A Bradesco anunciou lucro líquido de R$ 8,778 bilhões, no primeiro semestre de 2015, um crescimento de 20,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O número vai de encontro com o balanço das demissões no mesmo período. O número de empregados na holding em 30 de junho de 2015 foi de 93.902, o que representa um corte de 5.125 postos de trabalho, queda de 5,2% no quadro de funcionários, em doze meses. Uma parte da explicação, segundo o relatório do Banco, está no fato de que em novembro de 2014, ocorreu a transferência de 2.431 funcionários da Scopus Tecnologia para a IBM Brasil, que foi vendida.
Foram fechadas 52 agências e 34 PA's em doze meses, contudo, foram abertas 1.856 unidades do correspondente bancário Bradesco Expresso.
Em relação apenas ao segundo trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 4,473 bilhões, com alta de 5,4% em relação ao trimestre anterior. O retorno anual sobre o Patrimônio Líquido médio foi de 21,9% e registrou crescimento de 1,2 pontos percentuais em doze meses.
As operações de crédito cresceram 6,5% em doze meses, mantendo-se estável no trimestre num montante de R$ 463,4 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 6,2% em relação a março de 2014, chegando a R$ 143,5 bilhões, enquanto as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 320,0 bilhões, com elevação de 6,2% em doze meses, mas apresentando queda de 0,4% no trimestre.
O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,7% com alta de apenas 0,2 pontos percentuais no período. Mesmo assim, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 15,7% que atingiram, aproximadamente, R$ 8,0 bilhões.
O crescimento do resultado com títulos e valores mobiliários (TVM) foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e dos índices de preços, com alta de 44,8% em doze meses, perfazendo um total de R$ 20,1 bilhões.
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 13,4% em doze meses, totalizando R$ 11,8 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram apenas 5,0%, chegando a R$ 7,1 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 167,2% no 1º semestre de 2015 (12,3 pontos percentuais a mais que em junho de 2014).
Fonte: Contraf-CUT com Dieese
Notícias
HSBC e Bradesco dizem para Contraf-CUT que não haverá demissão em massa
Representantes da Contraf-CUT, dos sindicatos dos bancários de São Paulo e de Curitiba e da Fetec-PR se reuniram nesta terça-feira (4) com a direção dos bancos Bradesco e HSBC para garantir a manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores, após aquisição do banco inglês.
O encontro serviu para os dirigentes sindicais conhecerem detalhes da negociação, como o fato de o comando das operações só serem transferidos em janeiro de 2016. "A reunião nos tranquiliza porque eles garantiram que não haverá demissão em massa, mas vamos ficar atentos e acompanhando os desligamentos dos dois bancos", afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
"O banco também afirmou que o Bradesco, entre os interessados pela compra do HSBC, é o que apresenta maior complementariedade em relação a produtos, serviços e rede de agências, gerando menos atritos e mais oportunidades", completou o presidente da Contraf-CUT. "Isso ajuda a negociação pela manutenção dos empregos nos dois bancos".
Os representantes do Bradesco disseram que em todos os negócios deste tipo comandado pelo banco houve total transparência nos diálogos com o movimento Sindical. Os dois bancos dizem que não haverá demissão em massa e reiteram a disposição de diálogo com o movimento sindical. Até que saia a aprovação da venda, que pode durar até seis meses pelos órgãos responsáveis, a gestão será do HSBC e o compromisso dos dois bancos é de manter a transparência com os sindicatos e os trabalhadores.
Fusões aumentam concentração do sistema bancário
O número total de empregados do HSBC no País, em dezembro de 2014, era de 20.165 trabalhadores e o número de agências bancárias no Brasil era de 853 unidades. O setor bancário brasileiro já vive um oligopólio. Em 2014, os seis maiores bancos (BB, Itaú-Unibanco, Bradesco, CEF, Santander e HSBC) passaram a concentrar 82,5% do Ativo Total do Sistema Bancário Brasileiro. Em 1999 esse mesmo índice era de 59%. Com relação às operações de crédito observa-se a mesma tendência: enquanto em 1999 os seis maiores bancos possuíam pouco mais de 60% do total de operações de crédito do setor, em 2014 essa participação chegou a 84%.
Os cinco maiores bancos, antes da aquisição, concentravam 80% dos ativos, 84% do crédito, 87% dos depósitos à vista, 95% dos depósitos de poupança e 87% das agências. Depois da aquisição do HSBC, concentram 83% dos ativos, 86% do crédito, 92% dos depósitos à vista, 96% da poupança e 91% das agências.
Fonte: Contraf-CUT
Bancários do HSBC e Bradesco debatem venda e defesa do emprego

Representantes das comissões de organizações dos funcionários (COE) do HSBC e do Bradesco e representantes das federações se reuniram nesta quarta-feira (5), às 10h, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para discutir os impactos do anúncio da aquisição do HSBC pelo Bradesco e a organização e as lutas dos bancários dos dois bancos a partir disso.
Ontem a Contraf-CUT, o Bradesco e o HSBC se reuniram para discutir como ficará a questão dos empregos a partir desta venda. A reunião foi solicitada pela Contraf-CUT que quer garantias de que a mudança não signifique corte de postos de trabalho e demissões em nenhum dos dois bancos. O resultado desta reunião também será analisado pelos bancários.
Bradesco anuncia compra da operação brasileira do HSBC
Foi confirmada nesta segunda-feira, 03, a venda da unidade brasileira para o Bradesco por US 5,2 bilhões. De acordo com o comunicado, HSBC e Bradesco chegaram a um acordo na sexta-feira, 31 e, neste final de semana foram acertados os detalhes. O valor ficou acima do esperado pelo mercado que projetava uma proposta de até US$ 4 bilhões. O valor da compra ainda está sujeito a ajustes e o negócio deve passar por aprovação regulatória que deve ocorrer até o segundo trimestre de 2016.
Essa venda preocupa os trabalhadores do HSBC que temem demissões. São mais de 20 mil funcionários em todo o Brasil. “Durante todo esse processo, desde o anúncio da intenção de venda do banco, os trabalhadores se mobilizaram para a manutenção do emprego e, agora, mais que nunca, devemos intensificar essa luta cobrando do Bradesco a garantia de emprego para os funcionários do HSBC e, também, do próprio Bradesco”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e funcionário do HSBC. “A maior preocupação do banco tem que ser com os funcionários pois são eles que geram os lucros e esse processo de venda não pode prejudicar os trabalhadores”, conclui Belmiro.
O maior interesse do Bradesco está na clientela de alta renda do HSBC, sexta maior instituição financeira do país em ativos. O banco tem cerda de 10 milhões de clientes, uma rede de 853 agências e receitas da ordem de R$ 10,6 bilhões.
Junto com o anúncio da venda ao Bradesco, o HSBC divulgou seu balanço global que apresentou lucro líquido de R$ 4,36 bilhões, queda de 3,96% comparado ao mesmo período do ano passado.
Bancários do Bradesco fazem nova rodada de negociação
Bradesco: Campanha de valorização dos funcionários tem atividades em Santo André

Mais fotos da atividade
Fotos: Dino Santos






