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Leia nota sobre a importância da manutenção da Caixa como banco público, assinada pela Contraf-CUT e Fenae "A Caixa Econômica Federal é uma referência primordial para a história do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Difícil encontrar um cidadão que não tenha alguma relação com o banco, seja por causa do PIS, FGTS, casa própria, poupança, operações de penhor e de políticas de desenvolvimento urbano. Isso leva a que as ações da Caixa, na condição de banco estatal, público e múltiplo, estejam voltadas para atender às demandas sociais de infraestrutura do país. "Nesse contexto, a notícia de que o governo federal estuda abrir o capital da Caixa, divulgada nos últimos dias, faz parte de mais um capítulo da narrativa conservadora, que sempre desdenhou da dinâmica vigorosa dos bancos públicos federais. Diante desse cenário, cujo objetivo é não permitir que o Brasil repactue o seu futuro, as entidades representativas dos empregados do banco acendem o sinal amarelo, tendo a consciência de que a manutenção da Caixa como banco 100% público e com forte papel social é não só necessário, mas fundamental para um país mais forte e justo. "É verdade que a informação da abertura de capital da Caixa não apresenta detalhes e já foi prontamente negada pelo Palácio do Planalto. Mesmo assim, convém intensificar o alerta, para que as políticas e os investimentos dos últimos 12 anos, que mudaram a fronteira da produção e do consumo no país, não corram o risco de rompimentos caducos e indevidos. "Fundamental, para isso, é o governo seguir decididamente com a diretriz de fortalecimento das instituições financeiras públicas. Esse compromisso está expresso na declaração da presidenta Dilma Rousseff, para quem esses bancos são indispensáveis para a economia brasileira e atuam como um patrimônio da sociedade. A manifestação de Dilma, reeleita em segundo turno ocorrido em 26 de outubro, está registrada em carta aberta a todos os trabalhadores dos bancos públicos, em resposta a documento da CUT, Fenae e Contraf/CUT. "Como a Caixa passou novamente a ser alvo de fortes e persistentes ataques, embutidos na proposta de abertura de capital, como parte do desmonte do patrimônio público, o movimento nacional dos empregados vem a público para cobrar do governo federal que honre os compromissos assumidos no documento entregue a Dilma em 15 de outubro. Isto tem relação direta com a valorização de todos os empregados do banco, podendo ajudar o Brasil a reinventar-se na perspectiva de mais democracia e mais participação popular". Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) Fonte: Contraf-CUT e Fenae

Na quinta rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2014 com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, ocorrida nesta quinta-feira (6) em São Paulo, o Santander frustrou as expectativas ao fazer uma proposta insuficiente para atender a pauta de reivindicações dos funcionários. Nova rodada foi agendada para a próxima quinta-feira (13), quando também será discutido o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).

Após a negociação, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) indicou para as entidades sindicais a realização de um dia nacional de luta na próxima terça-feira (11), visando pressionar o banco a apresentar uma proposta decente para os trabalhadores.

O Santander reafirmou a proposta feita nas rodadas anteriores que traz somente adequações em cinco cláusulas do aditivo vigente. A única novidade foi a mudança na concessão das 2.500 bolsas de estudo para primeira graduação e pós. 

Após a pressão dos dirigentes sindicais, o banco recuou do congelamento das bolsas e aceitou a aplicação do reajuste da categoria no valor de 50% da mensalidade, hoje limitada a R$ 442,80, o que vinha sendo feito ano a ano, exceto em 2013.

Os dirigentes sindicais cobraram também a melhoria da cláusula de igualdade de oportunidades, visando garantir que haja um grupo de trabalho, com reuniões em abril e novembro, para acompanhar o combate às práticas discriminatórias de gênero, raça, idade, orientação sexual e em relação às pessoas com deficiência. O banco ficou de analisar.

A proposta do banco nada possui para ampliar e proteger o emprego e melhorar as condições de trabalho, nem avanços na saúde e na previdência complementar, além de não atender às demais reivindicações econômicas e sociais dos funcionários. Nem a folga-aniversário, independente da folga-assiduidade prevista na convenção coletiva, o banco concorda em conceder.

Os representantes dos trabalhadores ressaltaram a necessidade de o banco parar com as demissões, a rotatividade e as terceirizações, e fazer mais contratações e criar um centro de realocação para evitar dispensas em caso de fechamento de agências. 

Há falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de serviço e assédio moral, causando estresse, adoecimentos, uso de remédio tarja preta e afastamentos do trabalho. 

Para garantir avanços no aditivo, os dirigentes sindicais defendem o atendimento das reivindicações da pauta específica, tais como:

- fim das metas abusivas;
- fim das reuniões diárias para cobrança de metas;
- fim das metas para a área operacional;
- manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na ativa;
- realização de eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi;
- PLR para funcionários afastados por licença médica;
- isenção de tarifas e a redução das taxas de juros para funcionários e aposentados;
- auxílio moradia;
- empréstimo de um salário nas férias com desconto em 10 vezes sem juros, a exemplo dos funcionários oriundos do Banespa;
- auxílio academia para todos;
- licença remunerada à mulher vítima da violência;
- mudança nos procedimentos da auditoria interna e externa;
- licença não remunerada para fins de estudo;
- ampliação das informações funcionais, a exemplo da Espanha.


