Resultados superam estimativas, mas retorno não chega aos bancários
Santander, Itaú e Bradesco divulgaram seus resultados do último trimestre e, mais uma vez, os lucros obtidos no ano são surpreendentes e tornam ainda mais injustificável e cruel a redução de postos no setor (veja matéria na pg. 4). Os números só vêm comprovar que, com tamanho lucro, eles têm todas as condições para atender reivindicações dos trabalhadores e melhorar salários, PLR ou programas específicos.
O Bradesco obteve lucro líquido recorrente de R$ 5,471 bilhões no terceiro trimestre, com aumento de 13,7% na comparação com o resultado obtido no mesmo período de 2017. O montante superou estimativas. No terceiro trimestre o resultado foi influenciado por despesas não recorrentes e programa de demissões voluntárias.
Já o Santander obteve no Brasil lucro líquido gerencial de R$ 8,992 bilhões nos primeiros nove meses de 2018. É um crescimento de 24,9% em relação ao mesmo período de 2017. O lucro obtido no Brasil representou 26% o lucro global do banco, que foi de € 6,042 bilhões (com crescimento de 21% em doze meses), de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O Itaú, por sua vez, apresentou lucro líquido recorrente de R$ 19,255 bilhões nos nove primeiros meses de 2018, com crescimento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2017, e de 1,1% no trimestre. O menor custo do crédito e as maiores receitas com prestação de serviços foram apontados como principais componentes que contribuíram para o desempenho.