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Reunião realizada nesta terça-feira (23) definiu posicionamento sobre Reforma da Previdência, taxa de juros e combate à corrupção, entre outros temas

O Comando Nacional dos Bancários definiu nesta terça-feira (23) em reunião realizada na sede da Contraf- CUT, o calendário de atividades da Campanha Nacional 2016 , avaliou a conjuntura e aprovou resolução política de atuação, posicionando a categoria em assuntos como Reforma da Previdência, taxa de juros, crédito, autonomia do Banco Central e combate a corrupção.

Veja, abaixo, a nota aprovada pelo Comando:

Resolução Política do Comando Nacional dos Bancários

O Comando Nacional dos Bancários, reunido nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2016, em São Paulo, avaliou a conjuntura nacional e tomou o seguinte posicionamento:

Reafirmamos nossa posição de não aceitar a retirada de direitos dos trabalhadores em projetos que tramitam no Congresso Nacional ou em qualquer outra esfera.

Entendemos que a prioridade do governo não tem de ser a Reforma da Previdência e sim promover mudanças na política econômica para a retomada do crescimento com políticas de ampliação do crédito e geração de emprego e renda. Não vamos aceitar retrocessos como a idade mínima para a aposentadoria ou equiparação entre homens e mulheres do tempo de vida exigido para obter o benefício.

Repudiamos essa prática de juros altos e extorsivos cobrados pelos bancos e defendemos a redução da taxa Selic, que nos patamares atuais só contribui para o fortalecimento do rentismo, retirando dinheiro do orçamento público (em saúde, educação e políticas sociais) para colocar no bolso do setor financeiro.

Somos contrários ao projeto de lei que prevê a independência do Banco Central do Brasil e tem a intenção de subordiná-lo aos interesses do mercado financeiro e não ao povo brasileiro.

Defendemos o combate à corrupção, de forma contínua e indiscriminada, em sua maioria decorrente do financiamento empresarial de campanha, que atinge partidos do governo e da oposição. E repudiamos as tentativas golpistas de impeachment que visam apenas desestabilizar o país e aprovar essa pauta de retrocessos sociais e retirada de direitos, derrotada nas eleições de 2014.

O Comando Nacional dos Bancários continuará ação permanente para impedir que sejam aprovados projetos contrários aos interesses da classe trabalhadora, a exemplo da pauta conservadora em tramitação no Legislativo, como o PL da terceirização e o PLS 555 que ameaça empresas públicas e visam acabar com direitos trabalhistas e sociais.

Chamamos a unidade da classe trabalhadora e convocamos também toda a militância a participar, no dia 31 de março, da Marcha à Brasília pela retomada dos investimentos públicos, em defesa da produção, de salários e empregos de qualidade no Brasil, garantindo contrapartidas sociais e combatendo a especulação e os abusos do sistema financeiro, contra a retirada de direitos, em defesa da democracia, contra a investida do projeto neoliberal.

COMANDO NACIONAL DOS BANCÁRIOS

Calendário

O Comando Nacional dos Bancários também definiu as principais datas da organização da Campanha Nacional 2016 e demais mobilizações. Veja, abaixo, eventos já definidos.

Calendário de Atividades aprovado pelo Comando Nacional dos Bancários em 23 de fevereiro de 2016

DATA EVENTO
1º de março Mobilização de trabalhadores no Senado Federal contra PLS 555
2 de março Dia Nacional de Luta da Caixa
31 de março Mobilização em Brasília contra as reformas da Previdência Social e pautas contra os trabalhadores
17 de março (a confirmar) Grande Ato no Congresso Nacional contra PLS 555
13 e 14 de maio Encontro Nacional dos Financiários
14 de maio a 05 de junho Prazo para realização de encontros regionais de bancos públicos e privados
20 de maio a 03 de julho Prazo para realização das Conferências Estaduais/Regionais
7 e 8 de junho Encontros Nacionais de Bancos Privados
17 a 19 de junho 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - CNFBB
17 a 19 de junho 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa - CONECEF
15 a 17 de julho 18ª Conferência Nacional dos Bancários

Fonte: Contraf-CUT

Publicação destaca campanha pelo País e traz entrevista com o presidente da CUT, Vagner Freitas

A Contraf-CUT lança nesta semana a Revista dos Bancários 2015. A publicação conta como a forte mobilização dos bancários de todo o Brasil fez com que a categoria conquistasse uma grande vitória política na Campanha Nacional 2015.

