Em alguns casos, como o primeiro pagamento do INSS, a espera chega a duas horas e 30 minutos
Sindicatos de bancários de todo o país estão recebendo denúncias de trabalhadores e clientes de que há um longo tempo de espera nas filas de atendimento. Em alguns casos, como o primeiro pagamento do INSS, a espera chega a duas horas e 30 minutos. “É um verdadeiro desrespeito do banco com seus clientes e funcionários, que sofrem com as longas filas e a sobrecarga de trabalho”, afirmou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves.
Para o coordenador da COE do Mercantil, as longas filas e o interminável tempo de espera dos clientes alertam para as consequências das demissões promovidas pelo banco e para a necessidade do aumento do quadro de funcionários nas agências e nos postos de atendimento, sendo essa uma das principais bandeiras dos sindicatos, trabalhadores e clientes do banco.
Punição
Em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, as longas filas do Mercantil do Brasil estimularam a apresentação de um projeto de lei municipal para punir os bancos que demorem mais do que 30 minutos para atender seus clientes.
Em debate realizado pelo jornal Repórter Diário na sexta-feira (4), o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Gheorge Vitti, alertou que já existem leis no mesmo sentido nas cidades da região, inclusive em São Bernardo, e em todo país, mas falta fiscalização. “Além da falta de fiscalização, é preciso que se contrate mais funcionários para prestar o atendimento. Pois os atuais estão sobrecarregados e, sem contratação, serão ainda mais pressionados. Recairá sobre eles a responsabilidade por agilizar o atendimento”, observou.
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“No dia 14 de março, várias agências do Mercantil do Brasil em todo o país serão transformadas em postos de atendimento avançado. Sindicatos de todo o país cobram do banco o compromisso firmado de que não haverá demissões em massa dos funcionários do backoffice. Estamos mobilizados para exigir que o banco cumpra sua palavra”, ressaltou Marco Aurélio.
Fonte: Contraf-CUT, com informações do sindicato dos Bancários de BH e Região