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Foi realizada nos dias 26 e 27 a última rodada de negociações entre os bancários e a Fenaban. Nesta rodada foi apresentado aos banqueiros as  reivindicações sobre remuneração da pauta geral e os bancos informaram que apresentarão no próximo dia 5, uma proposta global para as demandas da categoria.

"Nós deixamos claro para os banqueiros que a categoria tem a expectativa de que, além do aumento real, valorização do piso e melhoria da PLR, a proposta contemple as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades", disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional.

As principais reivindicações dos bancários sobre remuneração são:

* Reajuste salarial de 11,93% (reposição da inflação mais 5% de aumento real).

* PLR de três salários mais R$ 5.553,12 fixos.

* Piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

* Auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-refeição e 13ª cesta-alimentação: R$ 678,00 (salário mínimo nacional).

A exemplo das rodadas anteriores, os bancos não apresentaram nesta segunda-feira 26 nenhuma proposta para as reivindicações sobre remuneração apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, entre elas aumento real de salário, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários (PCS), adiantamento do 13º, salário do substituto e vale-cultura. A discussão sobre remuneração prossegue nesta terça 27, às 9h30, incluindo a PLR e os auxílios refeição, creche, cesta alimentação e educacional.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, abriu a terceira rodada de negociações, relatando os casos da morte de um bancário e uma vigilante durante assalto ao posto do Santander em Angra dos Reis (RJ) e o ataque a agência do Bradesco em Campo Grande. E reivindicou que os problemas com falta de segurança sejam solucionados ainda nessa campanha.

Em seguida o Comando Nacional cobrou resposta para as reivindicações feitas nas rodadas anteriores sobre saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. Mas os negociadores da Fenaban ficaram em silêncio.

Ao entrar no tema de remuneração, o Comando Nacional primeiro fez uma rápida análise de conjuntura do sistema financeiro, apresentando dados e fazendo avaliação sobre os lucros crescentes do sistema financeiro, a rentabilidade, a evolução do emprego e dos salários e a concentração de renda no setor, que é ainda maior que no resto da sociedade.

Os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre. Eles têm a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas fecham postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com o mecanismo perverso da rotatividade, apesar do aumento da produtividade dos bancários. Por isso os trabalhadores exigem remuneração decente, que passa por aumento real de salário, valorização do piso e melhoria da PLR.

Produtividade cresce e salário médio cai

O Comando Nacional apresentou estudo do Dieese feito a partir dos balanços dos bancos mostrando que, enquanto o número de bancários por agência diminuiu 5% (de 24,15 para 22,95) entre junho de 2012 e junho de 2013, em razão do enxugamento de postos de trabalho, no mesmo período o lucro líquido por bancário aumentou 19,4%, a carteira de crédito por empregado cresceu 19,8% e o número de conta-corrente por trabalhador passou de 285 para 304 (crescimento de 6,9%).

Mas apesar do aumento da produtividade e dos ganhos reais da categoria com mobilizações e greves, que entre 2004 e 2011 foi de 13,94% no salário e 31,70% no piso, a remuneração média (salário mais verbas fixas) dos bancários diminuiu nesse período. Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, a remuneração média da categoria em 2004, deflacionado pelo INPC, era de R$ 4.817,12 . Em 2011 (último ano disponível pela Rais), o valor médio salarial do bancário caiu para R$ 4.743,59 - uma redução de 1,5% no poder de compra dos salários.

A luta é para desconcentrar renda

O Comando Nacional também apresentou aos representantes dos banqueiros estudo do Dieese com base no Relatório Social da Febraban mostrando que a distribuição do valor adicionado nos bancos entre acionistas, governo e trabalhadores vem se alterando desde 1999, aumentando a fatia do capital e reduzindo a participação do trabalho. Veja aqui o estudo comparativo.

A concentração de renda pode ainda ser medida por outro ângulo. Segundo trabalho do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no país têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.

No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.

Os bancos questionaram os dados apresentados pelo Comando Nacional. Disseram, por exemplo, que a produtividade cresce por causa das novas tecnologias e não em razão do aumento do trabalho bancário. Os dirigentes sindicais retrucaram que os dados são fornecidos pelos próprios bancos ao Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, reclamando da falta de transparência das instituições financeiras. Foi definido fazer uma reunião com técnicos do Dieese e dos bancos para discutir os dados até a próxima semana.

