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Covid 19 - Quase 90 mil pessoas estão em situação de extrema pobreza na região

Coronavírus
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Pandemia intensificou crise econômica

A crise causada pela covid-19 no Brasil atinge em cheio a classe trabalhadora. Muitos ficaram sem emprego, pequenos comércios faliram, há cortes em salários e contratações flexibilizadas sem qualquer garantia de direitos. É preciso sobreviver à doença e à fome no País, e na região não é diferente.

De acordo com levantamento feito a partir de dados do Ministério da Cidadania, o Grande ABC tem 87.191 pessoas que vivem em extrema pobreza. Isso significa que sobrevivem com até R$ 89 ao mês. O total representa 3,1% dos 2.807.712 habitantes das sete cidades, segundo os dados do IBGE.

O número se elevou em 9,3% em relação a setembro de 2020, de acordo com comparação divulgada pelo jornal regional Diário do Grande ABC. No ano passado eram 79.785 pessoas nessa situação.

Ainda pelas informações do Ministério da Cidadania o Programa Bolsa Família beneficia 86.811 famílias do Grande ABC, sendo 23.787 em Santo André, 26.726 em São Bernardo, 1.329 em São Caetano, 19.276 em Diadema, 9.316 em Mauá, 4.124 em Ribeirão Pires e 2.253 em Rio Grande da Serra.
“O Sindicato promove e participa de campanhas solidárias para ajudar os mais vulneráveis. No entanto, esse auxílio deveria resultar de políticas públicas dos governos. Durante o pagamento do auxílio emergencial no ano passado a situação até melhorou um pouco, mas não é contínuo nem garantido, e as necessidades básicas das pessoas são diárias”, aponta o diretor sindical Otoni Lima.

Essa continuidade seria possível, por exemplo, com a implantação de um programa de renda básica. Há mais de 17 anos uma lei criou o Programa Renda Básica de Cidadania, mas até hoje o Poder Executivo não a regulamentou.

No início desta semana o Supremo Tribunal Federal decidiu que o governo federal terá que implementar a partir de 2022 programa de renda básica nacional com valor mensal a ser definido pela União. No entanto, foi rejeitada a implementação imediata do programa com valor equivalente ao de um salário mínimo.
Neste ano o auxílio emergencial, que começou a ser pago hoje (29), é de quatro parcelas de apenas R$ 250, com duas exceções: mulheres chefes de família receberão R$ 375 e quem mora sozinho R$ 150.

Para participar da campanha solidária “A Fome Dói. Doe”, da qual participa o Sindicato, entre em contato pelos telefones 99798-4732 ou WhatsApp 99798-4732. São aceitos alimentos e produtos de higiene e limpeza, e você pode encaminhar os produtos para a sede da entidade (rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André, das 10h às 17h) ou solicitar a retirada.