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Mesa Bipartite de Segurança Bancária avança com ampliação de projeto-piloto

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Apesar dos avanços em relação ao projeto-piloto de segurança, reivindicação sobre manutenção de portas giratórias não teve respostas positivas

A Mesa Bipartite de Segurança Bancária entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada ontem (26), em São Paulo, terminou com avanços para a categoria.
Os bancos sinalizaram com a possibilidade de ampliação do projeto piloto de segurança, implantado em algumas cidades de Pernambuco.

Os representantes dos bancários enfatizaram a importância da instalação de portas automáticas em postos de atendimentos bancários (PABs), inclusive nas agências de negócios, que não contam com vigilantes e possuem caixas automáticos e logo do banco.

A reivindicação se baseia no alto índice de ataques às agências bancárias que não possuem portas giratórias, se comparado às agências que contam com o item de segurança.
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) houve um crescimento de 37,2% de 2017 para 2018 das saidinhas bancárias. O índice de ocorrências com vítimas fatais aumentou 22,6%.

Para o movimento sindical bancário a manutenção de portas giratórias é prioridade para a segurança dos trabalhadores, e preocupa o fato de que alguns bancos projetam a retirada das portas de segurança. O item é previsto na lei 7102, assim como o sistema de monitoramento e contratação de vigilantes.

A Fenaban alegou que trabalha um novo modelo de negócio e que o mesmo não oferece riscos por não ter atividades que envolvam numerários.
Dados divergentes - O Comando Nacional dos Bancários cobrou o acesso às estatísticas detalhadas de ataques aos bancos, apresentada pela Fenaban, pois há divergências. Segundo o Comando constata-se crescimento alto de casos fatais derivados de ataques nos bancos.
Também foi reivindicada a ampliação do projeto-piloto realizado em algumas cidades de Pernambuco, para outras cidades, como Rio de Janeiro.

O projeto inclui um pacote de equipamentos que garantem maior segurança para os bancários, como portas de segurança com detectores de metais, câmeras internas e externas, biombos em frente à bateria de caixas, guarda-volumes, cofre com dispositivo de retardo e vigilantes armados e com coletes balísticos, e foi comprovado que durante o período de implantação do projeto houve queda nos ataques aos bancos daquela região. De acordo com a Secretaria de Defesa Social, de 2013 para 2014, período de implantação do projeto-piloto, houve uma diminuição de 50% dos assaltos e 41,8% dos arrombamentos.

A Fenaban sinalizou positivamente a possibilidade de um novo projeto-piloto no Rio de Janeiro, como solicitado, e dará seguimento de acordo com as leis locais e propostas dos bancários.
Substitutivo 06 da PL 7.102 - A Mesa Bipartite de Segurança Bancária debateu o substitutivo 06 do Projeto de Lei 7.102, que se refere aos tipos de serviços de segurança privada realizados por uma mesma empresa e adequação de suas instalações físicas. Um dos pontos que impediam a continuidade do projeto era a contratação de empresas de segurança privada por instituições financeiras.
Após análise do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, foi avaliado que o tópico não afeta a categoria bancária e, por isso, há apoio ao substitutivo, que também abrange a obrigatoriedade da implantação de portas giratórias nas agências.
O Comando Nacional dos Bancários vai acompanhar a evolução do relatório. Apesar das divergências em relação às portas de segurança, a Mesa Bipartite de Segurança Bancária terminou com avanços. A próxima reunião ficou agendada para a segunda quinzena de agosto.

Com informações da Contraf-CUT

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