Reajuste de 11,93% e piso do Dieese

Os representantes dos bancários defenderam o reajuste de 11,93%, que inclui a inflação do período mais 5% de aumento real, argumentando sobre a importância de recompor o poder de compra do salário e valorizar o piso salarial, conforme o salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), diante dos lucros crescentes dos bancos e do aumento da produtividade. "Dissemos que essa é a prioridade das prioridades", destaca Carlos Cordeiro.

Os negociadores da Fenaban primeiro disseram que o reajuste sobre o piso esse ano será o mesmo que sobre as demais verbas, mas diante da argumentação do Comando afirmaram que levarão a demanda para os bancos.

PCS

A reivindicação dos bancários é que as empresas tenham critérios objetivos e transparentes para a ascensão profissional, o que inclui reajuste anual de 1% todas as verbas de natureza salarial e a partir do quinto ano completo de serviço o reajuste será de 2%.

Os bancários também reivindicam dos bancos a movimentação horizontal e/ou vertical de pelo menos um nível na tabela salarial a cada cinco anos na mesma função. E para os cargos das carreiras administrativas, operacional e técnica querem que o preenchimento seja feito por meio de seleção interna.

Os representantes da Fenaban disseram que a reivindicação é uma maneira disfarçada de pedir anuênio e não querem discutir PCS, afirmando que isso é "interferência insuportável" para os bancos. Entretanto, as instituições públicas têm planos de cargos de salários.

Em relação ao adiantamento do 13º salário, os negociadores dos bancos assumiram o compromisso de consultar os patrões.

Salário do substituto

A reivindicação é que nas substituições, mesmo em caráter provisório, seja garantido ao substituto o mesmo salário do substituído. Os representantes patronais rejeitaram a demanda, afirmando ser justo que o bancário trabalhe substituindo chefias porque assim está sendo avaliado para futuras promoções.

Vale-cultura

O objetivo é incentivar a diversidade cultural, conforme prevê a Lei 12.761/2012, exigindo que os bancos concedam todo mês aos trabalhadores um vale-cultura de R$ 100,00 para compra de ingressos para peças teatrais, cinema, shows, musicais, bem como para outros espetáculos artísticos.

Eles disseram não ter posição ainda sobre o tema, que é preciso aguardar a regulamentação da lei, mas que levarão a proposta aos banqueiros e depois voltarão a discutir a proposta.

PLR e auxílios

A terceira rodada de negociações prossegue nesta terça-feira, discutindo as demais reivindicações sobre remuneração, incluindo PLR, auxílio-refeição, cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá e auxílio educacional.

Veja os salários e as reivindicações de 2013

Como é hoje Como fica
Salário: - 11,93% (inflação + 5% de aumento real)
Piso Portaria: 966,74 (1.058,96 pós 90 dias) 2.860,21 (mínimo Dieese)
Piso Escriturário: 1.385,55 (1.519,00 pós 90 dias) 2.860,21
Piso Caixa: 1.385,55 (2.056,89 pós 90 dias, incluído gratificação de caixa) 3.861,28 (mínimo Dieese + gratificação de caixa)
1º Comissionado: - 4.862,36
1º Gerente: - 6.435,47
PLR - Regra Básica: 90% do salário + 1.540,00 3 salários-base + 5.553,15
Auxílio-refeição: 493,58 (mês) - 21,46 (dia) 678,00 (mês) - 29,48 (dia)
Cesta-alimentação: 367,92 678,00
Auxílio-creche/babá: 306,21 678,00