Fonte: Contraf-CUT

Banco promoveu na última quinta-feira mais de 300 dispensas em todo o Brasil

O Sindicato dos Bancários do ABC promove nesta sexta-feira, 7 de novembro, atividades de protesto e paralisação em agências do   HSBC nas cidades de São Caetano e São Bernardo. O motivo da manifestação é a demissão de mais de 300 trabalhadores do banco em todo o País, ocorrida inesperadamente na quinta-feira. No Grande ABC oito trabalhadores foram dispensados.

Embora não seja oficial, há boatos de que os cortes podem crescer nos próximos dias. O lucro do banco na América Latina antes dos impostos no terceiro trimestre deste ano foi de US$ 96 milhões. Apesar de o montante indicar queda na comparação anual, o lucro deste terceiro trimestre mostra um aumento de 50% em relação ao trimestre anterior. “Ao demitir sem qualquer possibilidade de negociação prévia com as entidades sindicais o banco demonstra total irresponsabilidade social”, afirma o diretor sindical Belmiro Moreira, que também é funcionário do banco.

As agências paralisadas nesta sexta-feira são as da avenida Goiás, em São Caetano, e da rua Marechal Deodoro, em São Bernardo. Manifestações contra as demissões organizadas pelo movimento sindical também ocorrem na capital e outros estados do País.

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A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta quinta-feira (6), às 10h30, as negociações com o Santander, em São Paulo, para a renovação do acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Trata-se da quinta rodada específica da Campanha Nacional 2014 e os dirigentes sindicais esperam que o banco espanhol apresente uma proposta satisfatória para a pauta de reivindicações dos funcionários.

Nas negociações anteriores, o banco trouxe uma proposta no dia 14 de outubro, porém limitando-se a fazer adequações em cinco cláusulas do aditivo vigente, frustrando a expectativa dos bancários.

O Santander Brasil lucrou R$ 4,3 bilhões até setembro deste ano, o que possibilita fazer uma proposta decente, que tenha avanços para ampliar e proteger o emprego, melhorar as condições de trabalho, saúde e previdência complementar, além de atender outras demandas importantes dos funcionários, responsáveis por 20% do lucro global do banco.

Principais reivindicações

Na última rodada, os dirigentes sindicais reafirmaram a necessidade de o banco parar com as demissões, a rotatividade e as terceirizações, e fazer mais contratações e criar um centro de realocação para evitar dispensas em caso de fechamento de agências. Há falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de serviço e assédio moral, causando estresse, adoecimentos, uso de remédio tarja preta e afastamentos do trabalho. 

Os dirigentes sindicais insistiram muito na ampliação das atuais 2.500 bolsas de estudo para a primeira graduação, hoje no valor de 50% da mensalidade e limitadas a R$ 442,80. 

Foi discutida também a melhoria da cláusula de igualdade de oportunidades, visando garantir que não haja discriminações de gênero, raça, idade, orientação sexual ou para pessoas com deficiência. 

Os representantes dos trabalhadores defenderam ainda o atendimento das demais reivindicações da pauta específica, tais como:

- manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na ativa;
- realização de eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi;
- PLR para funcionários afastados por licença médica;
- isenção de tarifas e a redução das taxas de juros para funcionários e aposentados;
- auxílio moradia;
- empréstimo de um salário nas férias com desconto em 10 vezes sem juros, a exemplo dos funcionários oriundos do Banespa;
- auxílio academia para todos;
- licença remunerada à mulher vítima da violência;
- mudança nos procedimentos da auditoria interna e externa;
- licença não remunerada para fins de estudo.

Fonte: Contraf-CUT

Apesar do lucro líquido ajustado de R$ 8,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2014, crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2013 e rentabilidade de 15,2% em 12 meses, o Banco do Brasil eliminou 749 postos no período. Mesmo tendo sido abertos 357 postos de trabalho no terceiro trimestre, o número foi insuficiente e manteve o saldo negativo de geração de empregos. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (5).

Com isso, o quadro do BB ficou em 111.904 funcionários em setembro de 2014, contra 112.653 em setembro de 2013, conforme análise da subseção do Dieese na Contraf-CUT. 

 Clique aqui para ler a análise do Dieese.

O lucro no terceiro trimestre foi de R$ 2,9 bilhões, queda de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A rentabilidade ajustada sobre o patrimônio líquido anualizado (ROE) foi de 15,2%, queda de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2013.

A pressão nos ambientes de trabalho é muito grande pela falta de funcionários, o que vem causando estresse e problemas de saúde. Esse balanço demonstra o descaso do banco que, apesar da alta lucratividade, mantém déficit de empregos, o que prejudica as condições de trabalho e a atuação do BB como banco público. 

