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Nesta Campanha Nacional 2013, os bancários vão intensificar a luta por um sistema financeiro socialmente responsável, com atuação voltada para o desenvolvimento do país.

Essa é a síntese dos trabalhos realizados pelo Grupo sobre Reestruturação Produtiva no Sistema Financeiro, na tarde deste sábado 20, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo.

Os debates apontam para a luta em defesa da universalização do atendimento bancário. O objetivo é assegurar a inclusão bancária com atendimento em agências e PABs prestados exclusivamente por trabalhadores bancários, visando garantir a qualidade na prestação dos serviços, proteção do sigilo bancário e da vida dos trabalhadores e consumidores.

Para os delegados desta 15ª Conferência, essa é uma reivindicação que fortalece a luta contra a figura do correspondente bancário, amplamente utilizada pelos bancos como forma de diminuir despesas e cuja consequência é a precarização do emprego e o enfraquecimento da categoria bancária.

Os bancários também ratificaram as propostas que já constam da minuta de reivindicações da categoria do ano passado no que diz respeito à instituição de comissão para negociar com os representantes dos bancos todos os casos de reestruturação administrativa e de introdução de novos equipamentos e tecnologias que possam afetar o emprego no setor.

Além disso, os delegados entendem ser fundamental avançar no debate sobre a regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal, sobre o sistema financeiro, de forma a reduzir as taxas de juros e de fomentar investimentos dos bancos em obras e estruturas que contribuam com o desenvolvimento e inclusão social no Brasil.

Nesse sentido, um dos caminhos apontados pelos delegados é a construção da Conferência Nacional do Sistema Financeiro, com realização de conferências regionais, garantindo assim a socialização do debate com a sociedade.

Importância da unidade

Como estratégia para se obter avanço nessa Campanha Nacional 2013, os presentes nesta 15ª Conferência destacam a importância de se intensificar as denúncias sobre os descasos dos bancos para com trabalhadores, clientes e usuários, valendo-se de atividades de mobilização e de campanhas de mídia.

E, sobretudo, os delegados desta 15ª Conferência reforçam a importância da unidade da categoria, sob a organização do Comando Nacional dos Bancários, tendo as assembleias de base como instância máxima de decisão.

Rede de Comunicação dos Bancários Lucimar Cruz Beraldo

Aumento real de salário, combate ao assédio moral e às metas abusivas e fim das demissões com mais contratações. Essas são as principais expectativas manifestadas pelos 37.097 bancários que responderam à consulta nacional coordenada pela Contraf-CUT e realizada pelos sindicatos em todo o país. O resultado da consulta foi apresentado pela Confederação neste sábado 20, no segundo dia da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, que está sendo realizada em São Paulo. [highlight]Veja aqui[/highlight] o resultado completo da consulta. E lei abaixo os principais indicadores: Remuneração Dos bancários que responderam ao questionário, 74,7% querem aumento real de salário, 71,1% defenderam cesta-alimentação maior e 83,3% esperam um incremento da PLR. Em relação ao índice de reajuste que deve ser reivindicado dos bancos, 38,6% querem reajuste de 5% a 10%, incluída a inflação, e 33,1% preferem reajuste de 10% a 15%. Emprego Com relação ao emprego, em uma pergunta em que o bancário podia apontar até três opções, 44,9% defendem como prioridade o combate às demissões imotivadas (Convenção 158 da OIT), 43,5% querem mais contratações, 38,7% pediram jornada de 6 horas para todos, 35,5% reivindicam igualdade de oportunidades e 24,9% exigem o fim das terceirizações. Saúde e condições de trabalho Em questionamento onde também se podia marcar até três temas, 66,4% querem o fim das metas abusivas, 58,2% pedem o combate ao assédio moral e 27,4% assinalaram segurança contra assaltos e seqüestros. Além disso, a consulta mostrou um índice alarmante de problemas relacionados a saúde do trabalhador. Nos últimos doze meses, 18% dos que responderam à consulta declaram ter se afastado do trabalho por motivos de doença e 19% declararam o uso de medicação controlada. Formas de participação na campanha Perguntados sobre que tipo de atividade estão dispostos a se engajar para conquistar essas reivindicações, 44,7% disseram que participarão de assembléias, 37,6% farão greve e 25,2% marcarão presença em protestos. Regulamentação do sistema financeiro Dos que responderam à consulta, 72% dos bancários disseram que é "muito importante" o país regulamentar o SFN e outros 21% julgam a regulamentação "importante". Redução dos juros Mais de dois terços dos bancários (67%) consideram a redução dos juros "muito importante" e outros 25% acham isso "importante". Democratização da mídia 68% dos bancários que responderam ao questionário consideram a mídia brasileira parcial e 76% são favoráveis ao debate sobre a adoção de um marco regulatório para as comunicações baseado no interesse público e na democratização da mídia. Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

