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Setembro amarelo

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É preciso falar sobre suicídio


Setembro AmareloHá tabu e desinformação sobre o tema, que afeta especialmente os mais jovens

O suicídio costuma ser tratado como tema tabu, mas não deveria ser assim. Afinal, depressão, sofrimento e saúde mental são assuntos seríssimos, e precisam sempre estar na ordem do dia. Para lançar luz ao tema e ajudar na prevenção dessas mortes foi lançada, há alguns anos, a campanha "Setembro Amarelo", iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina, e que neste ano traz como lema "Agir salva vidas".

“Há muita desinformação sobre o suicídio, como a crença de que quem vai se matar não fala. Não é verdade. Quem fala não está ameaçando, está pedindo ajuda”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato, Itamar Batista. O mês de setembro foi o escolhido porque desde 2003 o 10 de setembro marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, uma data criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde para chamar a atenção de governos e da sociedade civil para a importância do assunto.

No Brasil, o CVV faz um trabalho pioneiro na área de prevenção ao suicídio desde 1962, com a ajuda de cerca de 3 mil voluntários que trabalham atendendo mais de 10 mil ligações diárias. Dados apontam que, a cada dia, cerca de 32 brasileiros dão fim a própria vida. Um estudo feito pelo CVV apontou que, para cada suicídio, um grupo de até 20 pessoas é impactado diretamente. O número entre os jovens é ainda mais alarmante no mundo, sendo a segunda causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos.

Conheça, abaixo, orientações da Samaritans, entidade britânica de apoio à saúde mental sobre como conversar com alguém com pensamentos suicidas:

• Escolha um lugar calmo onde a pessoa sinta-se confortável
• Garanta que vocês dois terão tempo suficiente para conversar
• Se você disser a coisa errada, não entre em pânico; não seja duro demais consigo mesmo
• Foque na outra pessoa, faça contato visual, ponha o telefone de lado – dê sua atenção total à outra pessoa
• Seja paciente, podem ser necessárias várias tentativas até a pessoa estar pronta para se abrir
• Use perguntas abertas que precisam de respostas que sejam mais do que um sim ou um não
• Não sinta que precisa preencher todos os silêncios com conselhos e com palavras: às vezes a pessoa está tomando coragem para falar e precisa de um tempo
• Não interrompa ou ofereça uma solução para todos os problemas, o importante é ouvir
• Não empurre suas próprias ideias sobre como a pessoa deve estar se sentindo
• Verifique se a pessoa sabe onde e como obter ajuda profissional

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