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Pelo caminho do justo

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editorialPor Belmiro Moreira*

 

As revelações, pelo site The Intercept Brasil, de conversas do então juiz Sérgio Moro com os acusadores do ex-presidente Lula - indicando um verdadeiro conluio para afastá-lo da corrida presidencial e com isso acabando com a legitimidade do processo - são um divisor de águas na história recente da democracia brasileira. O Sindicato, como outras entidades, sempre denunciou que tal juiz defendia interesses partidários, e não podia, portanto, ocupar tal cargo.

Agora que toda essa verdade emerge e que veículos de comunicação nacionais correm atrás para repercutir estes fatos, fica evidente que sempre estivemos do lado certo da história. E estar do lado certo da história, muito mais do que retórica, é, para o Sindicato, estar onde o justo estiver. O justo para os trabalhadores, para toda a sociedade brasileira, que não pode naturalmente confiar numa Justiça comprometida, pretensiosa e ineficiente. Se existem crimes, que os culpados sejam punidos. Mas não se pode acusar e encarcerar sem provas, muito menos quando se sabe que quem julga é incapaz.

Belmiro Moreira

Buscar o que é justo é também lutar pela manutenção, garantia e ampliação de direitos – direitos humanos, direitos trabalhistas, direitos das mulheres e dos jovens. Resistir aos ataques que o governo Bolsonaro vem fazendo a eles é igualmente seguir por esse caminho, porque não se pode admitir retrocessos que, em alguns casos, colocam em risco a própria vida dos trabalhadores e cidadãos, como é o caso da reforma da Previdência, por exemplo. Embora nem todos percebam somos nós que diariamente construímos a história e, com nossas ações, ajudamos a esculpir a cara e a cultura de um País.

 

* Belmiro Moreira é presidente do Sindicato dos Bancários do ABC

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