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Dos 18.429 associados que foram às urnas, 16.218 votaram na “Chapa 1 - A Chapa do Movimento”

A Comissão Eleitoral Nacional (CEN) concluiu, na terça-feira (4), a apuração das Eleições Fenae 2017 para Diretoria Executiva e Conselho Fiscal (gestão 2017/2020). Foram às urnas 18.429 associados às 27 Apcefs do país, o que corresponde a 34,65% dos 53.190 que estavam aptos a participar do pleito. A “Chapa 1 - A Chapa do Movimento”, apoiada pelo Sindicato, encabeçada pelo atual presidente da Federação, Jair Pedro Ferreira, foi eleita com 16.218 votos. Foram registrados ainda 1.102 brancos e 1.109 nulos. O pleito foi realizado nos dias 15 e 16 de março deste ano. As mesas coletoras de voto funcionaram das 9 às 18h, em unidades do banco, nas sedes das Apcefs e das Associações dos Aposentados e Pensionistas (AEAs) que solicitaram urnas. Conforme o Estatuto da Fenae, podiam votar os empregados ativos e aposentados da Caixa Econômica Federal filiados a uma Apcef até 31 de agosto de 2016. Apenas uma chapa se inscreveu para participar do processo. Confira a composição da nova Diretoria da Fenae, que deve tomar posse no início de maio: Diretoria Executiva Presidente - Jair Pedro Ferreira Vice-presidente - Sérgio Hiroshi Takemoto Diretor de Administração e Finanças - Clotário Cardoso Diretor de Esportes - Carlos Alberto Oliveira Lima Diretor Sociocultural - Moacir Carneiro da Costa Diretor de Comunicação e Imprensa - Marcos Aurélio Saraiva Holanda Diretora de Assuntos de Aposentados e Pensionistas - Marlene Rodrigues Dias Diretora de Juventude - Rachel de Araujo Weber Diretor de Relações do Trabalho - Rita de Cássia Santos Lima Diretora de Saúde e Previdência - Fabiana Cristina Meneguele Matheus Diretor da Região Norte - Jerry Fiusa dos Santos Diretora da Região Nordeste - Giselle Maria Araujo Lima Diretora da Região Centro-Oeste - José Herculano do Nascimento Neto Diretor da Região Sudeste - Dionísio Reis Siqueira Diretora da Região Sul - Célia Margit Zingler   Conselho Fiscal 1ª Conselheira - Francisca de Assis Araújo Silva 2ª Conselheira - Maria Rita Serrano 3º Conselheiro - José Megume Tanaka 1º Suplente - Paulo César Barros Cotrim 2º Suplente - Laercio Silva 3º Suplente - Anabele Cristina Silva

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

Balanço já reflete política de desmonte de Temer, e vem mais por aí, exigindo organização dos empregados Os empregados da Caixa receberam, no último dia 30, a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A decepção foi grande, já que a direção do banco errou, de forma grotesca, a projeção do lucro, que foi cerca de 40% menor do que o projetado, de R$ 6,7 bilhões. Na primeira parcela, paga em outubro do ano passado, foi antecipado 60% do montante. Foram creditados, a título de regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15, além da regra do adicional que previa 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016 dividido igualmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 2.183,53 e da PLR Social, que corresponde a 4% do lucro líquido do banco, distribuído entre todos os trabalhadores. O teto de PLR a ser distribuído na Caixa é de até 19% do lucro líquido (teto de 12,8% da regra básica mais 2,2% da regra adicional mais 4% da PLR Social). Como a Caixa projetou um lucro muito maior do que o apurado, o valor pago na primeira parcela praticamente atingiu os 19%. Para a diretora do Sindicato e representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração (CA), Rita Serrano, esse resultado já reflete a política do governo Temer à frente da instituição e o desmonte que pretende para as empresas públicas. “O lucro é só um primeiro passo, porque junto com sua divulgação já seguem as notícias de cortes no Saúde Caixa e fechamento de agências. Nos Correios, por exemplo, há a possibilidade de demissões sumárias, e nada impede que isso também venha a ocorrer na Caixa. Os empregados precisam se organizar para reagir a esse desmonte”, aponta, lembrando que nesse momento é fundamental o elo entre os trabalhadores e suas entidades representativas, como sindicatos e associações. Rita participou da reunião em que o lucro foi anunciado pela direção da Caixa. Ela fez questionamentos sobre o resultado, inclusive sobre a gestão da empresa, mas ainda como suplente, sem direito a voto, pois só assume a titularidade do cargo no próximo mês de maio. “Teremos muitos desafios pela frente”, antecipa. Diferenças - Como o acordo da PLR garante o pagamento mínimo de uma remuneração-base a todos os empregados, aqueles que têm salários maiores receberam, na segunda parcela, o complemento para, na soma das duas parcelas, alcançar uma remuneração-base, independentemente do limite de 19% do lucro distribuído a título de PLR. Para os salários menores, o valor pago na primeira parcela já havia ultrapassado uma remuneração-base. Nesses casos, sobrou muito pouco para receber agora. Leia artigo de Rita Serrano sobre o tema: http://www.comiteempresaspublicas.com.br/portal/comite-empresas-publicas/noticias/balanco-da-caixa-traz-consequencias-da-politica-implantada-pelo-governo-temer.htm