Calendário de luta

Agosto

27 - Continuidade da terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realiza nesta segunda e terça-feiras, 26 e 27, a terceira rodada de negociação da Campanha 2013 com a Fenaban, que tratará do tema remuneração. Os bancários reivindicam reajuste de 11,93% (5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%), PLR de três salários mais R$ 5.553,15 fixos, piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese) e R$ 678 ao mês (salário mínimo nacional) dos vales alimentação e refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá. Nas duas rodadas anteriores, os bancos rejeitaram as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho, segurança, emprego e igualdade de oportunidades. Os seis maiores bancos apresentaram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre. Eles têm a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas fecham postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com o mecanismo perverso da rotatividade, apesar do aumento da produtividade dos bancários. Os trabalhadores exigem remuneração decente, que passa por aumento real de salário, valorização do piso e melhoria da PLR. Desconcentrar renda Para Cordeiro, trata-se de uma luta por desconcentração de renda. "Apesar de ser a sexta maior economia do planeta, o Brasil ocupa ainda o vergonhoso 12º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo. E no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior", afirma o presidente da Contraf-CUT. Segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no país têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico. No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Banco Itaú, por exemplo, os executivos da Diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes. Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos. Veja como ficam os salários e demais verbas com as reivindicações de 2013
Como é hoje Como fica
Salário: - 11,93% (inflação + 5% de aumento real)
Piso Portaria: 966,74 (1.058,96 pós 90 dias) 2.860,21 (mínimo Dieese)
Piso Escriturário: 1.385,55 (1.519,00 pós 90 dias) 2.860,21
Piso Caixa: 1.385,55 (2.056,89 pós 90 dias, incluído gratificação de caixa) 3.861,28 (mínimo Dieese + gratificação de caixa)
1º Comissionado: - 4.862,36
1º Gerente: - 6.435,47
PLR - Regra Básica: 90% do salário + 1.540,00 3 salários-base + 5.553,15
Auxílio-refeição: 493,58 (mês) - 21,46 (dia) 678,00 (mês) - 29,48 (dia)
Cesta-alimentação: 367,92 678,00
Auxílio-creche/babá: 306,21 678,00
A negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban começa nesta segunda-feira às 14h e continua durante toda a terça-feira. Calendário de luta Agosto 26 e 27 - Terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Setembro 3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, realiza nesta sexta-feira 23 às 10h, em São Paulo, a segunda rodada das negociações específicas com a direção do BB, para prosseguir nas reivindicações de saúde, previdência, segurança, condições de trabalho e igualdade de oportunidades. Veja aqui como foi a primeira rodada de negociação, realizada no dia 13 de agosto em Brasília. Cassi e Previ para todos A pauta de reivindicações específicas condena a discriminação dos cerca de 15 funcionários oriundos dos bancos incorporados pelo BB e exige que tenham o direito de usufruir a assistência médica da Cassi, bem como de terem os mesmos direitos que os mais de 100 mil funcionários beneficiários da previdência complementar da Previ. Preservação da saúde O adoecimento por más condições de trabalho, pelos abusos nas cobranças de metas e pelo assédio moral é um grande problema enfrentado pelos bancários do BB. Outra coisa que os funcionários esperam solução é sobre o plano odontológico. Hoje ele é um plano tão limitado que os bancários não conseguem utilizá-los. Combate às metas abusivas e ao assédio moral Assim como a categoria bancária está cobrando fortemente na Fenaban o aprofundamento de medidas de combate ao assédio moral nas cobranças de metas, o funcionalismo que incluir no aditivo do BB a proibição de cobranças de metas via dezenas de sms, emails e telefones diários, inclusive fora da jornada de trabalho do bancário. Mais contratações A cobrança por aumento nas dotações das unidades é uma reivindicação tanto dos administradores quanto dos bancários e dos concursados. Em vez disso, o BB está diminuindo o quadro de funcionários com programas de incentivo ao afastamento e não substituição de aposentados. Ascensão profissional Outro tema fundamental para acabar com as injustiças e apadrinhamentos nos locais de trabalho é o estabelecimento de processos de seleção interna com regras claras, objetivas e transparentes, além de melhorias na cláusula contra descomissionamento. O BB é a única empresa onde a carreira tem regressão, porque os funcionários são descomissionados e têm redução salarial quando são transferidos para unidades com salários menores, como punição por não cumprirem metas impossíveis. Isso acontece inclusive com os primeiros gestores. PSO/Caixas A busca de soluções para os graves problemas de trabalho nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO), que executam o atendimento de caixas das agências, é mais uma cláusula importante da pauta de reivindicações específicas. Para o Comando Nacional, a primeira questão básica é avançar na carreira de mérito, ou seja, buscar que os caixas pontuem um ponto por dia e que a pontuação retroaja no histórico funcional. Volta do pagamento das substituições Uma das questões que precisam avançar no banco é a volta do pagamento da substituição, pois além de acabar com os desvios de função ela tem caráter formativo e seria fundamental para resolver questões como, por exemplo, no setor dos gerentes de serviço das PSO, que têm um grande acúmulo de tarefas e quando estão ausentes, os caixas e escriturários realizam os serviços nas PSO sem receber pela responsabilidade. A terceira rodada de negociação das reivindicações específicas do BB estão marcadas para a quinta-feira 29, em Brasília, para discutir remuneração, carreira e demais questões econômicas. Fonte: Contraf-CUT