Segundo dia da Conferência Nacional divide bancários em quatro grupos: emprego, sistema financeiro, remuneração e condições de trabalho

Após passarem toda a sexta-feira 19 se aprofundando nos quatro grandes temas em que a 15ª Conferência Nacional dos Bancários está dividida, os delegados retomam os debates neste sábado 20 para começar a fechar a pauta unificada da categoria para a Campanha 2013. Para isso, dividem-se em quatro grupos de trabalho: Emprego, Reestruturação Produtiva do Sistema Financeiro Nacional, Remuneração e Condições de Trabalho. No domingo 21 ocorre a plenária geral. Pela manhã, houve mesa para análise de conjuntura com a participação do chefe da UNI Finanças, Márcio Monzane; João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-diretor do Ipea; e Altamiro Borges, coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Fonte: Seeb SP

Durante a mesa sobre Terceirização e Reestruturação Produtiva na 15ª Conferência Nacional dos Bancários, nesta sexta-feira (19), a economista Vivian Machado Rodrigues, da subseção Dieese na Contraf-CUT, falou sobre o "mobile payment", sistema que usa celulares, smartphones e tablets para operações de compra e pagamento. Há duas modalidades. Uma foi introduzida pela operadora brasileira Oi na Nigéria e no Quênia e realiza pagamentos por intermédio de mensagem SMS, com o uso de uma senha criptografada que autoriza a transação. "O usuário compra créditos para seu celular e os utiliza não só para serviços de telefonia e internet, mas para compras e pagamentos diversos", explica Vivian. O usuário tem uma conta de pagamentos, mas não uma conta bancária, e essas operações não passam por instituições financeiras, mas pela empresa de telefonia. A outra tecnologia, já usada no Japão, chama-se NFC, ou pagamento por proximidade. O celular funciona como uma carteira virtual capaz de realizar operações de até quatro cartões diferentes. Nessa modalidade, a operação é feita através de um banco. O que vai funcionar no Brasil é um modelo híbrido que mistura as duas tecnologias. A Medida Provisória 615, editada em 17 de maio, autoriza o funcionamento dessas operações, definindo os papéis das empresas envolvidas no processo. O Banco Central ficará encarregado dos pormenores da regulamentação. O Ministério das Comunicações, a Anatel e o Conselho Monetário Nacional também estão envolvidos na implantação do sistema. O "mobile payment" tem apoio do governo federal, que deverá incluir até benefícios como o Bolsa Família no sistema que usa SMS. "A justificativa é que essa modalidade de pagamento permitiria a inclusão financeira, principalmente das pessoas de baixa renda, que não têm acesso a bancos. No caso do sistema NFC, a expectativa é que tenha maior aceitação junto aos mais jovens, que já vivem conectados", informa a economista. Ameaça ao emprego O sistema já está ativo em algumas praças. O Banco do Brasil opera em parceria com a Oi em estados do Nordeste e deve expandir o sistema para todo o Brasil no segundo semestre. O Bradesco também deve começar a operar em breve, através da operadora Claro. A Caixa tem parceria com a Tim e a Mastercard e o início da operação está previsto para 2013. "Mas a MP e as normativas do Banco Central determinam que as transações sejam feitas entre todos os bancos e todas as operadoras, numa plataforma integrada. E isso, por enquanto, ainda não acontece", destaca Vivian. O problema é que esse sistema ameaça o emprego bancário, porque a nova tecnologia pode mudar completamente a estrutura das instituições financeiras. "As agências representam custo e hoje o conceito de banco é marca. Com o mobile payment elas não serão mais necessárias. Foi por isso que o governo desonerou os smartphones e os tablets. E, como todo mundo carrega celular em bancas de jornal, elas se tornarão o novo correspondente bancário", alerta Vivian. Rede de Comunicação dos Bancários Renata Silver

