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Região tem mais de 6 mil mortos pela covid-19; consórcio quer avanço para fase laranja

Coronavírus
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Entidade aponta melhor quadro na vacinação e ocupação de leitos, mas no início desta semana o total de óbitos nas sete cidades ultrapassava o registrado em nove estados brasileiros

O Grande ABC alcançou ocupação média de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid-19 de 79,86%. A informação é do consórcio intermunicipal, que a utiliza como justificativa em ofício para solicitar ao governo do Estado que as cidades da região avancem para a fase laranja do Plano São Paulo. O documento foi encaminhado nesta quinta, 15.
Caso vá da atual fase vermelha, mais restritiva, para a laranja, bares, restaurantes, shoppings e comércios de rua poderão abrir em horários reduzidos. Outras justificativas apontadas pelo consórcio dizem respeito à vacinação - que estaria chegando a meio milhão de doses aplicadas - e a redução de 14% no número de internados pela doença.
No entanto, ainda é grande o número de mortos nas sete cidades. No início desta semana esse total ultrapassava o registrado em nove estados brasileiros: Acre, Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Até 13 de abril eram 6.089 as vítimas fatais pela covid-19 na região, com o registro de 164.830 casos.
“As medidas adotadas nos últimos dias trouxeram uma melhora, mas uma melhora relativa, e não é hora de relaxar ou retroceder na fase. É fundamental manter o isolamento e evitar aglomerações para reduzir a transmissão da doença. Do contrário todo o esforço será perdido”, avalia o diretor sindical Otoni Lima.
Campanha contra a fome – O desemprego ampliado pela pandemia de covid-19 tem levado muitas famílias ao sofrimento. Aumentou o que se chama insegurança alimentar, que, em bom português, significa que há hoje muito mais gente passando fome no País.
Segundo pesquisa realizada por universidades brasileiras de Minas Gerais e Brasília em parceria com a Universidade Livre de Berlim, alemã, no final do ano passado, a fome no Brasil já superou a taxa de quando Bolsa Família foi criado: a insegurança alimentar grave ou moderada atingia 27,7% da população, ou 58 milhões de brasileiros, contra 16,8% em 2004.
E a fome dói: por isso, o Sindicato participa da campanha ´A Fome Dói. Doe´. Você pode ajudar doando alimentos e produtos de higiene e limpeza. A entrega pode ser feita na sede da entidade das 10h às 17h (rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André), ou você pode entrar em contato e agendar, que o Sindicato vai buscar. Mais informações pelos telefones 11 99798-4732 ou 11 99798-4732 (WhatsApp).