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Mudança do cálculo do Agir, que agora não terá mais impacto dos dias de greve, também foi definida

contraf-cut-e-sindicatos-cobram-itau-sobre-demissoes_6dca580401ca20f58dc39aa4c5017d49A Contraf-CUT, federações e sindicatos, estiveram reunidos nesta quinta-feira (26) , em São Paulo,  com a direção do Itaú,  para discutir demissões e Agir, entre outros temas. Pelo banco, participaram Romualdo Garbos (RH), Marcelo Orticelli (Relações Sindicais), Carlos Sobrinho (Relações de Trabalho) e Marcos Aurelío (Relações Sindicais).

Os representantes dos bancários questionaram o Itaú sobre a existência de uma onda de demissões e fechamento de agências em todo o país, depois da campanha salarial. O banco afirmou que não há variação no número de demitidos em comparação ao ano passado e que não haverá demissão em massa. Os bancários pediram informações mais detalhadas e o banco ficou de apresentar na próxima reunião, que deve acontecer entre 15 e 17 de dezembro, mesmo período em que a COE-Comissão de Organização dos Empregados estará reunida em São Paulo.

Foi apresentada também a proposta de construção de uma agenda para reunião de três em três meses para acompanhar o nível de emprego dentro do Itaú, que foi aceita pelo bamco.

“Temos recebido muitas denúncias sobre demissões e se este processo continuar faremos uma campanha nacional de mobilização contra o Itaú”, afirma Jair Alves, coordenador da COE.

No Abc não é diferente, o banco vem aos poucos introduzindo novas tecnologias organizacionais e reduzindo os postos de trabalho e os trabalhadores e as trabalhadoras que ficam tem o ritmo de trabalho acelerado causando um efeito cadeia de adoecimento. Adma Gomes – Funcionaria do Itaú e diretora do Sindicato e da  FETEC-SP.

Sobre o Agir, o banco disse que vai atender a uma antiga reivindicação sobre um ajuste do impacto dos dias da greve no cálculo da gratificação. A partir de agora, o banco vai usar a os últimos três meses como referência (julho, agosto e setembro), prevalecendo o que for mais vantajoso.  Os bancários reiteraram ainda, a reivindicação da revisão do impacto das férias no cálculo e o banco disse que vai avaliar.

As reclamações sobre os programas próprios do Itaú e as reivindicações contra as metas abusivas e contraditórias  e suas premiações injustas são muitas. A maioria dessas reclamações giram em torno do AGIR (Ação Gerencial Itaú para Resultados) e recentemente foi levantado a nível nacional o problema do desrespeito ao direito das férias. Os bancários de muitas localidades reclamaram que estavam sendo cerceados do direito de tirar os 30 dias de férias pois deveriam cumprir suas metas em 10 dias , ou produzir em um mês o referente a dois meses ou ainda suas metas eram divididas entre os colegas que já estavam sobrecarregados ocasionando um ambiente de trabalho  hostil entre os próprios trabalhadores e trabalhadoras. Esse item vem sendo negociado e o pleito do Sindicato é que o trabalhador ou a trabalhadora de férias sejam isentos das metas do AGIR . Adma Gomes

Outra informação importante durante a reunião foi a de que assistentes comerciais passarão a ser contratados como assistentes, com jornada de 6h, sendo que os que já trabalham continuarão na mesma função e jornada: “O número de assistentes comerciais é bastante representativo e o banco passa agora a respeitar a jornada dos bancários que é de seis horas”, destaca Jair.

Reunião integra série de iniciativas que vêm sendo promovidas por entidades; mobilização deve ser intensificada

[caption id="attachment_9615" align="alignright" width="425"]FOTO RITA PLS Maria Rita Serrano e o presidente da Fenae, Jair Ferreira, entregam pauta com alterações no PLS ao ministro Nelson Barbosa (esq.)[/caption]

A tentativa de retirar o caráter de urgência na votação do projeto do Estatuto das Estatais (PLS 555) e levar a discussão à sociedade ganhou mais força no último 18 de novembro, quando foi realizada reunião entre o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa; o secretário de Relações de Trabalho do Ministério, José Lopes Feijó, e integrantes da CUT, Fenae e sindicatos de petroleiros, bancários, urbanitários e trabalhadores dos Correios. A representante dos empregados no CA da Caixa e diretora do Sindicato, Maria Rita Serrano, participou do encontro, que integra série de atividades já realizadas com o mesmo objetivo.

