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17 de maio é dia internacional de luta contra a LGBTQIAP+ Fobia

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Há 40 anos o Grupo Gay da Bahia monitora o número de mortes de pessoas LGBTQIAP+ no Brasil.

Dia Internacional de luta contra a LGBTQIAP+ fobiaEm 1990, o levantamento contabilizou 164 assassinatos motivados por homofobia — na época, eram contabilizadas as
"mortes de homossexuais". Após 20 anos, o número de mortes motivadas por LGBTfobia subiu 60%, para 260 registros
identificados em 2010. O maior número de casos foi registrado em 2017, quando foram documentadas 445 mortes de
pessoas LGBT+ no país. Os pesquisadores explicam que a violência LGBTIfóbica surge a partir da expressão de identidades e
relações sexuais e afetivas que fogem do padrão heteronormativo vigente na sociedade.

Das 237 mortes identificadas em 2020, 161 (70%) vítimas eram travestis e mulheres trans, 51 homens gays,
10 lésbicas, três homens trans e três bissexuais. Em relação a faixa etária, não foi possível identificar a
idade da maior parte das vítimas (34%). Outros 33% tinham de 15 a 30 anos e 25% tinham 31 a 45 anos.
Em relação às mortes notificadas que continham informações sobre a cor ou raça da vítima, 54% eram de pessoas
pretas ou pardas, e 46% de pessoas brancas. Segundo o levantamento, a região Nordeste teve o maior número absoluto
e relativo de mortes noticiadas: foram 113 casos e 2,12 mortes a cada um milhão de habitantes nordestinos.

Apesar das mais de 200 mortes, acredita-se que o número tenha sido ainda maior, pois houve subnotificação por conta da pandemia de covid-19.

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