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Reforma da Previdência fará Brasil mais miserável e injusto, explica economista

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Regina Camargos participou de aula pública promovida ontem, 23, pelo Sindicato; atividades prosseguem na semana

O Sindicato prossegue nesta semana com as aulas públicas sobre as consequências da Reforma da Previdência. As atividades se concentram em Diadema e trazem especialistas para dialogar com a sociedade, além de coletar assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma, que será enviado ao Congresso Nacional.

Na tarde de ontem, 23, a aula pública teve a participação da economista Regina Camargos, consultora do Dieese. Ela explicou detalhadamente como de fato ficará o País caso a reforma seja aprovada. “Será mais miserável e mais injusto”, afirmou, destacando que a maioria nem conseguirá se aposentar, as mulheres serão ainda mais prejudicadas (assim como os que recebem o BPC, benefício de progressão continuada), e os salários dos já aposentados vão minguar a cada ano, a ponto de serem inferiores ao valor mínimo.

Regina também esclareceu que 80% da economia que o governo quer fazer (R$ 800 bilhões) será cortado de quem ganha menos. São as pessoas do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), onde 60% recebe um salário mínimo. “O maior mito dessa reforma é dizer que vai acabar com privilégios. Onde está o privilégio nesse caso?”, questionou a economista, lembrando que para os militares, por exemplo, a reforma será muito diferente, justamente para não prejudica-los.

Deve ser por isso, inclusive, que o governo anda escondendo dados sobre as consequências terríveis dessa reforma: estudos e pareceres técnicos que embasaram a proposta não foram divulgados e, dois meses depois de apresentá-la, o Ministério da Economia diz que ainda precisa fazer contas sobre o impacto de algumas medidas. Veja o vídeo desta aula pública e acompanhe demais notícias sobre o tema no site e Facebook do Sindicato.

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