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Nesta quinta-feira, 14, foi aprovada em assembleia realizada na Sede do Sindicato, a retomada da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) do Banco do Brasil e da Caixa. As CCVs são um fórum que reúne o funcionário, um representante do Sindicato e um do banco para discutir pendências sem a necessidade de recorrer à Justiça. Os bancários que quiserem participar da CCV deve entrar em contato com o departamento Jurídico do Sindicato para mais informações.

Em 2012, uma súmula do TST alterou o cálculo das horas extras com a aplicação de um divisor, dependendo da jornada trabalhada (seis ou oito horas) e pela ocorrência de ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sábado como dia de descanso remunerado. Os bancos, porém, não adotaram a nova regra, e o Sindicato entrou com ação que tramita na Justiça para garantir o direito. Os que optaram por recorrer à CCV chegaram a acordos, mas com perdas expressivas no valor a receber.

O acompanhamento do Sindicato é importante para municiar o trabalhador de informações, para que ele possa decidir com tranquilidade, já que ninguém é obrigado a concordar com o que é proposto na CCV.

Mesmo com o lucro de R$ 5,506 bilhões no primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil fechou 2.173 postos de trabalho nos últimos 12 meses (queda de 1,9%). O número de funcionários do BB caiu de 113.720 em junho de 2013 para 111.547 em junho deste ano, o que é injustificável. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (14).

O banco abriu 89 novas agências no período, saltando de 5.401 no primeiro semestre de 2013 para 5.490 nos primeiros seis meses deste ano, segundo análise do balanço feita pela Subseção do Dieese na Contraf-CUT. Isso significa mais serviços para cada vez menos funcionários, o que aumenta a sobrecarga e a pressão no trabalho.

> Clique aqui para ver a análise do Dieese.

Há uma clara política da diretoria do BB em reduzir o número de funcionários. Somente nos últimos 12 meses o banco reduziu o quadro em mais de dois mil funcionários, o que reforça a campanha por mais contratações e a reposição dos quadros das agências e unidades internas.

O lucro bilionário do BB significa, porém, uma queda de 45,1% em relação a igual período do ano passado e uma retração de 5,6% no trimestre. Entretanto, em 2013 a venda das ações da BB Seguridade acabou inflando os resultados do banco. 

Excluindo-se os itens extraordinários, o lucro líquido ajustado foi de R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 2,2% em relação ao 1º semestre de 2013. Esse resultado corresponde a uma rentabilidade ajustada sobre o patrimônio líquido anualizado (ROE) de 15,3%. 

Mais crédito

A carteira de crédito ampliada cresceu 12,5% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 718,8 bilhões (alta de 2,8% no trimestre). As operações com pessoa física cresceram 7,1% em relação a junho de 2013, chegando a R$ 172,6 bilhões, o que representa 24,1% do total das operações de crédito. 

Já as operações com pessoa jurídica alcançaram R$ 335,3 bilhões, com elevação de 13,2% no primeiro semestre de 2014, totalizando 46,7% do total do crédito. A carteira com o melhor desempenho no período foi a imobiliária, que cresceu 84,5% em relação a junho de 2013, totalizando R$ 32 bilhões. 

Inadimplência sobe pouco, mas PDD dispara

O índice de inadimplência superior a 90 dias cresceu 1,2 ponto percentual, ficando em 1,97% em junho de 2014. Apesar de baixo, o banco elevou as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 21,9%, totalizando R$ 9,3 bilhões.

Receitas de tarifas x despesas de pessoal

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 5,4% em 12 meses, enquanto as despesas de pessoal subiram 3,5%. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 127% no 1º semestre de 2014.

