Pauta foi apresentada ontem (18) à Fenaban, que deve apresentar respostas na semana que vem
O Comando Nacional dos Bancários se reuniu ontem (18) com representantes da Fenaban, cobrando a manutenção de protocolos de segurança sanitária para garantir a saúde e a vida da categoria e reduzir a propagação e o contágio da população pelo vírus da covid-19. O secretário-geral do Sindicato, Genilson Araújo, participou do encontro, que ocorreu de forma virtual.
“Apresentamos a situação vivida pelos bancários e reforçamos a necessidade de manter e intensificar os protocolos de segurança neste momento, bem como o home office e melhorias no atendimento em telemedicina, hoje sobrecarregado. Os representantes da Fenaban ficaram de se reunir com os bancos para analisar as demandas e dar uma resposta em nova reunião que deve ocorrer na semana que vem”, esclarece Genilson. Além desses itens urgentes os representantes da categoria também reivindicaram o compromisso com a não-demissão.
Assim como no resto do País, a variante Ômicron se espalha pelo Grande ABC e atinge duramente a categoria bancária. Levantamento informal realizado pelo Sindicato a partir de denúncias recebidas revela cerca de 75 casos entre os bancários da região desde o início do ano. “É um número subestimado, possivelmente há muitos mais, como ocorre em todo o Brasil. Infelizmente há descaso das autoridades e falta de testagem, o que dificulta muito esse controle”, afirma o secretário-geral. O movimento sindical também cobrou testagem da Fenaban, mas a entidade destacou a falta do produto no mercado pela alta demanda.
Segundo a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, os bancos retomaram atividades e flexibilizaram os protocolos sem considerar o cenário criado com a Ômicron, o que prejudica a segurança da categoria, dos clientes e de toda a população. “Os bancários com sintomas de gripe ou de covid-19 precisam ser afastados e a agência tem que ser sanitizada, essa é a regra! Além disso, tem que fazer testes em quem está com sintoma e nos seus colegas de trabalho”, completou.
A manutenção dos protocolos de segurança é importante também para evitar o surgimento de novas variantes, assim como a vacinação, pois não se trata de uma questão individual, mas coletiva, e buscar a imunização é responsabilidade de todos. “Neste momento precisamos ter a agilidade, a preocupação e atenção que tivemos no início da pandemia. Nós e os bancos precisamos nos manter firmes para que a categoria não seja contaminada e nem para que as agências sejam focos de propagação da doença. Alertamos para que os protocolos sejam mantidos e os bancos garantam a distribuição de EPIs e demais materiais de segurança e sanitização”, afirmou outra participante do encontro, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.
Confira os protocolos reivindicados
• Sanitização das agências e unidades administrativas com casos confirmados;
• Afastamentos de bancários com casos confirmados e suspeitos até a saída do resultado do teste;
• Testagem dos bancários;
• Exigência do passaporte da vacina dos clientes;
• Distribuição de máscaras adequadas (PFF2/N95) para os funcionários;
• Protocolo unificado;
• Retomada do teletrabalho em home office;
• Controle de acesso de clientes;
• Redução do horário de atendimento para diminuir tempo de exposição;
• Garantia de álcool-gel nas agências e departamentos;
• Manutenção de marcação do distanciamento;
• Suspensão de visitas a clientes, pelo menos neste momento de alta de casos de infecção;
• Melhorar o atendimento da telemedicina;
• Compromisso com a não-demissão;
• Antecipação da vacinação contra a gripe.
Fonte: Redação, com informações da Contraf-CUT