A proposta de mídia para a Campanha Nacional dos Bancários 2013 foi apresentada na manhã de domingo (21), último dia da 15ª Conferência, realizada no final de semana, em São Paulo. O material é fruto de cinco reuniões específicas com a participação de diretores de imprensa e jornalistas de vários sindicatos e federações de todo o país. O material usa o mote "vem pra luta" e está em sintonia com as manifestações de rua que vêm acontecendo desde junho. O conceito foi construído coletivamente e as peças escolhidas foram criadas pela equipe de comunicação do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. O material é colorido e traz muita irreverência e bom humor. A arte final foi feito pela Fermento Design. A apresentação foi feita pelo secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. O material foi recebido com muitos aplausos do plenário. "Acreditamos que essa proposta tem tudo para ajudar a mobilizar a categoria, dialogar com os clientes e a sociedade e potencializar a campanha em todo país, buscando o atendimento da pauta de reivindicações junto aos bancos", destaca Ademir. Nova concepção de mídia "Nas últimas campanhas, o material de mídia procurou atingir a imagem dos banqueiros. Nós apresentamos a ideia de mudar o foco para dialogar com os bancários e as bancárias e fazer com que se sintam parte da mobilização", afirma a secretária de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Anabele Silva. "Optamos pelo tom mais leve porque, apesar da seriedade das reivindicações, o brasileiro sempre tem humor. E também porque as condições de trabalho são tão ruins que pensamos em fazer uma campanha para cima", explica Anabele. "Escolhemos fazer um desenho moderno, para que tanto a ideia quanto a forma fossem lúdicas. O objetivo foi envolver cada bancário e cada bancária na campanha", acrescenta a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Uso das mídias sociais Além de apresentar a proposta de mídia, Ademir anunciou que haverá a realização de uma oficina em agosto sobre a utilização das mídias sociais. O objetivo é capacitar dirigentes sindicais e profissionais de comunicação para multiplicarem o conhecimento e montarem equipes em todas as entidades para divulgar a Campanha Nacional nas redes sociais. Lançamento da mídia As peças serão disponibilizadas para as entidades nesta terça-feira (23), através da seção de download na área restrita do site da Contraf-CUT, mas somente começarão a ser divulgadas em todo país a partir do dia 30, quando acontece a entrega da pauta nacional de reivindicações para a Fenaban. Democratização da mídia Outra proposta apresentada pelo diretor da Contraf-CUT foi a de realizar um Seminário Nacional de Comunicação depois da Campanha 2013. "Precisamos aprofundar os debates sobre a luta pela democratização da mídia e contribuir para fortalecer a batalha por um marco regulatório das comunicações no Brasil", ressalta Ademir.

Rede de Comunicação dos Bancários Lucimar Cruz Beraldo e Renata Silver Fonte: Contraf-CUT

Fazendo valer o tema da Campanha Nacional 2013, a diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC saiu às ruas nesta quinta-feira (22/8) pelo Dia Nacional de Luta por melhores condições de trabalho e atendimento à população. Na ocasião, os diretores entregaram informativos e conversaram com os clientes e funcionários das agências bancárias da Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo - acompanharam a passeata a Bateria da Escola de Samba Palmares e a ARCA (Associação Ribeirãopirense de Cidadãos Artistas). Entre os temas abordados estiveram a reivindicação de menos juros e tarifas, melhor atendimento e mais segurança. Além disso, foi divulgado ranking dos campeões de reclamações no Banco Central: 1º lugar Santander, 2º lugar Itaú, 3º lugar Banco do Brasil, 4º lugar Caixa, 5º lugar Banrisul, 6º lugar HSBC e 7º lugar HSBC. “O segmento bancário é o que mais tem lucros. Essa verba obrigatoriamente deveria ser revertida para um melhor atendimento nos agências e melhores condições de trabalho aos seus funcionários”, destacou Eric Nilson, presidente do Sindicato. “Essa passeata valeu para que os clientes estejam atentos à postura dos bancos e que os bancários estejam cada vez mais engajados na luta para alcançarmos nossas reivindicações. Dessa forma teremos mais uma Campanha vitoriosa”, completou. Aprovação – Maria Aparecida Silvanelli, que estava em uma das agências visitadas pela diretoria do Sindicato, elogiou a iniciativa. “Ficamos horas nas filas sem muitas vezes entender a realidade dentro dos Bancos. Quem sabe agora alguma coisa seja feita melhorando a situação tanto para nós clientes quanto para quem trabalha nas agências”, ressaltou. Calendário – A atividade desta quinta-feira integra o calendário de luta da classe. Confira a programação: Agosto 23 - Segunda rodada das negociações específicas do Banco do Brasil 26 e 27 - Terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Setembro 3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara  

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