
Santander quer caixas vendendo produtos a clientes

Proposta do banco não atende às reivindicações dos bancários
A Contraf-CUT, assessorada pela COE-Comissão de Organização dos Empregados do Santander reuniu-se com o banco nesta quarta-feira (22), em São Paulo, para discutir a renovação do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O banco propôs a renovação do aditivo na totalidade, porém, com algumas inclusões e uma alteração, que não atendem às reivindicações dos bancários.
O banco propõe alterações na cláusula de bolsas auxílio estudo que dificultariam o acesso do trabalhador ao benefício, além de não reajustar o valor. O Santander também se limita a discutir em outro momento questões que afligem os funcionários, em temas como saúde e condições de trabalho.
Os representantes dos bancários avaliaram que esta proposta da forma como está é um retrocesso em relação ao Acordo Aditivo anterior, além de não avançar, traz uma cláusula piorada, como a das bolsas auxílio estudo.
Sobre o PPRS- Programa de Participação nos Resultados Santander, o banco não apresentou proposta, alegando não ter tido tempo hábil para isso. O banco também informou que não haverá negociação na próxima quarta-feira e que só voltará a negociar na semana seguinte com previsão para o dia 6, data ainda será confirmada.
Fonte: Contraf-CUT
Trabalhadores das agências do centro de São Caetano do Sul paralisaram nesta segunda-feira, 20, suas atividades até o meio-dia para pressionar o banco a avançar nas propostas na renovação do acordo específico.
Caminhando para a quarta rodada de negociação os bancários do Santander não viram nenhuma avanço proposto pelo banco até agora, porquanto fizeram manifestação neste dia 20 por todo o Brasil no que foi denominado Dia Nacional de Luta. No ato, os diretores do Sindicato debateram o conteúdo da minuta do Aditivo e distribuiram material pontuando as reivindicações mais desejadas pelo funcionalismo. A próxima rodada de negociação será na próxima quarta (22) durante todo o dia.Durante terceira rodada de negociação banco se comprometeu a fazer levantamento do sistema de avaliação para torna-lo mais justo
Na terceira rodada de negociação entre representantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e do Santander, nesta quarta, 8,um dos pontos centrais de discussão foi o sistema de modelo de gestão denominado AQO - Avaliação de Qualidade Operacional, que faz uma espécie de sistematização das reclamações dos clientes e tem dificultado o recebimento da variável nas agências. Já em relação à renovação do acordo aditivo o banco reafirmou a disposição em assinar, mas não avançou em nenhum dos temas propostos.
Pelo modelo da AQO uma simples reclamação (justa ou não) pode ocasionar o desconto de pontos de toda a equipe para o recebimento da variável. E um erro individual pode impactar na premiação de toda a equipe. Há também casos como reclamação referente a cartão de crédito que, nada tendo a ver com o atendimento nas unidades, é colocada em questão para o desconto dos pontos. Todas essas condições foram relatadas aos representantes do Santander.
Segundo o banco, a AQO existe apenas para garantir que as normas regulatórias e os procedimentos sejam cumpridos. O objetivo do modelo, portanto, é diferente do alcance das metas, até porque 95% das agências estão com o índice positivo. Após o exposto na reunião, ficou acertado que o Santander fará um levantamento dos casos apontados para tentar deixar a avaliação mais justa.
Aditivo - Para tratar das cláusulas de saúde e condições de trabalho do acordo aditivo, o banco pretende que a discussão se dê em fóruns específicos. Mas os representantes dos trabalhadores estão cansados da ausência de avanço nesses quesitos ao longo dos anos. “Queremos garantir avanços e que estes sejam compromissados no acordo aditivo, como por exemplo a revisão da política de metas”, aponta o diretor do Sindicato Ageu Ribeiro.
Representantes do banco não apresentaram nenhuma contraproposta, e novo encontro foi marcado para o dia 7
Foi realizada ontem (1), a segunda rodada de negociação entre o Santander e a Comissão de Organização do Empregados sobre a renovação do acordo aditivo. Para o diretor Ageu Ribeiro, que participou do encontro como representante do Sindicato, a avaliação do resultado não foi nada animadora.
“Após 19 dias de posse da minuta e um dia inteiro explicando cláusula por cláusula do porquê das nossas reivindicações, os representantes do banco tiveram uma atitude ´protocolar´ e não apresentaram uma única contraproposta. Fizemos um esforço na exposição para ganhar tempo e assim evitar estender a negociação próximo à campanha salarial”, afirma. A próxima reunião ficou marcada para 7 de junho.
Dentre as reivindicações dos trabalhadores do Santander estão jornada gradual para o funcionário que retorna de licença médica, estabilidade provisória para empregados em regime de pré-aposentadoria, discussão de fórmula para tornar mais justa a distribuição do PPRS, aumento da oferta de bolsas de estudo e realocação dos trabalhadores das áreas de sobreposição (decorrentes de fechamento de agências e centros administrativos) para outras áreas administrativas ou para a rede. Além disso, é prioritária a questão do emprego e sua qualidade, ea garantia contra a dispensa imotivada, com reconhecimento dos termos da Convenção 158 da OIT.
A intenção dos representantes dos bancários é avançar em cláusulas baseadas nesta convenção da OIT, contra as demissões imotivadas e também por estabilidade no emprego. Isto porque já houve precedente de estabilidade em acordo feito na época do Banespa e nem por isso a instituição deixava de dar lucro.
Condições de trabalho – Para o movimento sindical a melhoria das condições de trabalho passa por mudanças na forma como são determinadas e cobradas as metas. É preciso que a meta contratada para o mês possa de fato ser cumprida até o final do mês, e não nos primeiros 10 dias, como costuma ocorrer no banco. Outro ponto é que a meta tem de ser compatível com o tamanho da agência e sua localização; ou seja, em caso de redução no número de funcionários, também a meta deve ser reduzida.