Na Campanha Nacional 2014, as entidades sindicais garantiram no acordo aditivo do BB a contratação de 2 mil funcionários, sendo 1 mil até dezembro deste ano e 1 mil até dezembro de 2015. "

Outro destaque na avaliação do Dieese é que, mesmo com a queda da inadimplência, o banco aumentou a provisão para créditos duvidosos, o que terá impacto no cálculo da PLR dos funcionários no segundo semestre. 

O índice de inadimplência superior a 90 dias caiu 0,57 ponto percentual em 12 meses, ficando em 2,09% em setembro de 2014. Apesar dessa baixíssima inadimplência, o banco elevou as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 22%, totalizando R$ 13,9 bilhões.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 6,7% em 12 meses. As despesas de pessoal, por sua vez, tiveram elevação de 5,8%, passando de R$ 13,544 bilhões para R$ 14,325 bilhões em 12 meses. A relação entre essas despesas e as receitas de prestação de serviços e renda de tarifas subiu de 126,43% para 127,56%. 

Conforme o Dieese, o resultado do BB foi impulsionado principalmente pela expansão do crédito. A carteira de crédito imobiliário cresceu 73,1% em 12 meses, totalizando R$ 35 bilhões. As operações com pessoa física subiram 6,9% em relação a setembro de 2013, chegando a R$ 175,1 bilhões, o que representa 23,9% do total das operações de crédito.

A carteira de crédito ampliada atingiu a cifra de R$ 732,7 bilhões, com crescimento de 12,3% (alta de 2% no trimestre) em relação ao mesmo período de 2013. O destaque foi a expansão das carteiras de crédito "Pessoa Jurídica" (23,4%) e "Agronegócios" (21,8%). O BB permanece na liderança do financiamento da agricultura no país. A carteira do agronegócio totaliza R$ 158,4 bilhões, representando 21,6% do total da carteira do banco. 

Os ativos do BB ultrapassaram R$ 1,43 trilhão, com crescimento de 13,7% em 12 meses.

Fonte: Contraf-CUT

O Santander Brasil obteve lucro líquido gerencial de R$ 4,328 bilhões nos nove primeiros meses de 2014, o que significou uma queda de 0,2% (praticamente estável) em relação ao mesmo período do ano passado. Já o resultado do terceiro trimestre atingiu R$ 1,494 bilhão, um crescimento de 1,9% em comparação aos mesmos três meses de 2013. Os dados foram divulgados pelo banco na manhã desta terça-feira (4).

Com isso, o Brasil participa com 20% do lucro global do banco espanhol de 4,361 bilhões de euros, um crescimento de 32% em relação aos primeiros nove meses de 2013. No terceiro trimestre do ano passado, o país havia contribuído com 24%, conforme análise feita pelo Dieese. 

A queda ocorreu em toda a América Latina, que caiu de 49% para 39%, enquanto houve uma recuperação na Europa Continental, subindo de 25% para 32%. Mesmo assim, o Brasil lidera ao lado do Reino Unido a participação no lucro do Santander, seguidos pela Espanha (14%), Estados Unidos (9%), México (8%), Chile (6%), Polônia (6%) e Alemanha (4%).

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

O número de empregados da holding, em setembro de 2014, caiu para 49.421 ante 50.578 em setembro de 2013 (queda de 2,3%). Isso porque nos últimos 12 meses o banco eliminou 1.097 postos de trabalho, sendo 140 em 2014. O fato positivo é que no terceiro trimestre houve uma geração de 721 empregos. 

O banco fechou 129 agências e 105 PABs nos últimos 12 meses. No entanto, apesar dessa redução de pontos de atendimento, a carteira de clientes cresceu significativamente. Conforme o estudo do Dieese, o total de clientes aumentou 1,8 milhão em um ano, sendo 426 mil apenas nos primeiros nove meses do ano.

Conforme o Dieese, o retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) ficou em 11,4%, com crescimento de 0,3 ponto percentual em 12 meses. 

A Carteira de Crédito Ampliada cresceu 7,5% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 293,1 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 4,2% em relação a março de 2013, chegando a R$ 76,7 bilhões (26,2% do total do crédito). 

Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 121,3 bilhões, com queda de 9,8% no segmento de pequenas e médias empresas e alta de 16,7% no segmento de grandes empresas, em comparação aos nove primeiros meses de 2013 (41,4% do total). 

Do total da carteira de crédito, R$ 36,5 bilhões (ou 12,5% da carteira total) são gerados pelos correspondentes bancários. A carteira de "financiamento ao consumo" apresentou queda de 0,6% em 12 meses. 

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,8 ponto percentual, ficando em 3,7% em setembro de 2014 (-0,4 ponto percentual no trimestre). Com isso, foram reduzidas as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 21,7%, totalizando R$ 7,2 bilhões. 

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 3,2% em 12 meses, totalizando R$ 8,0 bilhões. Enquanto isso, as despesas de pessoal subiram 2,2%, atingindo R$ 5,4 bilhões. 

Fonte: Contraf-CUT

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