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Sem aumento real no mínimo, País fica mais pobre

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Bolsonaro acabou com a política de valorização iniciada em 2004; economia perde R$ 7 bi

Pela primeira vez em 17 anos o salário mínimo no Brasil será reajustado apenas pela inflação, sem aumento real, a partir de 2020. A decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), divulgada na semana que passou, acaba com a política de valorização do mínimo. Uma política que, além de elevar a renda de trabalhadores e aposentados, ajudava a sustentar a economia do País desde 2004, quando o então presidente Lula deu início a ela.

Se essa valorização continuasse em 2020, além do reajuste inflacionário, os 48 milhões de brasileiros que recebem salários e aposentadorias com base no mínimo teriam mais 1,1% de aumento pelo PIB de 2018, o que resultaria em cerca de R$ 7 bilhões a mais circulando na economia.

“Como já observamos em outras situações o governo Bolsonaro parece não se importar com os direitos dos trabalhadores e prefere tirar dos que têm menos. É um grande erro, porque freia o consumo e ocrescimento do mercado interno”, aponta o diretor de Comunicação do Sindicato, Otoni Lima. Nos anos Lula e Dilma o salário mínimo saltou de R$ 200 para R$ 880 (em 2016), crescimento de 340% do valor nominal e 77% de aumento real, com média anual de 5,9%.

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