Fonte: Contraf-CUT

Apesar das mudanças, bancários do BB vindos da Nossa Caixa não devem desistir do plano de saúde, pois se quiserem retornar terão carências; movimento sindical busca alternativa A mudança que extingue os planos de saúde Plus e Plus II e institui o Economus Família foi questionada pelos representantes dos trabalhadores no Banco do Brasil. O questionamento pediu a imediata suspensão da alteração e a abertura de mesa de negociação, mas foi recusado. Diante da negativa, os dirigentes sindicais orientam os trabalhadores a não cancelar o Economus Família. “Foi uma mudança unilateral, sem ouvir os trabalhadores nem seus representantes, surpreendendo a todos. Mas é importante que os bancários não cancelem o plano, não se precipitem, pois poderão ser prejudicados. Se ocorrer o cancelamento, mesmo havendo a possibilidade de retorno, será necessário cumprir todas as carências exigidas, com se a pessoa estivesse entrando no plano agora”, afirma a diretora do Sindicato e funcionária do Banco Brasil Marilda Marin. O movimento sindical busca alternativas para tentar resolver o problema. O novo plano, o Economus Família, traz aumentos acima de 64% para os assistidos, bancários do BB que vieram da Nossa Caixa e que, muitas vezes, pagam pelos seus dependentes. A decisão foi tomada pelo Conselho Deliberativo do Economus, em fevereiro desse ano. O prazo para que o bancário se manifestasse pelo cancelamento terminou em 14 de julho, e a alteração é automática para quem não declarou a saída. “Não podemos aceitar uma mudança assim, sem consulta aos trabalhadores. Vamos estudar o que é possível fazer e insistir em defesa dos interesses dos bancários”, acrescenta a diretora sindical.

Novo plano tem valores até 64% maiores, atingindo beneficiários do Plus e Plus II

Um aumento expressivo nas mensalidades do Economus para contribuintes deixou perplexos os funcionários do Banco do Brasil que são oriundos da Nossa Caixa. O reajuste, variável por faixa etária, atinge principalmente os mais idosos. Se o bancário tem como dependente mãe ou pai com mais de 59 anos, o plano subiu 64,01%, passando de R$ 970,82 para R$ 1.592,27. Para filhos de 24 a 28 anos, o aumento foi de 33,88%, subindo de R$ 252,83 para R$ 287,04. Veja os aumentos aqui. Com a mudança, os contribuintes dos planos Plus e Plus II mudarão para o chamado “Economus Família” automaticamente. Caso não queiram, terão de se manifestar para ficar nos programas originais. A partir da pressão de dirigentes do movimento sindical junto à Comissão de Empresa o prazo para o contribuinte decidir se deve ou não aderir ao novo plano foi ampliado. Nesta sexta 4, o site do instituto informa que o trabalhador tem até 14 de julho para se manifestar.  Até o dia anterior o prazo para solicitar o cancelamento era 9 de julho. A mudança foi decidida unilateralmente, sem consulta e sem dar prazo para que os trabalhadores pudessem decidir sobre o que fazer. Para a criação do novo plano junto à ANS houve a aprovação do Conselho Deliberativo em fevereiro de 2014. Para o movimento sindical os trabalhadores do Banco do Brasil vindos da Nossa Caixa não podem ficar reféns de aumentos abusivos, e é preciso insistir na disputa de espaços de representação no Economus para que todos os funcionários possam ser ouvidos.
 

A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) prorrogou para 6 de julho o prazo para os associados que tiverem dependentes com vínculo de cônjuge ou companheiro (a), com adesão até 31/12/2012, realizar o recadastramento desses dependentes no Plano de Associados. O formulário de Declaração de recadastramento de Dependente - Plano de Associados está disponível no site da instituição, na área "Serviços para você", opção Recadastramento de dependente. Para acessar o serviço, é necessário ter e-mail e senha previamente cadastrados.

"O recadastramento é uma exigência da ANS e também é muito importante para que a Caixa de Assistência dos Funcionários do BB mantenha em seu universo de participantes as pessoas que realmente têm direito porque a Cassi é uma entidade do modelo de autogestão em saúde é ela pertence ao conjunto dos trabalhadores e por ser um sistema solidário e o bom uso é um direito e uma obrigação de todos", destaca William Mendes, diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento.

Atualizar informações

O recadastramento tem por objetivo atualizar as informações da base de dados cadastrais mantidas pela Caixa de Assistência, visando com isso atender a Resolução Normativa nº 117/2005, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Além disso, o recadastramento é importante para assegurar aos associados que sejam mantidas no plano de saúde, como dependentes, apenas aquelas pessoas previstas no artigo 12 do Estatuto Social da Cassi. Nos termos do art. 43 do Regulamento do Plano de Associados (RPA), os dependentes não recadastrados no prazo estipulado terão a cobertura assistencial suspensa até que a situação seja regularizada.

Para aqueles que não possuem acesso à internet, é possível fazer a declaração pela Central Cassi (0800 729 0080) ou em uma das Unidades Cassi.

Para realizar o recadastramento pela Central ou em uma das Unidades, é preciso ter em mãos as seguintes informações: nome completo e CPF do cônjuge/companheiro(a), nome e localidade do cartório de registro da certidão de casamento ou declaração de união estável.

