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Na negociação da mesa permanente, a CEE/Caixa cobrou a suspensão de medidas como o GDP e também entregou o Relatório do Contencioso da Funcef

furlanOs empregados da Caixa Econômica Federal cobraram por mais respeito e valorização, durante negociação da mesa permanente, ocorrida nesta terça-feira (15). A negociação aconteceu no mesmo dia em que os trabalhadores de todo o país realizaram o Dia Nacional de Luta para protestar contra as medidas tomadas pelo governo Temer, que causam o desmonte dos bancos públicos e dos direitos do trabalho. O diretor do Sindicato, Jorge Furlan esteve presente na reunião como membro da Comissão de Empresa da Caixa.

 “Nós entregamos ao banco o Relatório do Contencioso, documento elaborado pela Fenae e Contraf-CUT, que apresenta um panorama do passivo trabalhista da Caixa e do impacto causado nos planos de benefícios, além de um registro do histórico de debates sobre o tema", disse Furlan. "Hoje, esse passivo representa um risco para a sustentabilidade dos planos de benefícios", complementa.

A Comissão reiterou o pedido de instalação de um Grupo de Trabalho para tratar de assuntos relacionados à Funcef e cobrou solução do contencioso. A Caixa havia concordado com essa reivindicação em 2015, mas o GT não avançou porque a fundação se recusou a participar das discussões.

Bancário temporário

A revogação do RH 037 é uma reivindicação histórica das entidades representativas dos empregados. Apesar de reafirmar que não tem intenção de utilizar o normativo para contratar trabalhadores terceirizados, a empresa se nega a revoga-lo.  O normativo passou por nova atualização no dia 3 de agosto para se adequar à Lei da Terceirização, sancionada por Michel Temer e oriunda do PL 4302, de autoria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso –, permitindo a contratação de trabalhadores temporários sem qualquer vínculo empregatício com o banco, por meio de empresas que fornecem mão de obra terceirizada, para a realização de tarefas de técnico bancário.

Outra medida contestada pela CEE/Caixa é a ampliação do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) para todos os empregados. A medida está prevista na mais recente versão do normativo RH 205, publicada em julho, que, conforme avaliação da comissão dos empregados, representa uma redação ambígua, não deixando claro os prejuízos que o empregado poderá sofrer caso decida não aderir ao programa.

A CEE reafirmou o posicionamento dos trabalhadores do banco, deliberado durante o 33º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), contrário ao GDP. Um dos pontos que o movimento sindical repudia é a assinatura de acordo individual entre o bancário e a empresa. Entre os absurdos da norma está a classificação do desempenho do empregado em incipiente, emergente (quatro níveis), eficaz, superior em estilo, superior em resultado ou excepcional, conforme o cumprimento de metas.

Desde que anunciou o GDP, em 2015, o movimento sindical e associativo tem se posicionado contra o programa e reivindicado a sua suspensão, mas a Caixa não recuou. Após pressão dos representantes dos trabalhadores, na negociação desta terça-feira, o banco se comprometeu a enviar até o dia 25 de agosto um comunicado aos empregados com esclarecimentos sobre os efeitos do GDP.

Reestruturação

A reestruturação em curso desde julho também fez parte da pauta da negociação. No entanto, a Caixa não apresentou detalhes sobre as medidas que tem adotado. As informações repassadas pelos trabalhadores às entidades sindicais apontam que o processo está afetando áreas estratégicas para o papel social do banco, como programas sociais, habitação e FGTS.

"Caixa não está cumprindo com o que foi acordado no Acordo Coletivo de Trabalho que qualquer medida relativa a reestruturação deveria antes de ser implantada passar por debate na mesa de negociação”, disse Furlan

Na negociação, a CEE/Caixa cobrou ainda posicionamento do banco o fechamento de agências, a verticalização e o Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE). A Caixa alegou que não tem intenção de fechar agências de imediato, mas admitiu que 100 agências unidades estão passando por “acompanhamento” e podem ser objeto de fusão ou fechamento.

