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Bancários exigem discussão sobre todos os pontos da pauta de reivindicações

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Apesar de continuarem batendo recordes de lucros, bancos ignoram grande parte de nossas reivindicações.

CadêPOR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE
Assédio moral, competitividade, metas abusivas: não é por acaso que a categoria bancária está entre as que mais adoecem. Precisamos ampliar o debate sobre esses temas e aprimorar cláusulas da CCT como a 27, que prevê estabilidade provisória de 60 dias para quem volta ao trabalho após afastamento de 6 meses ou mais por doença. A categoria reivindica a extensão desse direito aos que retornam após cancelamento do benefício de aposentadoria por invalidez. A cláusula 65 trata do adiantamento emergencial: quando retorna de licença médica (benefício cessado), se o trabalhador for considerado “inapto” pelo médico do banco, mas apresentar o PR (Pedido de Reconsideração) ao INSS, teria o adiantamento pago pelo banco. Esse direito, no entanto, também foi alterado pela legislação do pós-golpe, que acabou com o PR. Muitos bancos suspenderam o direito ao pagamento do adiantamento emergencial. É preciso incluir uma nova cláusula, excluindo o PR, de forma que os trabalhadores não sejam prejudicados.

PROTEÇÃO CONTRATOS PRECÁRIOS E TERCEIRIZAÇÃO
A contratação de empregados com jornada 12x36 (12 horas de trabalho a cada 36 de descanso), por tempo parcial, intermitente, ou de trabalhadores autônomos só deve ser realizada mediante prévia negociação com o sindicato e por meio de acordo coletivo de trabalho. E isso precisa estar estabelecido em cláusula. Os trabalhadores bancários também reivindicaram aos bancos que não substituam empregados diretos por terceirizados em nenhum setor.

AUMENTO TEM QUE SER REAL
Na consulta pré-campanha os bancários apontaram aumento real e demais verbas como PLR, VA e VR como prioridade. Ora, os bancos lucram cada vez mais e podem valorizar seus funcionários – basta querer.

BANCO DE HORAS
Os bancários querem que a implantação de banco de horas somente seja realizada por meio de acordo coletivo de trabalho.

GARANTIA DE ULTRATIVIDADE
O acordo tem que valer até que outro seja assinado. Mas os bancos não aceitaram assinar pré-acordo que garantiria a ultratividade, que é justamente esse princípio. Com isso a CCT perde a validade em 31 de agosto.

GARANTIA DE EMPREGOS
Os bancos lucram e lucram, mas vêm cortando postos de trabalho (de janeiro de 2012 a junho de 2018, o setor bancário eliminou 57.045 postos de trabalho, redução de 11,5% na categoria). Os bancários querem garantia de emprego.

HOMOLOGAÇÃO NOS SINDICATOS
Os bancários querem a volta das homologações nos sindicatos, cuja obrigatoriedade nesse momento
foi extinta pela reforma trabalhista.

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO PARA TODOS
A CCT - Convenção Coletiva de Trabalho - tem que valer para todos os bancários, independentemente do nível de escolaridade ou faixa salarial. É uma proteção contra outro ponto nocivo da lei trabalhista, o empregado hipersuficiente (quem ganha pouco mais de R$ 11 mil teria que negociar suas condições de trabalho diretamente com o banco, e não estaria resguardado pela CCT).

COMBATE AO ASSÉDIO SEXUAL
Os bancários querem compromisso dos bancos para continuidade de campanha de prevenção e combate ao assédio sexual no local de trabalho. E denúncias de assédio sexual devem ser apuradas por comissão bipartite (sindicato e empresa).

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
A categoria é pioneira no estabelecimento de cláusulas para garantir igualdade de oportunidades para mulheres, negros, LGBTs, pessoas com deficiência. Este ano, reivindica a realização de novo Censo da Diversidade - o último é de 2014.

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