Os empregados a Caixa elegem no dia dezenove de abril a direção da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo (Apcef-SP) para o período 2017-2020. O Sindicato apoia a Chapa 1 - Nossa Luta, encabeçada por Kardec de Jesus Bezerra, atual diretor presidente e candidato à reeleição.

“A Chapa 1 é apoiada pelo Sindicato pela capacidade e experiência de seus integrantes que irão representar muito bem os funcionários da Caixa", disse Inez Galardinovic, diretora do Sindicato e funcionária da Caixa.

Kardec de Jesus Bezerra enaltece a representatividade da Chapa 1: “Temos representantes de todo o Estado. Vamos continuar a lutar pelos direitos empregados, por melhores condições de trabalho e contra a ameaça de privatização. Também vamos ampliar e modernizar os espaços coletivos, promover o lazer, esporte, cultura e projetos de responsabilidade social.”

A chapa é composta por treze diretores. Os associados elegem também os cinquenta membros do Conselho Deliberativo, titulares e suplentes.

Clique AQUI para ver o material de divulgação da Chapa 1 e conhecer melhor seus integrantes.

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Foram elencadas pelo presidente do banco alternativas como fechamento, fusão e remanejamento

O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, afirmou nesta terça-feira (28/03) durante coletiva de imprensa, em São Paulo, que irá realizar intervenções ainda neste ano em cerca de 100 a 120 unidades consideradas deficitárias no País.

De acordo com confirmação obtida pelo jornal ABCD MAIOR junto à assessoria de imprensa do banco, entre as alternativas previstas estão fechamento, fusão, diminuição de estrutura ou remanejamento para outro local.

A intenção de mudanças estruturais foi revelada junto com o anúncio dos resultados de 2016 do banco, que alcançou lucro de R$ 4,1 bilhões, sendo 41,8% abaixo do desempenho de 2015. Além disso, a Caixa fechou o ano com índice de inadimplência de 2,88%, abaixo da média do mercado financeiro, que estava em 3,71% no final de 2016.

A localização das unidades apontadas como deficitárias não foi revelada pelo banco. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, trabalham por agência, em média, 15 pessoas, o que coloca em risco o emprego de aproximadamente 1.800 funcionários.

“Essa intervenção é mais uma tentativa de desmonte das empresas públicas brasileiras durante um momento de crise, que deveria ser superado com redução de juros e investimentos para o setor produtivo. Mas retirar agências provavelmente de bairros é retirar o acesso das pessoas que mais necessitam dos programas sociais que a Caixa é a principal provedora junto ao governo federal”, apontou o sindicalista.

Fonte: ABCD Maior

 

Lucro real, utilizado no cálculo da segunda parcela, é muito diferente do projetado A Caixa divulgou nesta terça, 28, que obteve lucro de R$ 4,1 bilhões em 2016. O montante é muito diferente da projeção de lucro, que balizou o pagamento da primeira parcela da PLR em 60% e, assim, os empregados do banco deverão ficar frustrados no recebimento da segunda parcela, que fará o desconto do já pago e tem de ocorrer até o próximo dia 31 - o banco, porém, acaba de anunciar que pagará no próximo dia 30. A data-limite para pagamento consta do acordo específico firmado com a Caixa, que também estabelece os critérios para a PLR. “Essa discrepância representa uma contradição inédita na história da Caixa, que sempre adotou uma postura conservadora em relação ao orçamento”, aponta a suplente representante dos empregados no CA do banco, Rita Serrano, eleita como titular para a próxima gestão. Para Rita, o resultado do balanço já apresenta consequências da política de desmonte do banco público implantada pelo governo Temer (leia artigo de sua autoria clicando aqui). A PLR da Caixa é composta pela Regra Fenaban, constituída pelas seguintes parcelas: Parcela Regra Básica, Parcela Regra Adicional e PLR Adicional Caixa, com as seguintes especificações: Regra Básica: correspondente a 90% da remuneração reajustada em 1º de setembro de 2016, acrescido do valor fixo de R$ 2.183,53 e limitado a R$ 11.713,59; Regra Adicional: 2,2% do lucro líquido apurado no exercício de 2016, dividido pelo número total de empregados elegíveis, em partes iguais, até o limite individual de R$ 4.367,07; Adicional Caixa: equivalente a 4% do lucro líquido apurado no exercício de 2016, distribuídos de forma linear, proporcionalmente aos dias trabalhados em 2016, para todos os empregados e vinculada ao desempenho da Caixa nos programas de governo. O total apurado na aplicação da Regra Básica estará limitado a 12,8% do lucro líquido apurado no exercício de 2016.