"Esse é o momento de ousar e ir pra luta, de mobilizar, de fazer a disputa na sociedade em defesa dos interesses da classe trabalhadora, que passa pela defesa do emprego, pelo enterro do PL 4330 da terceirização, pela melhoria das condições de trabalho, pelo desenvolvimento econômico e social, por distribuição de renda e pela transformação do Brasil em um país mais justo, democrático e solidário."

Essa é a avaliação do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, feita na abertura solene da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada nesta sexta-feira 19 no hotel Holiday Inn, em São Paulo, encerrando o primeiro dia do encontro.

Neste sábado 20, na parte da manhã haverá uma mesa para discutir a conjuntura política, econômica e social do país. Depois, os 630 delegados e 44 observadores presentes se dividirão em quatro grupos para aprofundar a discussão sobre Emprego, Remuneração, Condições de Trabalho e Terceirização e Reestruturação Produtiva do Sistema Financeiro Nacional.

As propostas aprovadas nos grupos serão submetidas à deliberação da plenária final da 15ª Conferência, no domingo 21, que aprovará a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários de 2013. Carlos Cordeiro manifestou a convicção de que a campanha deste ano será vitoriosa. "Acredito em cada sindicato, em cada dirigente sindical e na força da categoria, para aumentarmos a mobilização que tivemos no ano passado, a fim de ampliar as conquistas dos bancários. E tenho certeza de que este ano vamos conquistar novos avanços nos direitos dos bancários."

"Cuidado com as arapucas da mídia"

O presidente da CUT, Vagner Freitas, ironizou os banqueiros com um recado dirigido à base. "Os bancários devem ter percebido que a arapuca já está armada. Leiam os editoriais econômicos dos últimos dias. Por conta da conjuntura econômica que eles estão vivendo, por causa da alta da inflação e no descontrole dos gastos públicos, a política de reajuste salarial dos últimos dez anos não poderia mais ser praticada, pois aumento de salário gera mais inflação. Essa é a teoria que eles vão tentar emplacar."

O dirigente se referiu às manifestações de junho. "Nós, que estamos lutando há 30 anos, damos as boas vindas a vocês que começaram a lutar agora. Agora não venha a mídia tentar manipular esses manifestantes contra a pauta dos trabalhadores".

Vagner acrescentou que no dia 6 de agosto haverá novo dia nacional de luta contra o PL 4330, e no dia 30 de agosto paralisação de 24 horas caso o governo não atenda as reivindicações dos trabalhadores apresentas pelas centrais sindicais.

"Bancários são referência para os trabalhadores"

Presidenta do Sindicato de São Paulo e anfitriã da Conferência, Juvandia Moreira afirmou que a luta dos bancários é uma referência para todos os trabalhadores. "Juntar bancários de todos os estados para discutir uma pauta de reivindicações, estratégias, conjuntura... isso é uma referência. Aqui vamos divergir e debater, mas vamos sair com uma pauta construída. E que começa a ser construída bem antes, a partir do diálogo que mantemos com o trabalhador na base."

Emanoel de Souza, presidente da Feeb-BA/SE e representante da CTB, declarou que "o papel da juventude é a rebeldia. O desafio das centrais e movimentos sociais é construir a unidade na luta e elevar o nível de consciência dos trabalhadores e da população em geral. Só assim poderemos impedir que as vigorosas manifestações das últimas semanas sejam manipuladas pela direita e pela mídia."

Dirceu Travassos (Didi), da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), destacou a importância do momento histórico que o país atravessa com a força das mobilizações nas ruas, ressaltando que a Campanha Nacional dos Bancários de 2013 precisa incorporar esses novos elementos. "Devemos repensar nossa concepção de organização e estratégia, principalmente porque trabalhamos no setor que é o maior responsável pela crise econômica mundial, que é o sistema financeiro", afirmou Didi.

