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Documentário aborda suicídio na categoria bancária

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Documentariocategoriasuicidio0605O documentário ´4 contos – A tragédia por trás do lucro´, produzido pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, trata da questão do suicídio na categoria bancária. Um tema sensível, mas que precisa ser exposto e discutido para prevenção. No último mês de abril, durante o ´Adoecimento Psíquico no Trabalho Bancário´, organizado pela Contraf-CUT, o diretor do documentário, Marcelo Monteiro, e o psicólogo, doutor em psicologia social e institucional, André Guerra, debateram o tema.

Para Monteiro, a discussão da saúde mental extrapola a categoria. “Hoje a gente vê que esse problema está atingido muitas categorias. Eu mesmo enfrentei e ainda me trato contra depressão, ansiedade e pânico, em razão de um problema que tive em 2015. Essa coisa da identificação foi muito forte comigo ao colher esses relatos [do documentário], pois quem passou ou passa por esse problema consegue entender melhor a gravidade, ver o grau que essa doença afeta a vida das pessoas”.

Para o diretor do documentário “existe uma visão distorcida da sociedade em relação à categoria bancária. As pessoas acham que o bancário é um privilegiado por ganhar um salário acima da média e ter bons benefícios, quando na verdade está sendo explorado ao máximo possível, quase como uma ponta de lança do capitalismo. É onde o capitalismo testa os limites das pessoas”.
André Guerra destacou que é preciso sensibilizar as pessoas para a importância de se discutir o suicídio. “Acredito que este é o principal ponto do documentário: precisamos sair deste seminário com a convicção de que a gente precisa debater a questão, não só na categoria bancária, que sofre muito com as tentativas de suicídio, mas o problema é muito maior”, afirmou.

O psicólogo alertou ainda para a necessidade de revisitar a forma como a sociedade se posiciona diante do suicídio. “A forma tradicional de se compreender o fenômeno não dá conta de compreender sua efetiva realidade; e assim também não vai dar conta de intervir, solucionar ou amenizar este problema”, advertiu. Para ele, exatamente por isso, iniciativas concretas precisam ser implementadas, “para que sejam desenvolvidas formas eficazes e efetivas de intervenção, o que vai ser vital na nossa capacidade de intervir em casos de pessoas que estão sofrendo”.

Confira vídeo: 

Redação, com informações do SindBancários

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