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Bancários vão para mesa negociar, mas bancos frustram primeira rodada

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Comando Nacional cobrou ultratividade da CCT, mas Fenaban não trouxe resposta para o pré-acordo que garantiria direitos; próxima será 12 de julho

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Diante de um Comando Nacional dos Bancários que se deslocaram de todo o Brasil até São Paulo para a primeira rodada de negociação da Campanha 2018, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) frustrou os debates nesta quinta-feira (28).

“Viemos para a mesa com disposição total de negociação e a expectativa de sair com um pré-acordo assinado, garantindo os direitos dos trabalhadores, como vales refeição, alimentação, auxílio-creche/babá, mas isso foi frustrado pela postura dos bancos que não deram resposta nenhuma ao assunto”, critica a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, coordenadora do Comando.

A dirigente destacou que, em anos anteriores, o pré-acordo que garantia a ultratividade sempre foi respeitado. Ele foi apresentado à Fenaban no dia da entrega da pauta, em 13 de junho. “Este ano sequer garantiram que isso será feito na próxima negociação. Reforçamos que essa é uma prioridade dos bancários”. 

A atual CCT e os direitos nela previstos têm validade somente até 31 de agosto, já que a data base da categoria é 1º de setembro. Por isso, a ultratividade é uma prioridade para a categoria, principalmente diante da vigência da legislação trabalhista do pós-golpe que autoriza a retirada de direitos. A lei 13.467, de novembro de 2017, foi gestada e aprovada pelos empresários, dentre eles os bancos.

"Essa rodada de negociação mostrou que a nossa mobilização deve aumentar a cada dia, pois os banqueiros demonstraram, mais uma vez, como em outros anos, a falta de respeito com os bancários e não trazem respostas para nossas reivindicações. Vamos intensificar nossa luta pelos nossos direitos", disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional.

De janeiro a maio de 2017, foram 13.665 acordos e 1.985 convenções. Esse ano, com a mudança na lei, no mesmo período foram 3.782 (menos 72%) acordos e 327 convenções no país (menos 84%), segundo dados do Boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O Comando apresentou uma proposta de calendário com datas para as próximas rodadas de negociação, mas os bancos marcaram somente para 12 de julho pela manhã, diante de dificuldades colocadas pela agenda dos negociadores.

“Deixamos com eles nossa proposta para que avaliem um calendário e reafirmamos nossa disposição de negociar”, reforçou Juvandia.

Mobilização nacional

Os bancários devem estar preparados para a luta que será ainda mais fundamental na Campanha 2018.

Na quinta-feira (5), será realizado Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos. E em 11 de julho Dia Nacional de Luta em Defesa da CCT e dos direitos da categoria. Os bancários devem usar #TodosPelosDireitos e #AssinaFenaban para ajudar a pressionar os bancos também pelas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

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