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Prevenir é melhor e custa menos, mas BB ignora e quer tornar Cassi pior

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Alteração estatutária proposta pelo banco onera associados e pode prejudicar política de prevenção de doenças

cassiÉ melhor prevenir do que remediar – e quando se trata de saúde, o ditado ganha ainda mais coerência. Não por acaso, grandes empresas revelaram recentemente ao jornal Valor Econômico que vêm atuando mais para garantir o bem-estar de seus funcionários e, assim, evitar doenças e afastamentos. Na contramão dessa cultura está o atual posicionamento do BB na Cassi, tentando retomar uma política que já se provou fracassada, quando a caixa de assistência era mera pagadora de despesas assistenciais para a saúde privada.

Quando o BB detinha o poder de gestão sobre a Cassi ela já apresentava déficits de quase 100% entre arrecadação e despesas (nos anos de 1992, 1993 e 1994). E é isso que pode voltar a acontecer caso a proposta de alteração estatutária prevista para a Cassi seja aprovada nos moldes desejados pelo banco – a votação começa em 24 de setembro, e o Sindicato orienta que todos votem Não. “A proposta do BB onera o custeio para os empregados e aposentados e não resolve nenhum problema. Pelo contrário, vai criar novos, financeiramente falando e também prejudicando a prevenção de doenças”, aponta o diretor sindical Otoni Lima, funcionário do banco.

Com o programa Estratégia de Saúde da Família (ESF) os associados da Cassi podem hoje realizar uma série de exames para mapear sua saúde e assim atuar preventivamente. Essa prática reduz custos para a Cassi: estudos da Diretoria de Saúde (2014-2018) comprovaram que a população com maior risco e grau de complexidade do plano é cuidada pelo sistema ESF, e a despesa assistencial dos vinculados ao programa chega a ser de 20% a 30% menor no uso dos recursos pagos no mercado de saúde, variando conforme o grau de complexidade.

Atualmente, o investimento do BB com a Cassi gira em torno de 4,5% da folha de pagamento, mais o valor destacado pelo Memorando de Entendimento, que a proposta do banco pretende cessar. Este total é consideravelmente mais baixo do que o praticado em outras grandes empresas de mercado, como ressaltou a reportagem do Valor Econômico. “Por isso, é muito importante votar contra essa mudança. O movimento sindical já apresentou alternativas mais viáveis e que não vão penalizar os associados”, afirma o diretor sindical. Leia mais sobre as duas propostas no site do Sindicato.

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