Sindicato realizará no próximo dia 18 uma plenária sobre a incorporação do HSBC pelo Bradesco com o objetivo de discutir a garantia de direitos e isonomia.

A incorporação do HSBC pelo Bradesco é um ponto que preocupa os bancários. "Os trabalhadores de ambos os bancos estão apreensivos com a incorporação. A perda do emprego é uma das maiores preocupaçãoes dos funcionários, por isso é muito importante a participação dos bancários desses bancos nesta plenária para que possamos discutir sobre essa venda e traçar estratégias de luta", disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e funcionário do HSBC.

Outro ponto importante é a necessidade de luta pela manutenção das conquistas específicas dos funcionários do HSBC, como a bolsa-educação, o parcelamento de férias e planos de saúde. “Temos de estar preparados para essa luta também. Temos um histórico de lutas e conquistas e isso não será esquecido e nem vencido”, afirmou Belmiro.

O evento será na sede social, rua Xavier de Toledo, 268 - Centro de Santo André à partir das 18h30.

Decisão foi tomada durante reunião realizada ontem (11) em Brasília; item já faz parte da estratégia de lutas de bancários e petroleiros

O encontro do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, realizado ontem (11) em Brasília, reuniu representantes de várias categorias e entidades sindicais que apresentaram propostas para as ações neste segundo semestre e fizeram um balanço das realizadas até agora, desde o início da luta contra o PLS 555 (Estatuto das Estatais), no ano passado. Entre as propostas, ganha destaque a incorporação da campanha “Se é público, é para todos” nas campanhas salariais em curso, como já estão fazendo bancários e petroleiros em suas estratégias de lutas.

“Nossa sugestão é que todas as categorias em campanha salarial adotem esse debate, primordial nesse momento, vez que o governo golpista já declarou sua intenção de privatizar o que for possível, o que é inadmissível”, destaca a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, diretora do Sindicato e que também é empregada da Caixa e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) do banco. Todo o material da campanha pelos bens, empresas e serviços públicos, lançada em junho passado, já está disponível na internet para utilização das categorias interessadas, no facebook do comitê.

Pré-sal e PEC - Outra decisão do encontro foi o apoio do Comitê ao plebiscito sobre o pré-sal. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos querem que o povo brasileiro decida se os recursos do pré-sal devem ser aplicados em benefício da sociedade ou ficar nas mãos de multinacionais, como almeja o governo golpista. “Além do impeachment, a questão do pré-sal está em evidência nesse momento, e o comitê vai apoiar, defender e divulgar a ideia de realização do plebiscito”, explica Rita. O repúdio à PEC 241, que congela gastos públicos federais por 20 anos, sem respeitar percentuais estabelecidos para saúde e educação, foi outra proposta aprovada no encontro.

Ainda sem data definida, mas já agendado para o mês de setembro, também haverá o lançamento da campanha “Se é público, é para todos” no Congresso Nacional. Intensificar o debate com os políticos, estreitar os laços com a base aliada e buscar formas diversas de sensibilizar a sociedade sobre a importância dos serviços e empresas públicas foram outros itens estabelecidos na reunião, que reforçou decisão anterior de se ingressar com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para questionar a lei 13.303, oriunda do PLS 555 e que traz contradições legais como o impedimento de sindicalistas participarem dos conselhos das empresas públicas.

Balanço e expansão - “Foi um encontro muito produtivo, que certamente resultará em atividades por todo o Brasil contra as privatizações”, afirma Rita, destacando a unidade como ponto positivo no balanço das ações realizadas até agora. “A união de diferentes entidades e categorias para travar o debate no Congresso foi fundamental para atingir o resultado no caso do PLS 555, e nasceu de uma necessidade concreta de articulação. Agora, vamos fortalecer essa unidade e expandir nossas ações na luta contra as privatizações”, destaca.

Já o representante da Contraf-CUT, Ernesto Izumi, também participante do encontro, lembra que “o mais importante é o comitê manter-se mobilizado. A luta contra a lei 13.303 ainda não acabou e uma Adin está sendo analisada. Outros projetos que ameaçam os trabalhadores estão em pauta e vamos continuar a mobilização junto aos parlamentes e nas ruas. Se é público é para todos, e só a luta nos garante”.

O banco ficou de avaliar uma nova proposta sobre os endividamentos dos trabalhadores ainda neste mês

comissao-de-organizacao-dos-empregados-coe-do-itau-cobra-do-_2ae9555b43ada834f434dc30fb04ade8Em reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Condições de Trabalho, realizada na tarde desta quinta-feira (11), em São Paulo, entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco, os representantes dos trabalhadores cobraram do banco o retorno das principais pendências apontadas pelos bancários sobre os assuntos relacionados a saúde e condições de trabalho.

Segundo Adma Gomes, diretora do Sindicato e integrante do GT de Saúde, o banco havia se comprometido trazer devolutivas efetivas sobre as questões que afligem os trabalhadores no local de trabalho. “Esta mesa é muito importante para o movimento sindical, pois trata da saúde do trabalhador bancário e a nossa categoria é a que mais vem se afastando por adoecimentos como a LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), além dos afastamentos por problemas psíquicos. Por isso, precisamos respostas concretas do banco”, explicou.

O Itaú havia se comprometido, em reunião passada, a trazer devolutivas sobre as questões pendentes, bem como uma solução para a questão do endividamento do trabalhador, além de apresentar dados reais referentes à saúde do trabalhador no ambiente bancário.

Em relação aos endividamentos, os casos onde houve um atraso ou equívoco no cadastramento ou afastamento do funcionário, que acarretou na cobrança indevida, o banco ficou de fazer uma revisão referente ao assunto e se comprometeu, mais uma vez, a acertar as pendências.

“O banco já apresentou alguns programas, só que além de apresenta-los é preciso de fato debater os assuntos e as propostas concretas, que irão melhorar o dia a dia do trabalhador bancário”, acrescentou Adma.

Outra questão pendente é referente aos dados reais sobre a saúde e os números de adoecimento dos trabalhadores no local de trabalho. O banco complementou os dados nesta reunião, estratificados por Estado e ficou de dar continuidade ao assunto na próxima ocasião. Esses dados são importantes para se ter a compreensão real do nível de adoecimento dos bancários do Itaú.

O banco ficou de avaliar uma nova proposta sobre os endividamentos ainda neste mês. A próxima reunião ainda não tem data marcada.

Fonte: Contraf-CUT

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