Questionada sobre mais contratação de empregados, a Caixa reafirmou que não haverá novas contratações, nem mesmo para repor os trabalhadores que sem desligarem no novo PDVE. Como o prazo de adesão terminou nesta segunda-feira (14), o banco não dispõe ainda de dados sobre as adesões.

PCDs

A CEE/Caixa reivindicou posição da Caixa sobre a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a contratação de pessoas com deficiência física (PCDs).  A alegação do banco foi de que o Tribunal não deixou claro como a empresa deve proceder para atender exigência. Para os representantes dos trabalhadores, a postura do banco representa o descumprimento da orientação do TCU.

Avaliadores de Penhor

A Caixa prorrogou o pagamento do adicional de insalubridade após cobrança dos representantes dos trabalhadores, que irão concluir estudo até o final de agosto sobre as condições de trabalho da categoria.

Fonte: Fenae com redação

As representações dos empregados questionam a medida do banco e convocam os trabalhadores a intensificar mobilização contra o normativo

Depois de anunciar uma reestruturação e a reabertura do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), a direção da Caixa Econômica Federal realiza mais uma ofensiva como parte do processo de desmonte do banco. A empresa divulgou uma nova versão do RH 037 adequando o normativo à Lei 13.429/2017 – sancionada por Michel Temer e oriunda do PL 4302, de autoria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso –, permitindo a contratação de trabalhadores temporários sem qualquer vínculo empregatício com o banco, por meio de empresas que fornecem mão de obra terceirizada, para a realização de tarefas de técnico bancário. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) vai cobrar do banco a revogação do normativo.

“A Caixa adequou a RH 037 as novas regras trabalhistas causando um grande retrocesso aos trabalhadores, pois com isso as relações de trabalho serão ainda mais precarizadas pois o banco não vai terceirizar o trabalho, que já seria ruim, mas vai contratar empresas que contratarão terceirizados, e isso é ainda pior tendo como consequência o fim dos concursos públicos”, disse Jorge Furlan, diretor do Sindicato e membro da Comissão de Empresa da Caixa.

O RH 037 já está na sua 21ª versão e sempre foi combatido pelo movimento sindical bancário. Nos anos 90 e início dos anos 2000, a Caixa trabalhou com muitos temporários, chegando a ter uma relação meio a meio com os concursados. Com a assinatura de uma TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com o Ministério Público, conquistada após diversas ações judiciais contra a terceirização da atividade-fim, o banco teve de encerrar este tipo de contratação, que foi extinta só em 2006, mas manteve o normativo. “Sempre cobramos a revogação do RH 037 em mesas de negociação e, no ano passado, a Caixa alegou que aguardava a regulamentação do trabalho terceirizado em lei”, complementa Furlan.

A nova versão do normativo indica que a Caixa pretende não realizar mais concursos públicos para a contratação de novos empregados ou mesmo para substituir bancários que deixaram a instituição por meio dos planos de aposentadoria.

A contratação de mais trabalhadores é uma reivindicação histórica do movimento nacional dos empregados da Caixa, solução vista como a mais adequada para suprimir a realidade de empregados sobrecarregados nas unidades de todo o país.

O RH 037 não estipula a quantidade de temporários que serão contratados e prevê que o número de contratações dependerá da disponibilidade orçamentária e dos resultados esperados pelo gestor, com base nas determinações da Geper (Gerência Nacional do Quadro de Pessoas e Remuneração).

“O governo Temer promove um verdadeiro desmonte da Caixa, prejudicando seu papel de banco público. Este normativo é mais uma etapa deste processo, que será discutido com o banco em reunião agendada para o próximo dia 15. Estamos realizando um estudo jurídico sobre a legalidade da nova versão do RH 037, uma vez que temos o entendimento de que a Caixa não pode terceirizar a atividade-fim, compromisso assumido na assinatura da TAC. Além disso, todos os empregados devem estar unidos e mobilizados, junto aos sindicatos e demais entidades representativas, para combater a terceirização irrestrita, defender seus direitos e a Caixa 100% pública”, conclama o coordenador da CEE/Caixa e diretor da Fenae, Dionísio Reis.