“O ministro se comprometeu a montar uma agenda de trabalho conosco e a intermediar a relação com o Congresso para sensibilizar os parlamentares da necessidade de acertos no PLS. A reunião foi positiva, mas continua necessário ampliar a mobilização, pois só ela pode garantir avanços de fato”, apontou Rita. Na sua avaliação, entre os problemas do PLS está o ´vício de iniciativa´, já que questões dessa natureza devem ser propostas pelo Executivo, além da transformação de toda empresa pública em sociedade anônima, o que na prática abre as portas para a privatização. “Já na próxima semana nos reuniremos com o Ministério e vamos empreender todos os esforços para sensibilizar o presidente do Congresso, Renan Calheiros, a retirar a urgência”, antecipou. O ministro designou dois assessores diretos para conversar com as entidades e definir a agenda conjunta. O grupo será formado por quatro pessoas, sendo representantes dos trabalhadores Maria Rita Serrano e o presidente da Fenae, Jair Ferreira.

As entidades que alertam para os riscos do PLS 555 já realizaram debate, ato e audiência pública para esclarecer sobre o projeto. “Definitivamente, o PLS 555 não interessa aos brasileiros e ao futuro do seu patrimônio”, afirmou Ferrreira. Sem destaque na mídia e tramitando quase na surdina, o PLS 555/2015 coloca em risco o caráter, a autonomia e o papel das empresas estatais.

Sindicato obteve liminar em ação coletiva O Santander enviou a seus funcionários uma circular com novas regras da compensação de horas. De acordo com a informação recebida pelo Sindicato, neste documento o banco afirma reconhecer que deve existir um equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional e, assim, orienta seus trabalhadores a compensar as horas extras dentro da própria semana. Pois bem. É bom esclarecer que, na verdade, se isso realmente ocorreu, não se trata de nenhuma benevolência do banco: liminar concedida em ação coletiva do Sindicato dos Bancários do ABC determinou justamente que o Santander passasse a fazer as compensações dentro da própria semana. Banco de horas - Nesta ação, a Justiça reconhece que a compensação de horas mensal que o banco fazia era ilícita, e o que de fato ocorria era um banco de horas. Mas um banco de horas tem que ser negociado com o Sindicato, e só pode ser implantado após a assinatura de um acordo coletivo. Assim, a única forma de compensação que a Justiça admite é a semanal. A ação está com recurso do banco no Tribunal Superior do Trabalho. “Se ganharmos a ação, além de o Santander ser obrigado a realizar a compensação semanal também terá que pagar todas as horas extras que foram compensadas de forma ilícita”, avisa o diretor sindical Ageu Ribeiro.

Resultado representa alta de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado

O lucro líquido do Banco do Brasil nos nove primeiros meses do ano Brasil foi de R$ 8,9 bilhões, o que significou uma alta de 7,5% em relação ao mesmo período de 2014. Apesar do bom resultado, o banco fechou 69 agências, totalizando 5.424 unidades, nos últimos 12 meses. Essa redução decorreu de um processo de fusão de agências de grande porte situadas muito próximas umas das outras

A rentabilidade ajustada sobre o patrimônio líquido médio foi de 13,7%, com queda de 1,5 p.p. em doze meses. Mas, considerando os efeitos extraordinários, o lucro líquido alcançou R$ 11,9 bilhões, com alta de 43,5% sobre o terceiro trimestre de 2014.

Clique aqui para ler a análise completa do Dieese sobre o balanço do Banco do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

     

A reunião na Suíça faz uma avaliação da agenda política mundial de 2015 e define novas ações sindicais e calendários até o V Congresso da UNI, em 2018

A preocupação dos bancários brasileiros com o plano mundial do HSBC de efetuar 51 mil demissões foi um dos destaques da abertura da 18ª reunião do Comitê Executivo Mundial da UNI Global Union, que aconteceu na quarta-feira (11), em Nyon, na Suíça. O sindicato global reúne entidades de diversas categorias profissionais de 140 países. A reunião na Suíça faz uma avaliação da agenda política mundial de 2015 e define novas ações sindicais e calendários até o V Congresso da UNI, que será realizado em Liverpool, na Inglaterra, em 2018.

O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, sugeriu, durante o primeiro dia de debates, que a UNI interpele o governo britânico sobre o HSBC. “No Brasil, denunciamos que 21 mil famílias estão inseguras e que o HSBC recebeu um banco saneado, agiu e lucrou por 18 anos e, por decisão burocrática da sua estratégia global, resolveu abandonar o País”, lembrou.

Phillip Jennings, secretário-geral da Uni Global UNION, disse que a organização fez uma reunião de staff há duas semanas sobre o tema e que já está marcada, para janeiro de 2016, outra grande reunião, que contará com sindicatos e representantes dos funcionários do HSBC de todo o mundo. A Contraf-CUT participará da reunião e levará informações sobre as negociações com o banco no Brasil.

Além do presidente da Contraf-CUT, também participam do encontro na Suíça, o secretário de Relações Internacionais da Confederação, Mario Raia, a presidenta da UNI Finanças e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa e Neiva Ribeiro, também diretora do Sindicato e membro do Comitê Mundial de Mulheres.

