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Gabriela Mariel Silvério, militante do movimento de mulheres, é vítima de feminicídio em Mauá

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Na última terça-feira, 3 de junho, Mauá foi palco de mais um crime brutal de feminicídio

gabrielamarielGabriela Mariel Silvério, de 33 anos, foi assassinada dentro de casa pelo próprio companheiro. Militante reconhecida na cidade, ela era coordenadora do movimento de mulheres Olga Benário e dedicava sua vida à luta por justiça, igualdade de gênero e políticas públicas de proteção às mulheres — especialmente a criação de delegacias 24 horas para o atendimento a vítimas de violência.

Gabriela deixou uma filha de 9 anos. Sua morte causou comoção entre familiares, amigas e militantes que atuavam ao seu lado em pautas voltadas à dignidade das mulheres, principalmente nas periferias.

O velório, realizado na quarta-feira, foi marcado por homenagens e revolta. Diversas lideranças de movimentos sociais e sindicatos estiveram presentes. Entre elas, Anaide Silva, diretora do Sindicato dos Bancários do ABC, que foi ao local em nome da entidade. “Gabriela era uma mulher guerreira, que lutava todos os dias para proteger outras mulheres da violência. É revoltante que ela tenha sido vítima justamente daquilo que combatia. A presença do Sindicato aqui é uma forma de reafirmar que a luta dela continua e que não vamos nos calar diante de mais um feminicídio”, declarou Anaide.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Movimentos sociais organizam atos e vigílias em memória de Gabriela e para exigir justiça. O movimento Olga Benário também lançou um manifesto exigindo a responsabilização do agressor e cobrando o poder público por medidas efetivas de enfrentamento à violência contra a mulher.

Gabriela será lembrada por sua coragem, sua voz firme e sua incansável militância. Seu legado permanece vivo na luta diária por um mundo mais justo e seguro para todas as mulheres.

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