  Fonte: Fenae com Redação

Mesmo com lucros astronômicos, banco espanhol continua demitindo e sobrecarregando trabalhadores

O banco Santander no Brasil obteve o maior lucro líquido gerencial de sua história no 1º semestre de 2017. Nos seis primeiros meses do ano o lucro do banco foi de R$ 4,615 bilhões, um crescimento de 33,2%, em relação ao mesmo período de 2016 e de 2,4% em relação ao 1º trimestre de 2017. A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) ficou em 15,9%, com aumento de 3,1 pontos percentuais em doze meses. O Brasil continua sendo o país mais lucrativo entre todos nos quais o banco atua. O lucro obtido no Brasil representa 26% do lucro global da Instituição, € 3,616 bilhões. Em seguida vem o Reino Unido, com 17%, e a Espanha, com 15%.

Mas, o excelente desempenho do banco no Brasil não foi suficiente para impedir a redução de postos de trabalho no país. A holding encerrou o 1º semestre de 2017 com 46.596 empregados, com queda expressiva de 2.281 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado, sendo 301 a menos no trimestre. Foram fechadas 11 agências e três postos de atendimento bancários (PABs) no período.

“Os ganhos expressivos obtidos no Brasil não se traduziram em nenhuma contrapartida social, já que o banco segue fechando agências e demitindo milhares de pais e mães de família, trabalhadores que geraram esse lucro astronômico por meio do seu esforço e dedicação”, criticou Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Sobrecarga Mesmo com redução de agências, PABs e postos de trabalho, a carteira de clientes segue crescendo: 2,154 milhões a mais de clientes em um ano, totalizando 36,537 milhões em junho de 2017. O número de clientes digitais alcançou 7,4 milhões crescimento de 35% em doze meses.

A Carteira de Crédito Ampliada do banco cresceu 5,4% em doze meses e atingiu R$ 324,9 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 12,2% em relação a junho de 2016, chegando a R$ 97,4 bilhões, impulsionadas por cartão de crédito, crédito consignado e crédito rural. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 122,3 bilhões, com queda de 2,5% em doze meses. O segmento de pequenas e médias empresas cresceu 0,3%, enquanto o segmento de grandes empresas diminuiu em 3,5% no período. Assim como a carteira PF, a carteira de “financiamento ao consumo”, gerada fora da rede de agências, também apresentou expansão (15,7%) em doze meses, totalizando R$ 37,0 bilhões.

“Isso quer dizer que os trabalhadores banco precisam se desdobrar para atender um número cada vez maior de clientes, gerando sobrecarga de trabalho”, explicou a dirigente sindical.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 17% em doze meses, totalizando R$ 7,5 bilhões. Já as despesas de pessoal, inclusive PLR subiram 4,5%, atingindo R$ 4,4 bilhões. O que mostra que o banco consegue cobrir todas as despesas com seu quadro de funcionários somente com as receitas das tarifas cobradas dos clientes e ainda sobra 70,3% do valor. Sem contar os lucros obtidos com as demais transações realizadas pelo banco.

"Esse dado comprova que o Santander não só pode, como deve contratar mais funcionários a fim de prestar melhor atendimento aos clientes que pagam tarifas altas e também para contribuir socialmente com o país que dá tanto lucro para esse banco espanhol”, enfatiza.

Clique AQUI para ver a análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre o balanço do Santander do primeiro semestre de 2017.

Fonte: Contraf-CUT

IMG-20170717-WA0000O processo eleitoral do Santanderprevi começou hoje (28), e na mesma manhã já recebemos inúmeros relatos vindos de vários estados sobre má conduta na campanha. Os candidatos do banco, que têm cargo de Diretor e Superintendente Regional, estão ligando para os seus subordinados orientando que façam reuniões para exigir o voto de seus funcionários.