“Os bancos quiseram se aproveitar do período controverso no cenário político e econômico para impor um reajuste abaixo da reposição da inflação. Eles tentaram ainda um cala-boca em forma de abono. O reajuste é uma conquista mais importante para a categoria, pois incide no piso e na PLR. Consideramos muito importante também a manutenção das nossas conquistas históricas. Foi uma grande vitória, pois além da adversidade política e econômica superamos a forte intransigência dos bancos”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.

O texto mostra que a construção dessa conquista começou no início do ano, com a consulta a 48 mil bancários de todo o País. Foram realizadas ainda os encontros estaduais dos bancários e os encontros nacionais por bancos, para definir pautas específicas. Na sequência, a 17ª Conferência Nacional dos Bancários, com 667 delegados, sendo 219 mulheres e 448 homens, além de 42 observadores. Uma arte mostra ainda todos os representantes do Comando Nacional dos Bancários, responsáveis por conduzir as negociações do lado dos trabalhadores.

A edição lembra como foi o 4º Congresso, realizado entre os dias 20 e 22 de março, em São Paulo. 353 delegados, dos quais 237 homens e 116 mulheres escolheram como vencedora, por ampla maioria, a Chapa 2, encabeçada por Roberto von der Osten, então secretário de Finanças da Contraf-CUT, para assumir a direção da Confederação.

A revista traz ainda uma entrevista com o presidente da CUT, Vagner Freitas. Ele conta como começou sua carreira no movimento sindical e quais seus planos a frente da melhor Central do Brasil, cargo a qual foi reeleito em outubro.

Outra entrevista é com a presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, eleita em outubro – durante a 4ª Conferência Mundial da entidade. Rita fala sobre os desafios do sindicalismo bancário internacional, a importância da regulamentação do sistema financeiro e de termos uma bancária brasileira na presidência da entidade.

O Seminário Nacional de Estratégia do Ramo Financeiro, realizado em maio, em São Paulo, é outro assunto abordado pela publicação. O evento aprofundou o debate sobre o setor financeiro e discutiu os desafios da ação sindical da categoria frente à conjuntura econômica e política do País.

Ao participar do ato de abertura do Seminário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o protagonismo dos bancários. Disse ter uma excelente relação com o movimento sindical. “Nunca pedi para não protestarem, não fazerem greve. O que vocês não podem é estar mal com os trabalhadores. Podem estar mal com a Dilma, com o Lula, mas não com sua categoria.”

A revista aponta também uma das principais lutas da classe trabalhadoras do ano: contra a terceirização. Conscientes de que Congresso Nacional só recuará no trâmite e rejeição do nefasto PL 4330/2004 ante a mobilização e pressão dos setores democráticos da sociedade, as centrais sindicais, sindicatos, movimentos estudantis, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entre outros atores da sociedade, se uniram para criar o Fórum em Defesa dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.

“Na realidade, seria a legalização da precarização das condições de trabalho e do vínculo empregatício. O projeto de lei não propugna a igualdade de direitos, na prática aprofundaria as desigualdades de direitos dos trabalhadores”, afirmou Carlindo Dias, o Abelha, secretário de Organização da Contraf-CUT.

Os 30 anos da greve dos empregados da Caixa, que garantiu a conquista da jornada de seis horas, 30 anos da construção da unidade nacional, marcada pela fundação do Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB/CUT) e os 30 anos da primeira greve nacional da categoria, após o golpe militar, quando o Brasil inteiro testemunhou a maior paralisação dos bancários da história também são lembrados na edição.

A publicação será distribuída em todas as federações e sindicatos do Brasil. Clique aqui para ler a versão digital da Revista dos Bancários 2015.