Fonte: Contraf-CUT, com Cassi

bbO 25º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou neste domingo 8, em São Paulo, ao final de três dias de discussões, a pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional dos Bancários de 2014. Participaram do encontro, realizado no Hotel Holiday Inn, 306 delegados de todo o país, dos quais 216 homens e 90 mulheres.

O Congresso foi muito produtivo nos debates e conseguiu construir o maior número de propostas por consenso dos últimos anos em torno dos quatro eixos debatidos, que são remuneração e condições de trabalho, saúde e previdência, organização do movimento e Banco do Brasil e o Sistema Financeiro Nacional.

Veja a seguir algumas das principais reivindicações aprovadas:

Remuneração e condições de trabalho

Os delegados aprovaram a intensificação da luta pelo PCR, por mais contratações e por melhores condições de trabalho, sem assédio moral.

O PCR deve valorizar o funcionalismo, estipulando como piso o salário mínimo do Dieese e o interstício na tabela de antiguidade de 6%, um valor maior das letras de mérito e com um tempo menor para adquirir os méritos (um ano e meio por letra).

Saúde e previdência

Esses dois temas trouxeram muito consenso entre as diversas forças do movimento, quase não havendo divergências quanto à prevenção e preservação da saúde dos trabalhadores.

Em relação à Cassi, os delegados aprovaram a defesa do princípio da solidariedade e da prioridade na prevenção e na qualidade de vida, em vez do modelo curativo.

Também aprovaram o fortalecimento do programa Estratégia de Saúde da Família e a Cassi para todos os funcionários, sem discriminação dos bancários oriundos dos bancos incorporados.

Sobre a Previ, o 25º Congresso reiterou a campanha pelo fim do voto de minerva no Conselho Deliberativo, pela volta da consulta ao corpo social, pela eleição do diretor de Participações e pela redução da Parcela Previ, além de exigir que o banco acate a adesão dos funcionários oriundos dos bancos incorporados.

Organização do movimento

Os delegados presentes ao 25º Congresso reafirmaram a estratégia de campanha nacional unificada, com negociação de mesa única na Fenaban e mesas concomitantes para discutir as questões específicas do BB, além do modelo construído pela categoria de comissões de empregados que assessoram a Contraf-CUT nas negociações específicas com os bancos.

Também apoiaram o fortalecimento dos fóruns da categoria (sindicatos, federações, Contraf-CUT, Comissão de Empresa e Comando Nacional dos Bancários), a mobilização e a unidade nacional da categoria.

BB e sistema financeiro nacional

Com dados trazidos pelo Dieese e pelo Caref Rafael Matos, os delegados fizeram um amplo debate sobre a importância do fortalecimento do BB como banco público voltado para o financiamento da produção e do desenvolvimento econômico e social do país.

Defenderam ainda a internacionalização do BB e a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que trata do Sistema Financeiro Nacional.

Delegados aprovam apoio à reeleição de Dilma

O 25º Congresso também aprovou resolução de apoio à reeleição da presidenta Dilma Roussef, por avaliar que ela representa a melhor opção para os trabalhadores dentre os dois projetos que estarão em disputa na eleição de outubro.

O outro projeto representa o retorno ao governo das forças conservadoras e neoliberais, as mesmas que na década de 1990 privatizaram empresas públicas, retiraram direitos, congelaram salários e fizeram demissões em massa no BB e na Caixa, enfraquecendo seu papel de bancos públicos voltados para o fomento do desenvolvimento econômico e social.

Além de dar o apoio, os bancários vão cobrar da presidenta Dilma Roussef que mude a gestão do Banco do Brasil, hoje mais voltado para o mercado tal qual o Itaú e o Bradesco, distante do seu papel de banco público, e fortaleça o seu papel de banco público. Também vão exigir da presidenta que o BB melhore as condições de trabalho e respeite mais seus trabalhadores.

Liberdade sindical aos bancários nos EUA

O 25º Congresso aprovou ainda uma moção para que o BB assine acordo de neutralidade que permita a seus funcionários nos Estados Unidos o início de processo de organização sindical e de sindicalização.

Os bancários norte-americanos não possuem sindicato e a Contraf-CUT está trabalhando em parceria com a central sindical CWA, do setor de serviços e telecomunicações, para que os funcionários do BB criem a sua entidade sindical naquele país.

Rede de Comunicação dos Bancários Fonte: Contraf-CUT

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