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Um debate sobre o Não e o consentimento

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É preciso distinguir o jogo erótico de uma negativa categórica

nao é naoO recente caso em que se envolveu o jogador de futebol Neymar, acusado de agressão e estupro por Najila Trindade, reacendeu uma discussão sobre a negativa das mulheres em manter ou não uma relação sexual, seja com um parceiro eventual, seja com seu namorado ou marido. O tema foi abordado pela psicanalista Vera Iaconelli durante o programa Papo de Segunda, na GNT.

Segundo ela, é preciso que os homens saibam distinguir o que é o jogo erótico de um não categórico. “As mulheres são criadas para negar sua sexualidade e os homens para ‘chegar junto’. Até os anos 50 o sexo no casamento era contratual, fazia parte das obrigações, e o homem não podia ser acusado de estupro”, explica.

No entanto, isso mudou. Hoje a mulher não precisa mais negar sua sexualidade, escolhe seus parceiros e decide se quer ou não fazer sexo - e pode mudar de ideia na hora em que quiser. Existe, inclusive, a campanha “Não é não!”, numa referência clara de que o desejo da mulher é preponderante para que a relação sexual ocorra ou não. Tudo mais, feito sem consentimento, é violência e estupro.

“Vivemos um tempo de mudanças nos valores e relacionamentos. Respeito e bom senso são necessários para que não se chegue a situações extremas”, aponta a diretora sindical Adma Gomes. Para assistir ao programa da GNT acesse o YouTube em (URL encurtada) https://bit.ly/2FuFxir.

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