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Leia artigo de Neco Ribeiro, pesquisador convidado do Observatório Conjuscs e professor no Sindicato dos bancários do ABC.

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Certificação dos produtos Inmetro 

Artigo InmetroExistem vários produtos que utilizamos diariamente sem nem perceber que estes podem não estar dentro das normas aplicadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Este instituto é uma autarquia federal, vinculada à Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia. O Inmetro atua como secretaria executiva do Conmetro (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do Sinmetro (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

Objetivando integrar uma estrutura sistêmica articulada, o Sinmetro, o Conmetro e o Inmetro foram criados pela Lei 5.966, de 11 de dezembro de 1973, cabendo a este último substituir o então INPM (Instituto Nacional de Pesos e Medidas) e ampliar o seu raio de atuação a serviço da sociedade.

O Inmetro tem como objetivo fortalecer as empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade e da segurança de produtos e serviços. Busca viabilizar soluções de infraestrutura da qualidade que adicionem confiança, qualidade e competitividade aos produtos e serviços disponibilizados pelas organizações brasileiras, em prol da prosperidade econômica e bem-estar da nossa sociedade.

Esse instituto é o órgão que dá acreditação a todos os organismos de certificação e verificação, ensaios de proficiência de laboratórios de análises químicas e mecânicas dos produtos que são fabricados no Brasil e importados ao nosso País. É de suma importância que cada empresa faça uma certificação ou verificação, ou ainda teste os produtos que chegam ao Brasil, buscando obter a acreditação do Inmetro. O Inmetro audita cada uma dessas empresas. Os registros dessas empresas no Inmetro são essenciais para que nada seja produzido ou importado de forma ilegal ou fora das normas estipuladas pelo governo federal. As empresas precisam dessa acreditação para funcionar dentro das normas estabelecidas.

Infelizmente nem todos os produtos consumidos são testados e certificados no Brasil. Há vários gaps no sistema. Mas a maioria dos produtos importados e produzidos no Brasil é testada e leva o selo do Inmetro.

Todos os produtos devem ser testados minuciosamente. Por exemplo, uma panela, na qual se cozinha diariamente, pode não ser apropriada para cozinhar. Muitas vezes não damos conta que esses utensílios podem ter uma composição que prejudica a saúde. Outro exemplo pode ser um simples brinquedo. A criança costuma levar à boca tudo com o qual brinca. Será que o produto que a criança morde tem algo que pode ser prejudicial à saúde? Sempre há, porém, um mercado paralelo para esses produtos. Devido ao preço, muitos brasileiros consomem esses produtos sem nenhuma análise. Enquanto existir alguém comprando esses produtos, o mercado paralelo continua. É uma questão de escolha do consumidor.

É importante cada ensaio realizado. Ensaios de climatização em produtos térmicos, capacidade volumétrica, inflamabilidade, flamabilidade, queda, tração, torção, inspeção visual, qualidade do ar, entre outros.

Os laboratórios acreditados pelo Inmetro fazem esse trabalho testando cada produto dentro das normas estabelecidas. Por isso é seguro afirmar que produto testado e com selo do Inmetro tem garantia de procedência.

Para que o consumidor não seja enganado, ele deve procurar sempre o selo do Inmetro no produto que está adquirindo. Não deve comprar um produto sem selo de confiança, colocando em risco a si mesmo e a sua família. São muitos os produtos expostos de forma ilegal aos consumidores. Para se precaver de situações indesejadas, precisamos nos guiar por informações corretas. É essencial ter cuidado com as fake news, buscar informação com procedência.

É importante ler sobre as normas, principalmente a norma ABNT NBR ISO/IEC 17.025. Entender a norma contribui para o consumo de forma diferente, de forma correta. 

Fonte: Diário do Grande ABC

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