Fonte: Contraf-CUT

BRADESCO - 10/11 tabelabradesco SANTANDER - 12/11 tabelasantander ITAÚ - 12/11 tabelaitaú CAIXA - 06/11 caixa_antecipacao_plr_700 HSBC - 13/11 Gratificação de R$ 3 mil, conquistada na Campanha Nacional Unificada 2015. Como o banco está saindo do Brasil, e com o lucro em baixa, a PLR dos trabalhadores deve ser irrisória, em torno de R$ 250. Assim, a coordenação do Comando Nacional dos Bancários conseguiu garantir o pagamento que deve vir junto com a antecipação da PLT. O valor será pago aos funcionários entre os níveis 13 e 24, excetuados os níveis de gestão que têm direito a PPR. Segundo o HSBC, 71% dos bancários receberão os R$ 3 mil.  

Ainda nesta tarde, foram assinados os acordos aditivos específicos com o Banco do Brasil, com a Caixa, com o BNB, com HSBC e com o Itaú.

[caption id="attachment_9483" align="alignright" width="567"]IMG-20151104-WA0016 Belmiro Moreira, presidente do Sindicato, assina Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016[/caption]

A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram com a Fenaban nesta terça-feira (3), em São Paulo, a 24ª Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), resultado de 21 dias de paralisação que garantiu reposição integral da inflação e aumento real. Ainda nesta tarde, foram assinados os acordos aditivos específicos com o Banco do Brasil, com a Caixa, com o BNB, com HSBC e com o Itaú.

"Apesar de que nesse ano enfrentamos uma conjuntura absolutamente desfavorável, a união dos bancários fez com que o Acordo Coletivo de Trabalho que assinamos ontem trouxe avanços para os bancários de bancos públicos e privados de todo o país. Isso só foi possível porque a categoria se mobilizou e demonstrou união nos protestos contra os descasos dos banqueiros”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato.

Os sindicatos do Brasil assinaram um acordo, no qual foi evitado que o salário fosse reduzido e os bancários conseguiram manter um ciclo de ganho real. A  pedida era 5,7% de aumento real, não conquistado, mas o que seria para a categoria se o reajuste tivesse sido os 5,5% apresentados inicialmente pelos banqueiros, um desastre. A unidade e a determinação evitaram este desastre. Foi uma luta heroica para manter o acúmulo de conquistas para a campanha do ano que vem. Para isso, nos organizamos e a próxima será melhor, como a última foi mais heroica que a anterior.

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As conquistas dos bancários na Campanha 2015

Reajuste: 10%.

Pisos: Reajuste de 10%.

- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62

- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10

- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa).

PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00.

PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58.

Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$2.021,79.  O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016.

Auxílio-refeição: de R$ 26 para R$29,64 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52

13ª cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52

Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 337,66 (para filhos até 83 meses).

Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70

Saúde – A Fenaban apresentou um termo de entendimento a ser assinado entre os cinco maiores bancos e o movimento sindical para tratar de ajustes na gestão de pessoas das instituições para prevenir os riscos de conflitos no ambiente de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