Leia artigo da representante dos empregados no CA da Caixa, Rita Serrano, que também é diretora do Sindicato e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas
 
 
Queda no lucro e diminuição do papel da instituição como fomentadora do desenvolvimento nacional, com consequente frustração dos empregados na PLR, são evidenciados pelos resultados de 2016
Por Rita Serrano Em 2016 a Caixa obteve lucro líquido de R$ 4,1 bilhões. Apesar de elevado, o montante representa queda expressiva (41,8%) se comparado ao ano anterior. Efeito semelhante, em menor proporção, foi observado entre os maiores bancos do País. No caso da Caixa houve forte impacto dos créditos tributários que, em 2015, acrescentaram ao resultado do banco R$ 2,38 bilhões e, em 2016, reduziram-no em R$ 298 milhões. Com isso, o impacto na distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é grande, assim como era grande a expectativa gerada nos empregados a partir do pagamento da primeira parcela em 2016. Afinal, essa primeira parcela foi feita a partir de uma projeção de resultado bem acima do aferido de R$ 4,1 bilhões e, com a antecipação de 60%, agora a segunda parcela deverá ser modesta. Como representante dos empregados abordei essa discrepância na recente reunião do Conselho de Administração (CA) em que o balanço 2016 foi avaliado. É preciso evidenciar que, embora não se possa alterar o resultado, o fato representa uma contradição inédita na história da Caixa, que sempre adotou postura conservadora com relação ao orçamento. Porém, para além do lucro e da PLR, devemos analisar esse balanço dentro do contexto de recessão econômica e de instabilidade política no Brasil. A mudança de governo trouxe consigo a piora na recessão e o retorno do modelo de Estado mínimo, combatido na década de 1990, um Estado subserviente ao capital financeiro e às multinacionais no qual empresas públicas são sucateadas e empregos precarizados. A Caixa é uma das poucas empresas 100% públicas, a maior operadora dos programas sociais do governo, a maior investidora em habitação e infraestrutura, gerenciadora única do FGTS, das loterias e de outros serviços fundamentais para o País. Mas os números desse balanço já comprovam a alteração de rumo e os riscos para a manutenção desse papel. O processo que teve início em 2015 e agora se acentua traz queda nos investimentos em habitação e infraestrutura. Em 2014, a carteira de habitação registrava crescimento de 25,7% do saldo em relação ao ano anterior. Em 2015, esse crescimento caiu a 13,2% e, em 2016, teve evolução mínima, residual, de apenas 5,6% na comparação com o ano anterior. Já o FGTS representa aproximadamente um quarto do ativo total administrado pela Caixa, e os bancos privados se movimentam para privatizar esses recursos, tal como os do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), usados pela Caixa e BNDES para programas sociais e créditos direcionados. Para agravar esse cenário, a direção da Caixa vem anunciando a privatização das operações de loterias, cartões e seguros. A queda no resultado e a necessidade de capitalização poderão ser artifícios para acelerar o desmonte do banco e, em consequência, o aumento na pressão por resultados, o ataque a direitos (como já ocorre com o Saúde Caixa) e o fechamento de unidades. Não se pode descartar que o anúncio de demissão sumária feito pelos Correios chegue também às demais empresas públicas, já que se trata de uma política de governo. Diminuir o papel da Caixa e das demais empresas públicas tem como reflexo imediato a ampliação do desemprego, a agudização da crise econômica, a estagnação do Brasil e o crescimento da miséria, cenário que já se evidencia nas medidas e reformas anunciadas pelo governo. Assim, caberá novamente aos empregados a vanguarda na defesa da Caixa pública, sustentável e voltada para o desenvolvimento do País, tendo claro que, para isso, é preciso ter como condição sine qua non a volta da democracia. O momento exige união. Vencemos outras batalhas e vamos vencer essa também, mas precisamos ter em mente que há obstáculos para a negociação plena e que é fundamental o diálogo com a sociedade e a organização para a luta. Uma luta que é de todos os brasileiros, mas que tem nos empregados da Caixa sua principal fonte de resistência, pois defender a Caixa é defender o Brasil.    Rita Serrano é atualmente suplente representante dos empregados no CA da Caixa; conselheira eleita para a próxima gestão, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, diretora da Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários do ABC e mestra em Administração

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