O diretor financeiro da Federação dos Bancários de SP e MS, Aparecido Roveroni, o Cidão, destacou a unidade da categoria, de "todas as tendências."O importante neste ano, nesta Campanha, é o emprego. E mais: temos que ousar e inserir a luta contra o PL 4330 em nossa pauta".

"Temos de apontar para a mobilização"

Para o presidente do Sindicato de Santos, Ricardo Luiz Lima Saraiva, o Big, da Intersindical, os estudantes apontaram para o movimento sindical que o momento é de unidade e criticou o governo, "que tem de começar a defender o direito dos trabalhadores e deixar de andar de mãos dadas com banqueiros". Ele disse que a CUT foi fundamental para barrar a votação do PL 4330 até agora e propôs: "Temos de apontar para a mobilização e no dia 6 ir para Brasília e deflagrar greve geral para impedir a aprovação do projeto da terceirização".

O presidente da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Milton Damião Esperança, o Miltinho, também destacou as manifestações recentes. "Estamos vivendo um momento ímpar no nosso país, em que a população está indo às ruas para demonstrar sua insatisfação. E eu entendo que é hora de convencer os bancários a irem para essa luta, principalmente contra os banqueiros, que sugam os recursos do nosso país."

Rede de Comunicação dos Bancários Ademir Wiederkehr, Alessandra Mota, Andrea Ponte Souza, José Luiz Frare, Júnior Barreto, Renata Silver e Rodolfo Wrolli