A campanha nacional 2015 da categoria bancária foi marcada por uma forte greve em todo o Brasil, com duração de 21 dias (14 úteis). No Grande ABC, participaram do movimento 6.115 trabalhadores, com 353 agências fechadas, um resultado extremamente positivo se considerado que a região tem, no total, cerca de 7 mil bancários em 400 agências. Para o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, essa participação expressiva reflete um amplo trabalho de mobilização da entidade iniciado bem antes da greve, e foi fundamental para evitar retrocessos. Mas ainda há muita luta pela frente, especialmente para garantir e manter o emprego no setor. Leia, abaixo, a íntegra da entrevista do presidente do Sindicato ao NB: Notícias Bancárias: Qual é sua avaliação da campanha 2015? Belmiro: A campanha foi muito positiva, nacionalmente, porque vivemos um momento em que muitas categorias têm dificuldade em conquistar até mesmo o repasse da inflação. Há setores que realmente enfrentam crise, mas esse não é o caso do financeiro, embora essa desculpa tenha sido usada. Os banqueiros tentaram reduzir nosso patamar de conquistas, mas os bancários reagiram e eles tiveram que recuar. NB: O que aconteceria se nesse ano não fosse conquistado aumento real? Belmiro: Além da perda evidente no poder de compra, isso significaria que em 2016 teríamos que iniciar a campanha já num patamar menor, com mais dificuldade para conquistar o mínimo possível. Não ter o repasse da inflação nem nada de aumento real significaria retroceder a um tempo em que os salários estavam sempre defasados. Além disso, seria quebrada uma cultura que já temos há 11 anos, de sempre garantir aumento real. Um ciclo que não podemos permitir que seja interrompido. NB: E no caso específico do Grande ABC, qual sua avaliação? Belmiro: Fico feliz com o resultado da paralisação na região, e quero agradecer a participação de cada bancário. Envolvemos mais de seis mil trabalhadores na greve, mas é importante lembrar que nossa mobilização começou muito antes, com reuniões nas agências para abordar a campanha salarial. Fizemos paralisações rápidas para realizar esses encontros, que foram fundamentais para dar estrutura à categoria quando a greve chegou. Uma greve que, é preciso destacar, não foi escolha dos bancários, mas sim dos banqueiros, que se mantiveram intransigentes durante a negociação. É verdade que o percentual de nosso aumento real não é o que desejamos, mas conseguimos manter o repasse. NB: E agora que a campanha acabou o que os bancários do ABC podem esperar do Sindicato? Belmiro: Bem, há ainda negociações específicas em alguns bancos, como por exemplo a luta pela bolsa-educação no Bradesco. E uma luta mais ampla, na qual estamos engajados desde o início dessa gestão no Sindicato, que é pela a garantia e manutenção do emprego. A categoria bancária corre o risco do desemprego especialmente pela questão das novas plataformas digitais e, além disso, já existe hoje uma grande rotatividade. Os banqueiros lucram muito, não perdem, e precisam ter responsabilidade social. Do ponto de vista macro, insistimos que é preciso mudar a política econômica, pois a taxa de juros alta retém o crédito, inclusive para as micro e pequenas empresas. O País precisa de uma economia forte, mas tendo sempre como premissa que quem faz sua riqueza são os trabalhadores, que não podem ser prejudicados.        

A Contraf-CUT assinou, na tarde desta terça-feira (3), em São Paulo, o Termo de Entendimento com o HSBC referente ao acordo da Campanha Nacional 2015, que garante o pagamento de gratificação especial no valor de R$ 3 mil.

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários conseguiu garantir em negociação com o banco, o pagamento da gratificação de R$ 3 mil diante de um quadro em que o banco está saindo do Brasil e, além disso, ofereceu uma PLR aos trabalhadores pequena, em torno de R$ 250.

O banco, que vai encerrar suas atividades no Brasil, vai cumprir o acordo com a Fenaban e vai pagar a PLR para seus funcionários. Os bancários conseguiram ainda, apesar do lucro muito baixo da instituição financeira, além da participação do resultado – mesmo que pequena, negociar uma gratificação de R$ 3 mil. Isso é um ganho extraordinário da unidade dos trabalhadores do HSBC.

A união dos trabalhadores conseguiu arrancar uma gratificação nos moldes do ano passado graças à forte luta dos sindicatos e da Contraf-CUT, foi possível arrancar uma gratificação de 3 mil reais. Lamentavelmente, ao longo dos anos, quando chegava no período de pagamento de PLR e PPR, o HSBC sempre supervalorizava seu provisionamento ao apresentar o seu balanço, diferente do restante dos outros bancos. Desta maneira os altos executivos do banco sempre recebiam grandes bônus na participação dos lucros da instituição e o restante dos trabalhadores deixavam de receber. Por isso, mais uma vez, a forte mobilização garantiu esta conquista. O principal viés agora, durante o processo de encerramento das atividades no Brasil, é a luta pela garantia de empregos.

Em até dez dias após a data de hoje (3), da assinatura do termo, o pagamento da gratificação deve vir junto com a antecipação da Participação nos Lucros Resultados. O valor será pago a todos os funcionários entre os níveis 13 e 24, excetuados os níveis de gestão que têm direito a PPR. Segundo o HSBC, 71% dos bancários receberão os R$ 3 mil.

Clique aqui e veja a íntegra do Termo de Entendimento do HSBC.

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