Ações para o triênio 2015-2018

Depois da abertura oficial do evento, os presentes realizaram uma avaliação do IV Congresso Mundial, realizado em dezembro de 2014, na África do Sul e definiram e as perspectivas para o próximo Congresso Mundial da UNI, em 2018. O 4º Congresso Mundial da UNI adotou quinze resoluções que determinarão as ações da UNI até Liverpool.

As três principais áreas são: A) Romper barreiras, plano estratégico aprovado no Congresso Mundial de 2010, em Nagasaki, que prevê a criação do Fundo de Organização da UNI. O objetivo é aumentar a quantidade de alianças e membros da entidade e criar negociações e acordos globais. Uma análise de progressos a nível mundial, nas regiões, setores e grupos internacionais. B) Programa político mundial. O ano de 2015 é um ponto de mudança das prioridades das instituições globais por todo o planeta, pelo desenvolvimento do Milênio Sustentável, adotado em setembro, e pela Conferência sobre Alterações Climáticas, que será realizada em dezembro de 2015. Além disso, a ação política global vai se concentrar em desigualdade, corrente global de fornecimento, comércio, empresas e direitos humanos, novo pensamento econômico para enfrentar austeridade e paz. C) O futuro do trabalho, a ênfase será sobre a resposta sindical à revolução digital tanto global como localmente.

Campanhas de sindicalização

A presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, defendeu uma regulação mais eficiente do setor financeiro, que considere as diferenças regionais e promova a diversidade, com o fomento de mais cooperativas, bancos regionais e de crédito.

Rita destacou campanha de sindicalização dos bancários norte-americanos, resultado de uma aliança entre a Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a CWA dos Estados Unidos, que representa trabalhadores de vários segmentos de serviços dos EUA, Canadá e Porto Rico, além da La bancária, da Argentina.

Os bancários norte-americanos sofrem com a ausência de representação sindical, em função das práticas antissindicais adotas pelos bancos e pelo governo dos EUA. O país tem 1,7 milhão de bancários, representando 1/3 do total do planeta, mas 30% vivem abaixo da linha da pobreza e 70% destes 30% têm necessidade de receber ajuda do governo para se alimentar.

A presidenta da UNI Finanças também apresentou um balanço de outras ações e atividades a partir do 3º Congresso Mundial da UNI em Nagasaki, no Japão, ocorrido em 2010. “Nas Américas, principalmente em El Salvador, temos discutido a sindicalização com Bancolombia e Banco Agrícola. Também criamos um a nova federação no Peru. No norte da África e no Oriente Médio também estamos fazendo um trabalho de sindicalização, conseguimos criar uma aliança sindical. No Nepal os trabalhadores já conseguiram se organizar em 11 multinacionais e temos trabalhado junto aos bancários. Já são vários acordos assinados, com outros bancos, como BNP, Societe General, Crédite Agricole, Barclays, AmroBank, desde o Congresso de Nagasaki”, informou Rita.

Igualdade de oportunidades

Na terça-feira (10), foi realizada a reunião do Comitê Mundial de Mulheres da UNI, com representantes das Américas, Europa, África e Ásia. O encontro tratou do desenvolvimento de ações discutidas recentemente no congresso de Mulheres da UNI, na África do Sul em novembro passado.

A diretora do sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante do Comitê Mundial de Mulheres, Neiva Ribeiro, levou as experiências brasileiras no combate à violência de gênero e às desigualdades no trabalho, em especial no setor financeiro.

A sindicalista brasileira socializou as ações e experiências do Brasil com a implementação da Lei Maria da Penha, seus avanços e o desafio do movimento sindical no combate a essas agressões em todas as esferas.

Fonte: Contraf-CUT

Valores serão calculados pelo banco até este mês, mas só depois de conferidos e homologados pela Justiça serão repassados aos trabalhadores

Como já noticiado, o Sindicato fez uma ação coletiva que obrigou o Bradesco a calcular o percentual de desconto de 4% do vale-transporte apenas sobre a verba denominada “ordenado”.  Por isso, o banco terá que devolver todos os valores descontados a mais em razão da incidência do desconto sobre outras verbas, como gratificação de função, gratificação e ajuda de custo de caixa etc.

O banco deverá devolver os valores retroativos até o ano de 2006, inclusive para os trabalhadores dispensados a partir de 2009. Além disso, desde junho deste ano o banco foi obrigado a fazer o desconto da forma correta diretamente na folha de pagamento.

O banco tem até este mês de novembro para calcular os valores que serão devolvidos aos trabalhadores e apresentá-los na ação. Mas, para receber os valores, ainda teremos que conferir esses cálculos. Somente quando todos os valores estiverem calculados corretamente e a Justiça homologar é que o Bradesco será intimado a depositar o dinheiro em uma conta judicial, para então liberar aos trabalhadores.

Não há, portanto, como prever quando ocorrerá o pagamento, mas certamente já estamos chegando na reta final.

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