O Brasil precisa realizar uma reforma política urgente, com mudanças que vigorem já na próxima eleição, no ano que vem. E a população precisa ser ouvida, através de um plebiscito que aponte o novo modelo político e eleitoral do país. Essa é a opinião do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) e do presidente da CUT, Vagner Freitas. Os dois comandaram os debates sobre a reforma política realizados nesta sexta-feira 19, primeiro dia da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo. Ambos defenderam o financiamento público de campanha e alterações no modelo de representação. Entre as principais propostas está o polêmico fim do Senado (veja mais no quadro ao fim da matéria). Berzoini afirmou que o Partido dos Trabalhadores já colhia assinaturas para uma reforma política antes das manifestações populares, de junho. Os atos, segundo ele, trouxeram mensagens difusas, mas levantaram a questão da baixa representatividade política, uma crise presente em todas as democracias do mundo. "O atual modelo precisa ser debatido. E o centro do debate é o fim do financiamento privado de campanha. Temos de permitir maior igualdade e este deve ser o foco dos trabalhadores", afirmou o deputado que faz parte da comissão especial da Câmara que discute a reforma política. A esse grupo, o parlamentar deve levar três propostas: o estabelecimento de um teto de gastos em campanhas eleitorais, equivalente a um terço da média de despesas da última eleição; a proibição da contratação de cabos eleitorais e o fim do sigilo bancário nas contas das candidaturas, para estabelecer maior transparência dos gastos. Há amparo legal para que essas três medidas possam começar a valer já em 2014. Conservadorismo vai disseminar a confusão Tanto Vagner Freitas quanto Berzoini apontaram que o processo de plebiscito envolverá muita disputa política, já que o conservadorismo tende a disseminar a confusão entre a população, dizendo que o financiamento público tiraria verbas da saúde e da educação para financiar políticos. "Na verdade, o financiamento público devolveria a soberania ao povo, garantida na Constituição, que afirma: "todo o poder emana do povo", mas hoje o poder emana do povo, mas é intermediado pelo poder econômico", reforçou Berzoini. Para Vagner Freitas, se a sociedade não se mobilizar para pressionar o Congresso, a reforma política não sairá do papel. "Pode ter certeza que a maioria dos parlamentares, que só têm compromisso com os seus mandatos, vão enterrar a reforma política", disse. Vagner afirmou que a CUT defende a realização do plebiscito para que a população possa apontar a direção que a reforma política deve seguir. O presidente da CUT, que é bancário, aproveitou a Conferência Nacional da categoria para lançar uma nova ideia da central. "Se os políticos não fizerem o plebiscito, a CUT vai fazer. Vamos coordenar uma ampla consulta popular para ouvir a opinião dos trabalhadores. Este nosso plebiscito pode não ter amparo legal ou valor jurídico. Mas tem valor político. Ele vai mostrar ao Congresso quais as mudanças que o povo quer", afirmou. A mãe de todas as reformas Para Vagner Freitas, a reforma política é a mãe de todas as reformas, mas ela não valerá de nada se o Brasil não estabelecer um novo marco regulatória para a mídia. "A chamada grande imprensa é de direita e não dá voz para a esquerda ou mesmo para os mais pobres. Aliás, esta reforma política será de extrema importância para mostrar quem é de esquerda e quem é de direita, pelas propostas que cada um vai defender". A presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, que mediou a mesa de debates sobre a reforma política, afirmou que a conferência dos bancários um momento oportuno para colocar esta discussão de "fundamental para a classe trabalhadora". Para ela, a sociedade não se sente representada pelo Congresso Nacional apesar de ter votado, pois "quem o elege efetivamente é o capital". Um exemplo disso é que hoje no Congresso há apenas seis trabalhadores rurais, e 220 representantes do agronegócio. "Que chance tem um líder popular de ser eleito?", questiona a dirigente. Contra o PL 4330 Para o presidente da CUT, a tramitação do PL 4330, que libera a terceirização, é um exemplo da necessidade de reforma política, pois a bancada dos empresários é muito mais representativa do que a dos trabalhadores, em função do predomínio do poderio econômico nos processos eleitorais. "Se não conseguirmos fazer essa reforma agora, a próxima oportunidade pode demorar muito. O papel do movimento sindical e social é a mobilização das massas pela reforma política. A sociedade clama por uma participação que não pode se restringir ao voto. É preciso chamar a população para debater os rumos das políticas públicas. Temos que ter instrumentos de participação popular", defendeu Vagner. O dirigente também ressaltou que a melhor alternativa é o plebiscito, não o referendo. "Acho que o referendo é um bom instrumento. Mas nesse momento, o plebiscito seria melhor, pois a população formularia as políticas, enquanto no referendo, apenas diria sim ou não a propostas do Congresso", explicou, ressaltando que a reforma política é um problema dos trabalhadores, sim. "É um problema nosso porque interfere diretamente na nossa vida. Voto não é tutela para gerenciarem nossa vida como bem entenderem. Precisamos da reforma política, e precisamos mais: de uma reforma tributária com menos impostos para os pobres e mais para os ricos, com imposto sobre grandes fortunas para financiar políticas públicas". Mobilização em 30 de agosto Vagner Freitas abordou também o processo de mobilização conjunta das centrais sindicais em defesa da pauta dos trabalhadores e convocou os bancários a voltarem às ruas para novos protestos em 30 de agosto. Segundo ele, o governo até tem negociado com as centrais sindicais, mas sem atender as reivindicações que lhe são apresentadas. "Vamos intensificar a pressão iniciada no dia nacional de luta que fizemos em 11 de julho, com foco em três questões que consideramos fundamentais: fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e fim da terceirização, que passa pela rejeição ao PL 4330", ressaltou o presidente da CUT. A exemplo dos protestos do dia 11 de julho, a mobilização convocada para o dia 30 de agosto conta novamente com o envolvimento de todas as centrais sindicais do país. Principais propostas da CUT para reforma política * Fim do Senado * Combate à corrupção tornando-a crime inafiançável e fim da imunidade parlamentar para crimes penais e de corrupção * Financiamento de campanha exclusivamente público * Voto proporcional em lista partidária, com alternância de sexo, definidas em convenções partidárias democráticas e transparentes * Diminuição do número de assinaturas para projetos de Iniciativa Popular e mecanismos de facilitação de coleta. Essas propostas teriam tramitação prioritária * Inclusão de mecanismos para a democratização do Poder Judiciário Rede de Comunicação dos Bancários Evando Peixoto, Fábio Jammal e Renato Godoy

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