Além disso, gestores do Santander também estão mandando mensagens de campanha via Whatsapp em grupos de trabalho. "E onde fica o processo democrático?", questiona Camilo Fernandes, presidente da Afubesp. "Enquanto os candidatos do banco fazem campanha interna de forma escancarada, nosso candidato foi proibido de entrar na Torre para fazer a distribuição de seu material de campanha", lembra o dirigente sobre episódio ocorrido na terça (25).

Os representantes dos trabalhadores avisam que não aceitarão esse tipo de campanha antidemocrática em que candidatos ligados ao Santander têm livre e total acesso aos participantes, enquanto os candidatos apoiados pela Afubesp e sindicatos não.

NÃO ACEITE PRESSÃO! VOTE EM QUEM VOCÊ SABE QUE VAI VOTAR PELOS SEUS INTERESSES, E NÃO OS DO BANCO.

Fique atento - As eleições vão até o dia 3 de agosto, próxima semana. É importante eleger representantes que estejam alinhados aos interesses dos participantes. O dinheiro do fundo de pensão é nosso, trabalhadores do banco, e não do Santander!

Indicamos o voto em ORLANDO PUCCETTI JUNIOR (Conselho Deliberativo) e PATRÍCIA BASSANIN DELGADO (Conselho Fiscal).

Para votar, vá ao site do SantanderPrevi (www.santanderprevi.com.br) ou sistema intranet.

Sindicato apoia Patrícia Bassanin Delgado para o conselho Fiscal e Orlando Puccetti Junior para o conselho Deliberativo em eleição histórica

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Pela primeira vez na história do SantanderPrevi (antigo HolandaPrevi) – fundo de pensão de mais de 40 mil funcionários do Santander – estão acontecendo eleições democráticas e transparentes para Conselho Deliberativo (1 vaga) e Conselho Fiscal (1 vaga).

O processo eleitoral vai até quinta-feira, 3 de agosto, diretamente no www.santanderprevi.com.br ou diretamente na área restrita do site via Link disponível no Portal RH do empregador.

O Sindicato indica votar em Orlando Puccetti Junior (Conselho Deliberativo) e Patrícia Bassanin Delgado (Conselho Fiscal), pois são nomes que já lutam pelos direitos dos participantes há anos. Ambos foram, inclusive, integrantes do Grupo de Trabalho para debater as questões do SantanderPrevi com o banco.

Conheça os candidatos: Orlando Puccetti Junior para o Conselho Deliberativo É formado em Administração de Empresas e possui 46 anos de experiência como bancário. Ingressou no Banco Sudameris, sucedido pelo Banco ABN AMRO Real e posteriormente pelo Santander. Exerceu diversos cargos de gerência tanto em agências como em departamentos da Direção Central. Durante 15 anos lotado na regional de São Bernardo do Campo como gerente geral, foi eleito para diversos mandatos como dirigente do Sindicato dos Bancários do ABC. Patrícia Bassanin Delgado para o Conselho Fiscal Iniciou sua carreira profissional em 1991 no banco América do Sul, adquirido pelo Sudameris, depois Banco Real e Santander ocupando os cargos de escriturária e assistente comercial. Entrou no meio sindical em 1996, atuando por duas gestões como conselheira fiscal do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região. É atualmente diretora de patrimônio da entidade. Tem formação em Educação Física na PUC Campinas.   Propostas: - Lutar contra a submissão da entidade diante da patrocinadora; - Lutar pela participação efetiva de suplentes nos colegiados; - Trabalhar pela implantação de um Comitê de Investimentos; - Comunicar aos participantes e assistidos a gestão dos eleitos, que vão acompanhar com atenção investimentos e analisar resultados obtidos pelo fundo.   representacao de verdade_WEB-1 representacao de verdade_WEB-2

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